Giovanni Battista Tiepolo – a luminosidade dos afrescos do Rococó

Representante do Rococó, o artista italiano Giovanni Battista Tiepolo ou Giambattista Tiepolo destacou-se como pintor e gravador. Ficou famoso por criar grandiosos afrescos em igrejas e palácios. Legou uma expressiva contribuição como decorador e também da pintura tradicional, tornando-se um dos mais notáveis artistas venezianos do século XVIII.

Foi na extinta República de Veneza, estado que se localizava a nordeste da Península Itálica, que nasceu Giovanni Battista Tiepolo, em 5 de março de 1696. Pouco tempo após o seu nascimento, o pai de Tiepolo faleceu, o que acarretou em dificuldades financeiras para a família.

Por volta dos 14 anos, Tiepolo ingressou no ateliê de Gregório Lazzarini que na época era um pintor renomado em Veneza e estima-se que tenha permanecido com o mestre durante sete anos. O artista foi influenciado pelos trabalhos de Veronese, Tintoretto e Caravaggio. Seu primeiro trabalho expressivo foi a pintura da igreja veneziana de Ospedaletto.

Posteriormente, começou a trabalhar no palácio do dodge Giovanni II Cornario, onde pintou quadros e retratos da nobreza italiana. Logo, seguiu-se uma série de encomendas de telas e afrescos para igrejas, além de retratos de figuras importantes da sociedade veneziana. O que foi fator decisivo para tornar o seu nome cada vez mais conhecido.

Em 1719 casou-se com Cecilia Guardi, irmã de Francesco Guardi, um dos maiores pintores e paisagistas venezianos. Tiepolo teve 9 filhos com Cecília, dois dos quais, Domenico e Lorenzo, se tornaram seus ajudantes.

A pintura de Tiepolo se torna de fato mais madura em 1726, o que pode ser observado em uma série de pinturas que realizada por encomenda da Família Dolfin. Destacam-se desse período também 10 quadros concebidos em larga escala para o Palácio de Dolfin em Veneza que retratam as batalhas da Roma Antiga e constituem verdadeiras obras primas de Giovanni Battista Tiepolo.

Pelos próximos 20 anos, Tiepolo continuou contribuindo em importantes projetos decorativos e, assim, seu trabalho começou a ganhar a Europa. Sua obra era especialmente apreciada pela luminosidade e o aspecto arejado que conferia aos ambientes. Em 1761 foi convidado pelo Rei Carlo III da Espanha para pintar afrescos nos quartos do palácio, em Madri. Tiepolo permaneceu no país por vários anos, até a sua morte em 27 de março de 1770.


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Francesco Guardi – um novo olhar para as paisagens venezianas

A cidade de Veneza na Itália revelou grandes mestres da pintura clássica, entre eles, destaca-se Francesco Guardi, pintor italiano considerado um dos últimos representantes da Escola Veneziana. De origem nobre, o artista ficou famoso como um dos maiores paisagistas do período Rococó.

Filho do pintor Domenico Guardi, Francesco Lazzaro Guardi nasceu em 5 de outubro de 1712, em Veneza. A família de Guardi era de Trentino e possuía certo renome na cidade. Após a morte do patriarca em 1716, o ateliê dos Guardi ficou sob os cuidados de Gian Antonio, irmão mais velho de Francesco.

Apesar de arte correr em seu sangue desde o berço, Francesco Guardi teve como mestre, além do irmão Gian Antonio, também o artista Canaletto, famoso por suas paisagens urbanas de Veneza e que teve grande influência sobre a linha artística que seu pupilo seguiria alguns anos depois. Posteriormente trabalhou na oficina de Michele Marieschi onde se aprofundou no estilo vedute, tipo de pintura que retratava as paisagens de maneira detalhista.

Apesar de suas primeiras obras remeterem ao estilo de seus mestres, Francesco Guardi logo rumou para o desenvolvimento de seu estilo próprio, bem mais solto. Costumava usar com frequência em suas obras o sfumato e pintura di tocco, técnica que se baseava em pequenas e fortes pinceladas pontuais.

A primeira obra assinada por Francesco Guardi foi Santo adorando a eucaristia (1739). Pintou também por ocasião da eleição do doge Alvise IV Mocenigo em 1763 uma série de 12 telas intitulada Festas do Doge. Já em 1778 recebeu do governo veneziano a encomenda de seis telas para comemorar a visita dos arquiduques à cidade e mais duas telas para a visita do Papa Pio VI. Destacam-se também entre as suas telas um olhar diferenciado sobre Veneza. Nestas, o artista italiano faz uma representação da dissipação da República de Veneza e faz uma breve descrição de sua decadência.

Em 12 de setembro de 1782, Francesco já com quase 70 anos foi admitido como membro da Academia de Belas Artes de Veneza. Seu irmão Gian Antonio faleceu em 1760 e desde então, Francesco ficara responsável pelo ateliê da família. O pintor veneziano faleceu em 1 de janeiro de 1793, porém seu estilo livre de pintura apareceria com força quase 1 século depois com o surgimento do movimento impressionista.


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