As fantásticas e inovadoras ilustrações de Walter Crane

A imaginação foi importante para tornar Walter Crane um dos mais famosos ilustradores de livros infantis. O artista inglês exerceu ao longo de sua vida os ofícios de pintor e designer, contudo foram os seus estudos das cores das xilogravuras japonesas, o fator que o levou a se destacar na criação de ilustrações para uma inovadora série de livros brinquedos. O estilo desenvolvido por Crane vem inspirando diversos artistas, principalmente de histórias em quadrinhos.

Walter Crane nasceu na cidade inglesa Liverpool, em 15 de agosto de 1845. Filho do artista Thomas Crane, pintor de retratos e miniaturista, teve contato com a arte desde o berço. Ainda muito jovem, tornou-se aprendiz de William James Linton, artista com quem aprendeu sobre xilogravura e também teve a oportunidade de estudar os antigos mestres italianos.

Bastante preocupado com as questões sociais, Crane era constantemente requisitado para ilustrar publicações de caráter político. Mesmo sendo um artista versátil, as ilustrações de livros infantis eram a sua verdadeira vocação e com a qual ganhava a vida. Walter Crane ilustrou para diversas idades, principalmente livros de alfabetos, rimas, fábulas e livros educativos para a primeira infância. O artista acreditava que através das imagens as crianças também poderiam adquirir conhecimento.

Em suas produções é possível notar a forte influência do Ukyio-e japonês e das gravuras medievais. Crane também costumava integrar em suas ilustrações os textos narrativos, técnica que permitiu o desenvolvimento das histórias em quadrinhos da forma que as conhecemos atualmente.

As ilustrações de Crane são dotadas de uma beleza e vivacidade sem igual. Com detalhes surpreendes e composições espirituosas que convidam o leitor a expandir a sua imaginação através das páginas dos livros. Entre as suas obras mais conhecidas, estão ilustrações para Rainha das Fadas (1895-1897) e The Shepheardes Calender (1897), ambos escritos por Edmund Spencer. Crane faleceu em 14 de março de 1915.


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Eugène Delacroix – a revolução do romantismo francês

Delacroix é um dos nomes mais fortes e icônicos do romantismo francês. O artista costumava ousar em seus experimentos pictóricos e assim obteve fama com quadros que expressavam com intensidade as cenas de paixão e violência, tudo isso com um característico toque de sensualidade. Influenciado pelo Iluminismo, Delacroix valorizava a cor ao ar livre e isto se refletia na maneira como retratava as paisagens e o colorido das vestes dos personagens de seus quadros.

Ferdinand Victor Eugène Delacroix nasceu na comuna francesa Saint Maurice em 26 de abril de 1798. Embora de origem abastada, a infância de Delacroix foi marcada por diversos acidentes que quase lhe tiraram a vida e aos 7 anos seu pai, que ocupara importante posição no governo francês, faleceu. Já adolescente, perdeu também a mãe e foi obrigado a morar com a sua irmã mais velha. Isto, no entanto, não impediu que seus estudos fossem em importantes instituições francesas.

O artista obteve formação em música no Conservatório e em artes na Escola de Belas Artes de Paris. Desde cedo teve a oportunidade de estudar as grandes obras expostas no Museu do Louvre e também foi aprendiz no atelier do renomado pintor Pierre-Narcise Guérin. Desenvolveu uma grande amizade com o pintor Theodóre Géricault que influenciou bastante no estilo dramático e na forma como trabalhava as cores em suas pinturas. Como também foi fundamental na escolha de temas políticos e atuais.

Culto e bem relacionado na sociedade parisiense, Delacroix foi amigo íntimo do compositor Frédéric Chopin e da escritora George Sand. O que o ajudou a se tornar popular entre a vanguarda artística. Uma de suas primeiras telas, A Barca de Dante, foi inspirada na obra do escritor italiano Dante Alighieri. Foi influenciado também pelos poemas de Lord Byron e pelo estilo extravagante de Rubens.

