Das Savanas às Florestas Tropicais – Conheça quatro animais importantes de diferentes biomas

Lobo-Guará – Símbolo da Conservação dos Cerrados

O Cerrado corresponde ao segundo maior domínio brasileiro, com alta biodiversidade, clima quente, períodos de chuva e seca. A vegetação é constituída de gramíneas, arbustos e árvores esparsas. É neste cenário que se encontram uma ampla variedade de espécies de animais, entre elas, o elegante lobo-guará.

Animal típico do Cerrado, o lobo-guará atinge entre 20 e 30 kg e é o maior canídeo das Savanas sul-americanas, possui pernas longas e finas e característica pelagem avermelhada. Além do Brasil, pode ser encontrado no Paraguai, Argentina, Bolívia e Uruguai. De hábitos solitários e crepusculares, os lobos-guarás são onívoros, ou seja, possuem capacidade para digerir diferentes grupos alimentares. Além disso, exercem um papel importante na disseminação de sementes e frutos do cerrado, por isso, a preservação da espécie é muito importante para a conservação deste bioma.

Bicho-Preguiça – Um dos animais mais simpáticos da Mata-Atlântica

A Mata Atlântica localiza-se na costa leste, sudeste e sul do Brasil e pertence ao bioma de floresta tropical. Curiosamente é onde reside cerca de 70% da população brasileira, corroborando para um acentuado desmatamento da área. Calcula-se que atualmente exista apenas 15,3% de área natural onde é possível encontrar cerca de 20 mil espécies vegetais, 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes.

É neste ambiente de rica biodiversidade que se encontra a Folivora, popularmente conhecida como bicho-preguiça. O nome popular decorre de seu metabolismo lento, responsável pelos igualmente lentos movimentos. Aparentando estar sempre com um sorriso faceiro, as preguiças são animais herbívoros e inofensivos que dormem por cerca de 14 horas por dia e preferem viver nas copas das árvores de onde descem apenas a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas. Possuem pelagem longa, responsável por uma eficiente camuflagem, e garras longas que ajudam a se fixar nas árvores.

Onça-Pintada – O terceiro maior felino do mundo

Predominantemente encontrada no Pantanal, a onça-pintada tem ocorrência também na Amazônia e Mata Atlântica e em tamanho só perde para o tigre e o leão. Pertence à família Felidae e apresenta padrão característico de pintas em sua curta pelagem, seu peso varia de 56 a 92 kg, mas pode chegar a 158 kg com 1,12 a 1,85 m de comprimento. Mamífero carnívoro, possui hábitos predatórios com grande preferência por animais herbívoros. Carrega também um papel importante no equilíbrio dos ecossistemas e regulação das espécies de presas dos seus habitats.

O Pantanal é um bioma praticamente exclusivo do Brasil, situado no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Caracterize-se por um terreno plano e pouco permeável, que é acometido por inundações de longa duração, clima quente e úmido. Apresenta por volta de 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas.

Sofre influência também da Amazônia, o maior bioma brasileiro e a maior reserva de biodiversidade, de onde provém 20% da água doce do mundo. Ocupa quase metade do território nacional e cobre os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. Com clima quente e úmido, chuvas torrenciais, rios com fluxo intenso e vegetação onde predominam árvores altas.

Chimpanzé – Semelhança genética de 99% com os humanos

Oriundo das Florestas da África Central e Ocidental, o chimpanzé é um primata que pertence à família Hominidae. Medem entre 75 cm e 95 cm, com peso entre 30 e 55 kg, sua força equivale de 2 a 3 vezes mais a de um homem adulto. São animais de dieta variada em que predomina o consumo de frutas, possuem hábitos diurnos e arborícolas.

Vivem em grupos de cinco até mais de cem indivíduos, com um macho dominante, nas florestas e matas secas de savana e nas florestas tropicais em áreas baixas e até montanhosas no continente africano. São dotados de inteligência comparada a de uma criança humana de 3 anos, além de possuírem ótima memória, em alguns estudos realizados por cientistas chegaram a aprender até mesmo a linguagem dos surdos.

Para conhecer mais, sobre os animais citados, acesse a pasta que criamos:  https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/das-savanas-às-florestas-tropicais/

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A Origem da Festa Junina – De Celebração Pagã à Festa dos Santos Populares

O Sol, como astro supremo, desde que se tem registro foi cultuado por diversas civilizações ao longo da história da humanidade. O que muita gente não sabe, é que uma das mais famosas e tradicionais celebrações, a Festa Junina, tem suas raízes em decorrência do Solstício de Verão (no hemisfério norte). Incorporada pelo cristianismo como celebração a São João, a Festa Junina ganhou o mundo. No Brasil, desembarcou durante a colonização e o festejo recebeu influências dos povos indígenas, africanos e europeus.

