Yoko Ono – a força feminina no cenário artístico do século XX

Um dos nomes mais influentes do cenário artístico do século XX, a japonesa Yoko Ono é uma artista plástica vanguardista, cantora, compositora e cineasta. A artista traz à tona temas como feminismo, arte conceitual e questionamentos sobre a própria arte. Seu nome ganhou projeção mundial a partir da ligação profissional e amorosa com John Lennon e polêmicas à parte, o fato é que sua obra nunca poderia passar despercebida.

Nascida em 18 de fevereiro de 1933, em Tóquio, no Japão, Yoko Ono é a primeira filha do casal Isoko e Yeisuke Ono, ambos de linhagem abastada. Além da excelente educação que a origem rica lhe proporcionou, desde cedo Yoko teve contato com as artes, pois o pai havia sido pianista e mãe era budista e pintora clássica.

Assim, Yoko cresceu em um ambiente repleto de criatividade, onde aprendeu piano e canto. Foi alfabetizada em inglês e japonês, estudando na exclusiva escola de Gakushuin, no Japão e também na faculdade de música Sarah Lawrence, nos Estados Unidos. Yoko também foi a primeira mulher a ser admitida no curso de Filosofia em seu país natal, aos 18 anos de idade.

Entretanto, em meados de 1956, ao se formar na faculdade de música, Yoko decidiu galgar o caminho artístico sem o auxílio financeiro de sua família. Em um loft alugado em Manhattan, começa a fazer experiências sonoras ao lado do colega John Cage e do coreógrafo Mercy Cunningham. Juntos participam do grupo chamado Fluxus que passa a influenciar diversos artistas vanguardistas.

Na década de 1960 a artista japonesa começou a produzir filmes experimentais, além de explorar a arte conceitual. Em 1964 criou uma das suas performances mais famosas: Cut Piece, em que se expôs imóvel diante do público que podia usar uma tesoura para cortar de qualquer maneira pedaços da roupa da artista. Nesta obra, além de explorar a relação de confiança entre artista e expectador, Yoko propõe uma reflexão sobre a maneira como as mulheres são tratadas.

É no ano de 1966 que se dá o encontro entre o casal mais icônico da cultura pop. John Lennon se vê encantado com a produção artística de Yoko, a qual teve a oportunidade de conferir em uma exposição em Londres. Os dois então iniciam uma amizade com direito a diversas colaborações artísticas e por fim, os dois terminam seus atuais relacionamentos para viver um intenso romance.

Yoko chega a contribuir artisticamente em algumas produções dos Beatles, porém Lennon decide abandonar a banda que se desfez em meados do ano de 1970. Durante muito tempo Yoko foi apontada como o pivô da separação, fato que foi desmentido em entrevista pelo próprio Paul McCartney.

Após a trágica morte de Lennon em 1980, Yoko viveu alguns anos reclusa, porém voltou a dedicar-se especialmente à música nos anos 1990 e 2000. Em 1917, o Instituto Tomie Otake reuniu obras do início da carreira de Yoko Ono na Exposição “O Céu Ainda é Azul, Você sabe…”. Trazendo produções interativas, a exposição propunha uma reflexão sobre temas críticos como também levar o público a participar e não apenas observar as obras.

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Edvard Munch – o retrato das profundezas da alma humana

Precursor do expressionismo, Edvard Munch foi um pintor norueguês que encontrou em sua obra uma forma de dar vazão aos sentimentos de uma vida marcada por acontecimentos trágicos. Sua composição artística muitas vezes chocou a sociedade, mesmo assim, o artista alcançou ainda em vida prestígio internacional.

Edvard Munch nasceu em 12 de dezembro de 1863, em Løten na Noruega. Ainda na infância teve que conviver com diversas mortes e doenças em sua família. Perdeu a mãe, vítima de tuberculose, aos 5 anos de idade. Sua irmã mais velha faleceu aos 15 anos e outra faleceu meses após se casar, já a irmã mais nova sofria com transtornos mentais. Seu pai tinha depressão e arroubos de fanatismo religioso, por isso, a educação de Munch ficou a cargo de uma tia que o apresentou às telas e pincéis.

Munch estudou na Escola de Artes e Ofícios de Oslo, tendo como influência a arte naturalista. Já no ano de 1882, Munch exibiu alguns de seus quadros na Exposição de Outono de Oslo. Um de seus mestres à época foi Christian Krogh, influente pintor represente da arte realista norueguesa.

Contudo, entre os anos de 1885 e 1889, em viagem a Paris, teve contato com a obra pós-impressionista, especialmente de Van Gogh e Gauguin, que veio a exercer influência sobre o desenvolvimento do seu estilo artístico.