Em 1822, Delacroix expôs A Barca de Dante no Salão de Paris que lhe rendeu tanto críticas positivas quanto negativas, mas que foram o suficiente para propagar ainda mais o seu nome no meio artístico. Dois anos depois, no mesmo Salão, expôs os horrores da guerra travada entre Turquia e Grécia em seu quadro O Massacre de Quios (1824). Já em 1827 foi a vez de mostrar a polêmica tela A morte de Sardanápalo (1827), inspirada na peça Sardanápalo, de Byron.

Contudo, foi em 1930 que Delacroix concebeu uma de suas pinturas mais famosas: A Liberdade Guiando o povo, obra que se tornou o símbolo da Revolução Francesa e foi prontamente adquirida pelo governo francês por uma quantia bastante relevante para a época.

Numa tentativa de romper com os paradigmas da pintura neoclassicista, Delacroix se empenhava em diversos experimentos para obter tons e efeitos cromáticos diversos. Assim, o artista francês costumava sobrepor cores para ampliar a vivacidade e riqueza de suas telas, além disso, deixou de lado a clássica técnica de sfumato que ditava o sombreado dos movimentos anteriores, como o renascentista. Suas inovações artísticas influenciaram os simbolistas e os impressionistas.

Delacroix teve uma produção artística intensa, somando mais de 800 pinturas, 1500 pasteis e 6 mil desenhos. É autor de outros quadros famosos como O Sultão  de Marrocos (1845) e Retrato de Frédéric Chopin (1838). Faleceu em 13 de agosto de 1863, aos 65 anos em Paris.


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Rembrandt – a genialidade do barroco holandês

Rembrandt foi um dos mais importantes artistas barrocos que viveram na época de ouro dos Países Baixos. Considerado o nome mais importante da história da arte holandesa, Rembrandt destacou-se como pintor e gravador. A maioria de sua obra é composta de retratos, autorretratos e cenas bíblicas que transmitem a técnica impecável e o artista de extrema sensibilidade que ele era. Embora tenha alcançado fama em vida, que lhe proporcionou certa riqueza, o artista morreu afundado em dívidas e sua genialidade só foi reconhecida alguns séculos depois.

Oitavo filho da família encabeçada pelo moleiro Harmen Gerritszoon van Rijn, Rembrandt Harmenszoon van Rijn nasceu em 15 de julho de 1606, em Leida, Holanda. Desde muito jovem mostrava talento para a pintura. Chegou a matricular-se na Universidade de Leida e a frequentou apenas nove meses, abandonando os estudos para passar uma temporada de aprendizagem de seis meses sob a tutoria de Pieter Lastman, em Amsterdã.

Com apenas 21 anos de idade abriu um estúdio em Leida e dividiu o espaço com o amigo e também pintor Jan Lievens. No estúdio, Rembrandt passou a lecionar aulas de pintura e conseguiu criar fama como artista a partir disso. Somente aos 25 anos teve a sua primeira encomenda de um retrato do rico comerciante, Nicolaes Ruts. A partir de então, começou a ser bastante requisitado pela burguesia holandesa.

No período de apenas 1 ano ele produziu cerca de 50 retratos e sua agenda seguia lotada de pedidos de burguesas que desejam ter um retrato seu pintado pelo o artista em ascensão. Em 1634 o artista casou-se e da união resultou quatro filhos. Sua mulher, no entanto, faleceu pouco depois do último parto e de seus filhos, apenas um chegou à idade adulta.

Conforme apurava sua técnica, Rembrandt passou a ser menos procurado pela burguesia que não queria ver seus rostos retratados de maneira tão sincera e real. Começava então uma fase difícil financeiramente para o artista que viu seus bens que incluíam uma grande mansão e refinadas obras de artes serem tomadas por credores. O artista foi à falência aos 50 anos e faleceu aos 63 anos em Amsterdã.

Entre as mais famosas obras de Rembrandt estão A lição de Anatomia do Dr. Tulp (1632), A Ronda Noturna (1642), Autorretrato (1640) e Os Síndicos da Corporação de Tecelões de Amsterdã” (1661-62). Ao longo de sua vida e carreira, o pintor holandês produziu diversos autorretratos que juntos compõe uma singular biografia, mostrando não apenas a passagem de tempo e consequente envelhecimento, mas também como as tragédias pessoais afetaram seu semblante.

