As pinturas realistas e figurativas de Lee Price

Lee Price é uma artista americana que se dedica ao estilo realista figurativo de pintura. Suas obras procuram retratar a complexa relação entre as mulheres e os alimentos de uma maneira intimista, repleto de sentimentos como culpa, desejo e busca pela alegria. A figura feminina em suas pinturas sempre se encontra em momentos íntimos, cotidianos e solitários, retratada de um ponto de vista aéreo.

Lee cresceu em uma pequena cidade chamada Elmira, no interior de Nova York. Sua mãe era professora de arte do ensino médio e, por isso, Lee Price se interessou por arte desde o jardim de infância. Ela iniciou o curso de arte na Moore College of Art de Filadélfia com foco em ilustração, posteriormente mudou para pintura.

As pinturas de Lee são autorretratos em que mostram determinadas compulsões, muitas vezes alimentares, que surgem como uma tentativa de fugir à realidade através de momentos efêmeros de prazer. Assim, suas telas trazem toda a atmosfera anestésica dos subterfúgios que utilizamos para lidar com alguns aspectos do cotidiano. Além de tudo isso, os quadros trazem a mensagem do exagero, do desperdício.

É por este motivo, que a mulher, figura central de sua obra, aparece desnudando toda a repressão que sofreu da sociedade e da família ao serem criadas apenas para se doar. Nas telas de Lee Price a mulher abre as portas de seus segredos e apetites. A vista aérea por sua vez, proporciona a sensação de uma experiência extracorpórea ou mesmo voyeurista.

Primeiramente, as imagens são capturadas pelo fotógrafo Tom Moore e depois Lee Price as reproduz cuidadosamente com tinta óleo sobre tela de linho. Sempre que há a necessidade, a artista dilui a tinta em óleo de linhaça. Atualmente Lee mora no vale Hudson onde instalou seu estúdio, lugar em que passa mais de 70 horas por semana trabalhando em suas pinturas realistas.


Acesse a galeria para admirar mais a obra de Lee Price no Pinterest: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-mat%C3%A9rias-do-site/lee-price/


Crédito Imagens:

http://www.leepricestudio.com/

Realismo na pintura

Fugindo ao idealismo e artificialidade tão presentes no neoclassicismo e romantismo, surge o realismo. O movimento realista ganhou força nas últimas décadas do século XIX e teve o seu primeiro foco na França, estendendo-se posteriormente para os demais países e continentes. Tinha como principal intenção o retrato da vida da classe média e baixa tal como ela era, com seus problemas e costumes característicos da época.

É num contexto de lutas sociais, especialmente contra a forte dominação do capitalismo que a escola realista se desenvolveu. Os artistas adeptos do movimento partiam da observação da realidade, se voltando também para a razão e a ciência. O progresso técnico conflita com as excentricidades do romantismo, transitando então do belo e ideal para o real e objetivo.

As obras produzidas na época traziam um fundo de reflexão sobre as desigualdades sociais. Nesse viés, os pintores realistas trazem para os seus quadros paisagens e retratos com cores mais sóbrias e pinceladas livres com o intuito de levar à cena a realidade de uma maneira mais fiel. Outra característica importante do realismo é a ausência de heróis, as telas são protagonizadas por pessoas comuns com abordagem de temas cotidianos.

Os principais nomes do realismo nas artes visuais são Gustave Courbet, Édouard Manet, Honoré Daumier, Jean-Baptiste Camille Corot, Jean-François Millet e Théodore Rousseau. O termo realismo inclusive foi cunhado por Courbet, que impedido de participar da Exposição Universal, uma vez que a crítica considerou os seus quadros ofensivos por conta do retrato cru da realidade, organizou ao lado desta a sua própria exposição denominada Le Réalisme.

Entre as principais obras do realismo, destacam-se Os quebradores de Pedras (Courbet-1849), Enterro em Ornans (Courbet-1849-50), Angelus (Millet-1857-1859), As Catadoras (Millet-1857) e O Almoço sobre a relva (Manet-1862-1863), esta última obra, inclusive, serviu como inspiração para o movimento que precedeu o realismo, o impressionismo.