O dia mais longo do ano recebe o nome astronômico de Solstício de Verão e no Hemisfério Norte ocorre por volta do dia 21 de junho, quando o Sol atinge a maior declinação em latitude em relação à linha do Equador, já no Hemisfério Sul, o mesmo ocorre por volta do dia 21 de dezembro. Na Idade Média, uma das celebrações dos povos pagãos europeus, ocorria durante esta passagem da primavera para o verão através de rituais que exaltavam a fertilidade e uma colheita próspera. Entretanto, durante a consolidação da Igreja Católica na Europa, o feriado pagão foi convertido, entre outros, na homenagem ao nascimento de São João Batista, no dia 24 de junho.

Comemorada durante todo o mês de junho, a Festa Junina no Brasil foi trazida pelos portugueses e a base de sua celebração deriva das Festas dos Santos Populares, sendo estas em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro, respectivamente nos dias 13, 23 e 29 de junho. Cada detalhe da festa remete à sua herança multicultural, como por exemplo, a quadrilha que deriva de uma dança francesa de salão, a música típica e seus mais populares instrumentos como a sanfona que foram trazidos também pelos europeus e hoje é um dos sons característicos do forró nordestino.

O ato de pular fogueira na festa junina também é oriundo das celebrações pagãs. Durante os rituais era comum acender fogueiras para limpezas energéticas, atrair prosperidade e fertilidade para o campo. O catolicismo, contudo, recorreu mais uma vez ao nascimento de São João para explicar a presença da fogueira. Segundo as escrituras sagradas, Isabel, mãe de São João, teria acendido uma fogueira para avisar Maria, mãe de Jesus, sobre o nascimento de seu filho. Um detalhe curioso das comemorações atuais é que a fogueira de cada santo possui um formato diferente, sendo a de São João, redonda, a de Santo Antônio, quadrada e a de São Pedro, triangular.

Independentemente de sua origem, é fato que a festa junina já se incorporou às tradições brasileiras, trazendo elementos do folclore popular, comidas típicas e com um colorido característico que a tornam um dos festejos mais animados do ano.

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#002 Claude Monet – Um mar de impressões

Nenhum artista estudou com tanto afinco os efeitos que a luz provocava sobre as cores da natureza quanto o pintor francês Claude Monet. Em seus quadros, tentava recriar as diferentes nuances que as tonalidades assumiam em determinados horários do dia, sem preocupação em reproduzir coisas belas, mas sim o que via e à sua maneira. Com a obra Impressão, nascer do sol, ele revolucionou a história da arte e ajudou a nomear o movimento em que é um dos principais representantes: o Impressionismo.

Oscar-Claude Monet nasceu em Paris, em 1840. Sua família tinha uma modesta mercearia para a qual Monet estava destinado, porém a sua paixão pela arte surgiu desde cedo mudando o seu destino para o de um bem-sucedido pintor impressionista. Em 1851 ele cursou a escola secundária de artes e já era famoso por suas caricaturas. Alguns anos depois, na Normandia, conheceu o artista Eugène Boudin que lhe despertou o interesse pela pintura ao ar livre.

Para aprimorar a sua arte, em 1859 ele passou a frequentar a academia suíça de Paris, porém já avesso às normas clássicas da pintura acadêmica, foi estudar artes em 1862 com Charles Gleyer onde é introduzido ao círculo de outros artistas com ideias vanguardistas e que viriam a se juntar ao futuro movimento impressionista, como Camille Pissarro e Renoir.

Os primeiros anos artísticos de Monet foram marcados por forte rejeição da crítica e do público. Muitos diziam que seus quadros pareciam esboços, que causavam a impressão de não estarem terminados. Longe de se intimidar com tais comentários, o pintor francês seguiu desenvolvendo as suas técnicas de pintura que buscavam transmitir impressões de um momento efêmero, fugidio e eram marcadas pela ausência de contorno, pinceladas rápidas e soltas, sombras retratadas de maneira luminosa e colorida, além do uso de cores puras e que não são misturadas na paleta, o que ocasiona um efeito decomposto e que só toma forma à certa distância.

Quando se estabeleceu em Giverny, na Normandia, na década de 1890 com sua segunda esposa, Claude Monet já era bastante reconhecido por sua contribuição artística e sua genialidade. Em sua residência, o pintor francês impressionista criou um jardim aquático magnífico com a ajuda de um jardineiro japonês. No local foram colocadas flores de diversas espécimes e uma ponte japonesa. Monet ficava fascinado com a composição das cores e a luz que incidia sobre o Jardim de Águas, o que serviu de inspiração para diversas de suas obras, entre elas está uma série intitulada as Nenúfares.

As Nenúfares de Monet são compostas de aproximadamente 250 pinturas a quais ele se dedicou até o fim da vida em 1926. Muitas destas telas foram pintadas quando ele já sofria de catarata e assumem a impressão de estarem sendo observadas embaixo d’água. As Nenúfares do Orangerie são um conjunto de oito painéis com 2 metros de altura cada, projetados para serem expostos em um círculo um ao lado do outro para que o espectador tenha a sensação de estar observando a passagem das estações ou o decorrer de um dia.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/claude-monet/

Crédito Imagens:
National Gallery of Art, Washington, DC
The National Museum of Western Art, Tokyo
https://commons.wikimedia.org/
koorosmaps.com
Flammarion

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