A maioria de seus quadros é marcada por uma forte iluminação frontal que tinha por intuito destacar exatamente o elemento principal da pintura. Rescindia de suas telas uma forte dramaticidade e um intenso realismo. Com sua técnica refinada recriou cenas religiosas, cotidianas, paisagens e temas mitológicos.


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Joshua Reynolds – as cores vigorosas do barroco inglês

Reynolds consagrou-se como um dos mais renomados retratistas britânicos. O pintor costumava frequentar ambientes requintados, onde a mais alta sociedade da época marcava presença. Sua obra, portanto, é composta por pinturas ricas que expressam todo o luxo ostentado pelas figuras da nobreza que o artista retratava. Dono de uma exímia técnica e habilidade, Joshua Reynolds influenciou as demais gerações de retratistas que o sucederam.

Foi na maior cidade do condado de Devon, a próspera Plymouth, que nasceu Joshua Reynoulds, em 16 de julho de 1723. Filho de Samuel Reynolds, um reverendo que sonhava que o filho seguisse a profissão de médico. O jovem Joshua, no entanto, se interessou desde cedo pela arte, frustrando os sonhos do pai.

Aos 17 anos, Reynolds foi para Londres em busca de concretizar o seu sonho. Tornou-se então pupilo do pintor da moda Thomas Hudson que era um grande retratista e com quem permaneceu durante quase três anos. Após esta temporada, retornou à sua cidade natal e ali passou a retratar as paisagens marinhas de Plymouth. Viajou para Itália onde estudou os grandes mestres da pintura e foi seduzido pelas composições e cores dos pintores venezianos como Ticiano.

Em 1753 estabeleceu-se em Londres e então começou a colocar em prática seu conhecimento sobre os grandes mestres. Porém suas produções adotaram um estilo independente e com pinceladas ousadas. Nos dois anos seguintes estaria empregando vários assistentes para ajuda-lo com suas crescentes encomendas de retratos. Assim como o rival Thomas Gainsborough, dominou o retrato inglês na segunda metade do século XVII e foi membro fundador da Royal Academy, além de ser eleito como o primeiro presidente da associação, também foi condecorado pelo rei George III.

É só a partir de 1760 que o estilo clássico barroco domina definitivamente as suas obras. Suas obras passam a ser exibidas na Royal Academy o que ajuda a alavancar o seu nome. Dono de grande percepção e sensibilidade, costumava expor suas aspirações pictóricas e inspirar jovens artistas nos discursos que ministrava anualmente para a Academia. Em 1784 tornou-se primeiro pintor da corte do rei George III.

Algumas de suas principais obras englobam Retrato de um eclesiástico (1756), As irmãs Waldegrave (1770-80), Retrato de Lady Cockburn com seus três filhos (1773), Retrato da Sra. Siddons (1785) e Retrato do Lord Heathfield (1787). Para alguns críticos, Joshua Reynolds era um verdadeiro acadêmico, destacando-se mais como teórico do que realizador e, de certo, nunca chegou a ser um exímio desenhista. Em seus últimos anos de vida, o artista acometido de uma cegueira começou a afastar-se dos ambientes requintados de outrora. Faleceu aos 69 anos e foi sepultado na Catedral de São Paulo, em Londres.


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Thomas Gainsborough – um dos mais notórios retratistas britânicos do século XVIII

Célebre por suas pinturas de retratos e paisagens, o pintor britânico Thomas Gainsborough é considerado um dos artistas mais importantes da segunda metade do século XVIII. Representante do Arcadismo, suas obras conquistaram a burguesia inglesa da época e o artista destaca-se também por ser um dos fundadores da Royal Academy.

Foi no condado inglês de Suffolk que nasceu Thomas Gainsborough, em 14 de maio de 1727. Filho de um tecelão, o jovem Gainsborough já demonstrava habilidades artísticas desde criança, porém foi aos 13 anos que partiu para Londres para estudar artes. Iniciou seus estudos com o gravador Hubert Gravelot e posteriormente treinou com William Hogart. Também trabalhou com o artista Francis Hayman na decoração de caixas de jantar em Vauxhall Gardens.