Vale ressaltar que o movimento realista difere da técnica realista de pintura que busca retratar principalmente os objetos e pessoas tal qual uma fotografia, reproduzindo cada detalhe o mais fiel possível. No realismo, entretanto, o foco é a representação da realidade com seus conflitos sociais mais comuns, o cotidiano dos menos favorecidos e a bucólica vida no campo.

Para conhecer mais obras dos artistas acesse a pasta que criamos:  https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/realismo-na-pintura/

Crédito Imagens:
https://www.wikiart.org/

Jean-François Millet – o realismo rural

Reconhecido como um dos precursores do movimento realista, Jean-François Millet ficou famoso especialmente por suas representações de trabalhadores rurais. O pintor realista francês também foi um dos fundadores da Escola de Barbizon, na França, movimento artístico que tinha como principal temática as paisagens e outras cenas naturais.

Jean-François Millet nasceu em 4 de outubro de 1914, na vila de Gruchy, em La Hague, na Normandia. Filho de um latifundiário, teve o seu primeiro contato com a arte no estúdio dos pintores Paul Dumouchel, Jérome Langlois e Chevreville, em Cherbourg. Ao mudar-se para Paris, se tornou aprendiz do pintor Paul Delaroche e foi incentivado a estudar os grandes mestres do Louvre, como Giorgione, Michelangelo e Poussin.

Começou pintando suas próprias obras ao estilo rococó, porém em 1840 decide abandonar os preceitos da Academia e é influenciado por Daumier, importante pintor e ilustrador francês que ficou conhecido também por suas caricaturas e charges.

É nesta ocasião que consegue expor pela primeira vez no Salão de Paris, onde conhece Théodore Rousseau e Constant Tryon. Sob influência destes dois pintores, Millet muda-se para a aldeia de Barbizon e começa a pintar quadros de paisagens e da vida rural. Embora a crítica não tenha sido favorável no início, a revolução popular de 1848 foi decisiva para que Millet conquistasse o seu lugar na arte francesa.

Contudo logo em 1849, o artista rompe com a Escola de Barbizon e começa a se dedicar à representação dos trabalhadores rurais em diversas cenas cotidianas. Embora o realismo pregasse uma visão mais objetiva da realidade, em detrimento ao idealismo romântico, as obras de Millet são consideradas sentimentais e piegas.

Críticas à parte, a verdade é que as suas obras jamais suscitariam indiferença. O artista empregava como nenhum outro até então, certo lirismo na representação da luz e figuras humanas que expressavam seus sentimentos com dignidade, além disso, havia uma preferência por tons de ocre e marrom, empregadas com suavidade e pinceladas mais livres.

Por este motivo, o realismo de Jean-François Millet é considerado mais calmo e menos provocante do que o do seu colega Gustave Courbet. Entre as principais obras de Millet, destacam-se As Catadoras (1857), Angelus (1859) e Pastora com o seu rebanho (1864). O artista faleceu em 20 de janeiro de 1875, em Barbizon, aos 60 anos.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/jean-françois-millet/

Crédito Imagens:
https://www.wikiart.org

Franz Gertsch – a perfeição realista na arte contemporânea

As obras do pintor suíço Franz Gertsch impressionam não apenas por serem concebidas em telas que ultrapassam os dois metros de altura, mas também pelos detalhes surpreendentemente realistas.

Nascido em 08 de março de 1930 na suíça, Franz Gertsch começou a estudar pintura na escola Max Rudolf von Mühlenen e Hans Schwarzenbach, em Berna. Contudo, foi no final da década de 1960 que o artista começou a pintar empregando detalhes realistas.

Para a concepção de suas obras, Franz Gertsch recorre muitas vezes ao uso de lápis-lazúli, azurita e malaquita para distanciar-se da imagem previamente fotografada que utiliza como base para suas pinturas ou xilogravuras. Apesar da característica realista de suas pinturas, Franz Gertsch desenvolve representações com modificações que nascem de sua imaginação.

