A arte experimentalista de Man Ray

A vanguarda artística do século XX revelou movimentos e nomes importantes para a história da arte mundial, entre os quais se destaca o pintor, fotógrafo e cineasta norte-americano Man Ray. O artista foi um dos líderes do movimento dadaísta e também responsável por inovações na fotografia.

Man Ray é o pseudônimo de Emanuel Radnitzky, nascido em 27 de agosto de 1890 na Filadélfia, Estados Unidos. O jovem interessou-se por arte desde pequeno, por isso, estudou arquitetura, engenharia e artes plásticas. Seus primeiros experimentos na pintura tendiam para o estilo cubista.

Por volta dos 25 anos, Ray conheceu o artista Marcel Duchamp com quem fundou o movimento dadá novaiorquinho que propunha uma arte que chocasse a sociedade, principalmente a burguesia, utilizando-se de objetos de pouco valor que assumiam uma posição de desconstrução da arte tradicional. Em 1915 o artista fundou, escreveu e ilustrou a primeira revista dadaísta: The Ridgefield Gazook.

Ray mudou-se para Paris em 1921, após se separar da poeta belga Adon Lacroix. Além de integrar o movimento dadaísta francês, o artista norte-americano ainda teve contato com o surrealismo. Experimentalista, começou a usar objetos do cotidiano para compor suas obras, como também tinta spray em suas pinturas e passou a desenvolver novos métodos de fotografia. Nessa época, tanto suas obras pictóricas, como fotográficas receberam influências do surrealismo.

Pioneiro na arte de desconstruir a imagem fotográfica, suas produções são marcadas pelo uso de diferentes técnicas. Entre elas, destacam-se o uso da solarização, em que o tom da imagem é invertido parcialmente; a raiografia, em que objetos são dispostos sobre o papel fotográfico em um quarto escuro e expostos à luz sem utilização de câmera, obtendo imagens abstratas. Posteriormente retratou em suas fotografias estrelas de cinema como Marylin Monroe e Catherine Deneuve.

Entre as principais obras de Man Ray estão The enigma of Isidore Ducasse (1920), The Gift (1921), O Beijo (1922), Ingre’s Violin (1924), Black and White (1926) e Glass tears (1932). No cinema, destaca-se a produção do curta surrealista L’Étoile de Mer (1928).

O reconhecimento pela arte experimentalista de Man Ray, no entanto, só veio em 1961 quando conquistou a Medalha de Ouro na Bienal de Fotografia de Veneza. O artista faleceu em 18 de novembro de 1978 em Paris.

 

 

Crédito imagens:
https://www.wikiart.org/

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