O artista britânico casou-se em 1746 com a filha ilegítima do duque Beaufort, Margaret Burr. Embora já estivesse produzindo diversas paisagens, ainda não havia encontrado êxito na venda de seu trabalho. Mudou-se para Ipswich seis anos depois com a esposa e duas filhas, ocasião em que conquistou uma clientela que demandava principalmente a produção de retratos, aos quais Gainsborough começara a se dedicar no final da década de 1740.

A mudança para Bath em 1759 intensificou a sua influência como artista, uma vez que a cidade era uma das preferidas pela burguesia inglesa. Teve a oportunidade de estudar a obra de Van Dick e finalmente conquistou uma clientela que proporcionava um melhor pagamento por seu trabalho. Outro fator que ajudou a impulsionar o seu nome foi o envio de obras para exposição na Sociedade de Artes, em Londres, e que posteriormente se converteu na Royal Academy.

A técnica de Gainsborough se caracterizou pelo uso de uma paleta de cores suaves contrastando com tons acastanhados, além de pinceladas que obtinham um visual quase translúcido para as pinturas. Além de ser um artista extremamente técnico, costumava dedica-se à observação da natureza e da natureza humana.

Sua inclinação natural era pela pintura de paisagens e cenas rústicas, frequentemente pintadas à noite sob a luz de velas, porém foram os retratos que ajudaram a difundir o seu trabalho e constituíam a maior parte das encomendas. Mesmo em seus retratos, a figura humana se funde à paisagem que a cerca. Entre as suas principais obras estão Portrait of Mrs. Graham, Mary e Margaret (as filhas do pintor), William Hallett e sua esposa Elizabeth, conhecido como The Morning Walk e Cottage Girl with Dog and Pitcher.

O artista estabeleceu-se em Londres em 1774 e reforçou a sua notoriedade incluindo em suas produções retratos de celebridades e outras figuras importantes da sociedade da época. Em 1780 ganhou comissões reais após pintar o retrato do rei George III e sua rainha Charlotte. Até o fim de sua vida continuou a sua produção artística finalmente dedicando-se mais às paisagens. Faleceu aos 61 anos, em 1788, em decorrência de um câncer.


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As deliciosas pinturas hiper-realistas de Tjalf Sparnaay

Importante artista do movimento hiper-realista, Tjalf Sparnaay é um fotógrafo, ilustrador e pintor holandês. O foco de sua arte são os elementos do cotidiano, chamando especial atenção para as suas pinturas que representam comidas e que, de tão realistas, chegam a dar água na boca dos espectadores.

Nascido em Haarlem, Holanda, em 1954, Tjalf Sparnaay foi educado para se tornar professor de esportes, porém a paixão pela arte falou mais alto e a partir de 1980 Sparnaay seguiu a carreira como pintor autodidata e fotógrafo amador.

Todo o trabalho do pintor holandês é voltado para a captura de imagens nunca antes retratadas, buscando ressaltar cada pormenor em suas telas de grandes proporções. Influenciado por nomes importantes da história da arte, os também holandeses Johannes Vermeer e Rembrandt, Spanaay é pioneiro no estilo e busca tornar elementos triviais em suntuosas obras de arte. Através da técnica fotorrealista, o artista expande o conceito de natureza morta, que se disseminou na Holanda em meados do século XVII, executando-o de maneira muito pessoal e moderna.

Desde 1987, Sparnaay se dedica a este estilo de pintura e se tornou um dos mais importantes representantes da arte contemporânea. Seus quadros aguçam os olhos e o paladar ao trazer ovos fritos, latas amassadas de refrigerante, batatas fritas e sanduíches com detalhes que desafiam até as mais poderosas lentes fotográficas.

É desta maneira que o pintor holandês concebe as suas deliciosas pinturas a óleo. Com um olhar apurado e minucioso, a realidade flui para o pincel de Sparnaay, proporcionando novos sentidos para objetos comuns e permitindo que estes sejam apreciados em cada impressionante pormenor. Atualmente suas obras de arte podem ser apreciadas em museus e galerias de diversos países, como a renomada Louis K. Meisel Gallery, em Nova York.


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Frans Hals – os admiráveis retratos no Século de Ouro dos Países Baixos

Consagrado como um dos maiores retratistas da história da arte e figura importante do Barroco europeu, o pintor neerlandês Frans Hals teve uma carreira bem sucedida e certo reconhecimento em vida, o que, no entanto, não o livrou das dívidas e dificuldades financeiras. Suas obras mais famosas são os retratos pictóricos da sociedade neerlandesa.