Uma das suas mais famosas séries de pinturas são os retratos da cantora norte-americana Patti Smith que datam de 1977 a 1979. Com recortes seletivos, as obras oferecem um relato concebido pela criatividade artística de Franz Gertsch. Desta fase também se destaca um autorretrato do artista, feito em 1980.

Suas pinturas possuem referências tanto da Pop Art, quanto das técnicas mais tradicionais de pintura a óleo. Já suas xilogravuras ganham um tom abstrato com representações detalhistas de águas ondulando ou das lâminas de grama, como pode ser observado nas obras Maria II (2017) e Gräser I (1995/96).

O trabalho artístico de Franz Gerstch se desenvolveu meticulosamente para retratos e paisagens em grande escala, dotados de um realismo que impressiona em cada detalhe. Suas obras foram diversas vezes incluídas em exposições renomadas como documenta 5 em 1972, em Kassel e na Bienal de Veneza de 1999.

Atualmente suas obras podem ser encontradas no Museu de Arte da Filadélfia, no Kunstmuseum Lucerne, na Suíça, e no Museu Franz Gertsch, construído em 1998 Burgdorf, na Suíça, em parceria com o empreendedor suíço Willy Michel.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/franz-gertsch/

Crédito Imagens:
http://www.museum-franzgertsch.ch

As obras incríveis e realistas de Ron Mueck

Considerado um dos artistas contemporâneos mais impressionantes, Ron Mueck surpreende os expectadores de suas exposições com esculturas gigantes e realistas. O corpo humano é o grande destaque em suas obras e é representado em cada detalhe com perfeição quase fotográfica. Ronaldo de Oliveira Mueck nasceu em Melbourne, na Austrália, em 1958.
Sua grande influência artística partiu de seus pais que confeccionavam brinquedos. O jovem Ron Mueck cresceu vendo o seu pai lidar com o trabalho de construir bonecos de barro com extremo perfeccionismo.

Anos mais tarde, Ron Mueck começou a trabalhar com a criação de marionetes e moldes para a televisão e filmes infantis como o musical Labirinto – A Magia do Tempo, do diretor Jim Henson, famoso criador de Vila Sésamo e Os Muppets. Posteriormente, Ron Mueck se lançou no mundo artístico confeccionando esculturas. Uma das suas primeiras esculturas foi uma representação de não mais do que 1 metro do próprio pai nu. A obra nomeada Dead Dad, de 1996 casou um certo choque, visto que o pai do artista havia falecido recentemente.

O processo artístico de Ron Mueck começa de maneira solitária em seu ateliê. Os principais materiais usados pelo artista são resina, fibra de vidro, silicone e argila. As esculturas são concebidas em modelos de argila, depois fundidas em silicone a partir de um molde. Sempre idealizadas em grande ou pequena escala, mas jamais em tamanho natural. Os cabelos são colocados um a um e os olhos têm as írises pintadas manualmente, depois o artista recobre com uma esfera de vidro ou resina transparente. Apenas em obras maiores, Ron Mueck recorre ao auxílio de assistentes.

Em 2014, as esculturas espetaculares de Ron Mueck levaram mais de 230 mil expectadores ao MAM, no Rio de Janeiro. A exposição contou com 9 peças criadas pelo artista, três das quais feitas especialmente para a passagem pelo Brasil, sendo elas: Jovem Casal (2013), Mulher com as compras (2013) e Casal debaixo do guarda-sol (2013). Depois, as esculturas, que juntas somam mais de 7 toneladas, seguiram para a Pinacoteca de São Paulo, onde ficaram expostas de novembro de 2014 a fevereiro de 2015. Algumas das principais obras de Ron Mueck são Boy (1999), Baby (2000), Mask (2001), Man in a boat (2002) e In Bead (2005).

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/ron-mueck/

Crédito Imagens:
https://thegalleria.eu/
Unmissable things to do in Manchester and the North
Culture Trip
Fondation Cartier Paris Fondation Cartier Buenos Aires