Foi na cidade de Antuérpia, localizada na Bélgica, que nasceu Frans Hals, entre 1580 e 1585. Estima-se que por motivos religiosos e financeiros, quando a Antuérpia foi invadida pelos espanhóis, a família de Hals se mudou para Haarlem, Holanda – cidade em que o artista permaneceu até o fim de sua vida, em 26 de agosto de 1666.

Na juventude, o artista foi discípulo de Karen Van Mander pintor flamengo maneirista, porém não seguiu os passos de seu tutor. A obra de Hals revela a preferência do artista pela luz do dia, além disso, alguns historiadores sugerem influência de Rubens e Van Dick.

De certo, os primeiros anos da vida de Frans Hals foram pouco documentados. Hals casou-se duas vezes e teve ao todo 10 filhos. Seus primeiros trabalhos conhecidos datam possivelmente de 1611, quando o artista tinha por volta de 30 anos. Mas as primeiras encomendas, contudo, só viriam a surgir alguns anos depois.

Ao longo de sua carreira, Hals desenvolveu um estilo livre de pintura que conferia vivacidade à sua obra. As cores eram distribuídas sobre a tela por meio de pinceladas consideradas rápidas e soltas. Suas composições tendiam para o naturalismo e seus retratos davam ênfase às expressões de suas personagens.

Algumas das principais obras de Frans Hals são O Cavaleiro Rindo (1624), Banquete de Oficiais da Guarda Cívica de São Jorge de Haarlem (1627), Retrato de Willem van Heythuyzen (c.1637-1639), Daniel van Aken Tocando o Violino (c.1640), As Regentes do Asilo de Velhos de Haarlem (1664). As últimas produções de Hals foram adquirindo um tom mais austero e emocional. O artista deixava evidente a sua preocupação com temas como a velhice a morte.


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Antoine Watteau – as Festas Galantes do Rococó francês

As admiráveis obras do pintor francês Watteau transportam o expectador para cenas belas e idílicas de atmosfera leve e descontraída, inspiradas na commedia dell’arte, um estilo de teatro ­­­­­popular. Não à toa, o artista ganhou fama como o pintor das Festas Galantes em meio ao Rococó, movimento que se desenvolveu na França do século XVIII.

Jean-Antoine Watteau nasceu em 10 de outubro de 1684, em Valenciennes, região que havia sido incorporada à França em 1678 pelo Tratado de Nijimegen. Filho de um mestre-telheiro que prezava o desenvolvimento intelectual do filho como forma de livrá-lo de um destino de trabalho braçal, Watteau demonstrou talento artístico desde criança quando costumava esboçar algumas cenas de sua cidade natal a lápis ou carvão.

Watteau foi levado a se tornar aprendiz do pintor Jacques-Albert Gérin que, no entanto, não o instruiu adequadamente. Por este motivo, o jovem artista preferiu aos 18 anos tentar a sorte na aclamada Paris, verdadeiro centro cultural e reduto de diversos artistas e aspirantes. Seus primeiros trabalhos remunerados, no entanto, não tinham nada de glamour, e sim, se limitavam a copiar estampas e pinturas clássicas para comerciantes de arte.

Foi nesta época, instalado em uma precária estalagem, que as cópias que Watteau fazia chamaram a atenção de Claude Gillot, influente pintor francês que ficou conhecido por suas obras descontraídas.  Contratado por Gillot, que detinha uma fiel e abastada clientela, o jovem artista teve a liberdade de criar as próprias pinturas e desbravar um mundo artístico completamente novo e instigante do teatro.

Posteriormente, foi apresentado a Claude Audran, pintor e entalhador francês que seguia o estilo Rococó, porém voltado à decoração do interior das residências da aristocracia francesa. Através de Audran, Watteau conheceu Peter Paul Rubens, pintor que exerceu grande influência em suas produções. Watteau absorveu os toques e estilo de Rubens, e assim desenvolveu com sucesso a sua própria maneira de pintar.

Os quadros de Watteau se distinguem pelo retrato de cenas bucólicas com atmosfera festiva, muitas vezes romântica e teatral, adquiridas por meio de livres pinceladas com as quais distribuía a tinta sobre tela criando efeito luminoso e rico em cores. Entre as suas principais obras estão Pierrot (1719), Mazzetin (1720), Peregrinação à ilha de Citera (1717), A Canção do Amor (1717) e Os prazeres da dança (1717).

De temperamento inquieto e fascínio por uma vida desapegada, Watteau pouco se importava com dinheiro. Morreu prematuramente aos 37 anos, pobre e nos braços de um amigo. Seus últimos quadros refletiam a enfermidade que o assolara pouco antes do fim, traduzindo-se em cenas mais escuras e melancólicas.


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Pierre Bonnard – As cores do Pós-Impressionismo

Integrante do Grupo Nabis, formado por jovens artistas vanguardistas, Pierre Bonnard é um pintor francês representante do pós-impressionismo, movimento que ganhou força na última década do século XIX. Sua arte se desenvolveu através de cores ora intensas ora claras e luminosas, numa tentativa de captar as variações de luz do ambiente e como aquilo se refletia no objeto retratado, característica que conferiu à obra de Bonnard um tom intimista e emocional.

Pierre Bonnard nasceu em 3 de outubro de 1867 na comuna francesa de Fontenay-aux-Roses, localizada a sudoeste de Paris. Desde cedo demonstrou talento artístico, destacando se na pintura, desenho e caricaturas. Era comum ver o jovem pintando nos jardins casa de campo de sua filha. Porém seu destino e de seus dois irmãos já haviam sido traçados pelo pai, um chefe de Ministério da Guerra, que queria ver os filhos cursarem Direito em uma renomada faculdade de Paris. Aos 18 anos Bonnard partiu para a capital francesa onde ingressou na Universidade de Sorbonne e em dois anos obteve a licença em Direito.

No entanto, não demorou a ser seduzido pela efervescência artística da época. Em 1888, mesmo ano em que Bonnard passou a advogar, ele também se inscreveu na Academia de Belas Artes e na Academia Julian. Naquele mesmo ano juntou-se ao Les Nabis e após vender uma de suas obras, convenceu a família de que poderia viver de arte e assim abandonou de vez a carreira de advogado.

Apesar de toda a vertente filosófica e idealista dos Nabis, Bonnard manteve o seu estilo bem-humorado e não-ideológico. Ao longo de sua carreira artística pintou os temas mais comuns para época como cenas domésticas, paisagens, retratos e cenas urbanas, porém o que realmente se destacava em suas composições eram as cores que davam vida aos detalhes e momentos mais triviais.

Em 1891 teve a sua obra exposta na exposição anual da Sociedade dos Artistas Independentes. Ainda que colhesse os frutos das inovações impressionistas, Bonnard foi pouco influenciado por este movimento. Ele nutria, na verdade, grande paixão pela arte gráfica japonesa e é possível ver esta influência em algumas de suas obras, como o uso de padrões geométricos. Também passou a criar itens decorativos como móveis, tecidos e outros objetos e trabalhou como ilustrador para a revista La Revue Blanche.

No ano seguinte começou a produzir litografias, além de contribuir com uma série de ilustrações para o livro de Claude Terrase, seu cunhado. E em 1894 as suas pinturas de cenas urbanas se destacavam pelo artista manter o foco nas construções ou até mesmo em animais, no entanto os rostos raramente eram visíveis.

Pierre Bonnard foi um dos primeiros artistas a aderirem ao movimento Art Nouveau e em 1895 projetou um mural chamado Maternidade para a loja de luxo Tiffany. Aquele mesmo ano marcou também a sua primeira exposição individual na Galeria Durand-Ruel. Nos anos que se seguiram, Bonnard manteve a sua constante produção e essência artística. Faleceu em 1947, uma semana após concluir a A Árvore de Amêndoas em Flor.

O artista francês costumava pintar muitas de suas cenas de memória e fazia esboços a lápis que serviam de base para várias de suas pinturas. Entre os seus principais trabalhos se destacam Pont de la Concorde (1913-15), The Bowl Of Milk (1919), O Banho (1925) e O Banheiro (1932).


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