Em 1892 viu a exposição Verein Berliner Künstler, em Berlim, ser fechada uma semana após a abertura, devido ao choque que os 50 quadros expostos causaram na crítica e no público. Já no ano seguinte, Edvard Munch cria a sua obra mais famosa: O Grito (1893). O quadro tornou-se o ícone do expressionismo e traz em sua composição as principais características do movimento que tinha como objetivo mostra na tela o impacto emocional, os sentimentos e as experiências mais íntimas do artista.

A partir daquele momento, Munch realizou diversas viagens pelo continente europeu, concentrando a maior parte de sua estadia na Alemanha. No ano de 1908 passou por uma temporada em uma clínica de doentes mentais na Dinamarca, após uma crise nervosa provocada principalmente pelo alcoolismo.

Aquele ano também marcou o seu retorno definitivo à Noruega. Já em 1909 realizou uma exposição que foi sucesso de vendas. Munch ganhou ainda um concurso para decorar com painéis o salão nobre da Universidade de Oslo. O artista então passa a pintar quadros mais leves e com uma aura menos pessimista.

A popularidade de Edvard Munch atingiu o ápice, mesmo o artista tendo optado por um estilo de vida mais solitário. O artista tornou-se membro da Academia de Belas Artes em 1923 na Noruega. Entretanto em 1937, sua obra chamou a atenção dos nazistas que a consideraram degenerada e a retiraram dos museus e salões de arte da Alemanha.

Outras das obras mais notáveis de Edvard Munch são A menina doente (1885), Amor e Dor (1893), A madona (1893-94) e Entre o relógio e a cama (1940-42). Munch faleceu em 1944, na Noruega.

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Candido Portinari – a cultura brasileira na pintura modernista

O retrato modernista do Brasil com seus temas sociais, culturais, religiosos folclóricos e festas populares, ganhou projeção internacional através da obra de Candido Portinari. O artista plástico brasileiro pintou ao longo da vida mais de 5 mil obras e é um dos nomes mais prestigiados do cenário artístico nacional do século XX, ganhador de diversos prêmios importantes.

Filho de imigrantes italianos, Candido Portinari nasceu na cidade de Brodowsky, interior do estado de São Paulo em 30 de dezembro de 1903. Desde cedo demostrou interesse artístico, porém sua origem humilde não permitiu que ele sequer completasse o ensino básico.

Seu primeiro contato com as artes foi por volta dos 14 anos quando trabalhou como ajudante de uma trupe de pintores e escultores italianos que passou por sua cidade natal e atuava com restauração de igrejas.

Aos 16 anos, o jovem Portinari foi para o Rio de Janeiro estudar na Escola de Belas Artes, decidido a se tornar um artista profissional. Foi ali que o artista começou a despertar interesse não apenas do corpo acadêmico como também da imprensa.

Com 20 anos de idade, Portinari já era referência dos periódicos da época que ajudavam a projetar o seu nome, além disso, o artista já havia participado de diversas exposições. O jovem pintor, já nesta ocasião, começa a demonstrar interesse pelo movimento modernista.

Em 1928, Portinari conquistou o “Prêmio de Viagem ao Estrangeiro” da Exposição Geral de Belas-Artes o que lhe possibilitou morar em Paris e outras cidades europeias. Durante os dois anos que passou viajando, teve contato com diversos movimentos e artistas como Van Dongen e Othon Friesz.

Por isso, em 1931, regressa ao Brasil com seu estilo renovado. Aos poucos as telas a óleo cedem espaço para murais e afrescos, além disso, Portinari se vê ainda mais próximo da cultura brasileira, valorizando as cores e a ideia da pintura. Assim, mais uma vez Portinari ganha destaque na imprensa brasileira.

Em 1939, expôs três telas no Pavilhão do Brasil da Feira Mundial de Nova York e no ano seguinte, sua tela Morro do Rio é comprada por Alfred Barr, diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova York, e exposta no MoMA.

A fama internacional veio na década de 1940. Após ter sua obra exposta no MoMA ao lado de artistas mundialmente reconhecidos, Portinari expôs individualmente no Instituto de Artes de Detroit e no MoMA.

Um artista que serviu como inspiração e exerceu influência na produção artística de Portinari foi Picasso. O artista brasileiro encantou-se pela obra Guernica, de Picasso, ao vê-la exposta no MoMA. A partir deste momento, passa a empregar mais dramaticidade ao retratar as mazelas do povo brasileiro, como pode ser observado na obra Os retirantes (1944).

A convite de Oscar Niemeyer, em 1944 suas obras são incluídas na decoração do complexo arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte. E em 1947 o artista expõe na Galerie Charpentier, em Paris. Além disso, suas obras também são expostas em salões de Buenos Aires e Montevidéu.

Já na década de 1950 recebeu medalha de ouro do Prêmio Internacional da Paz e é o nome de destaque da 1ª Bienal de São Paulo. E em 1955 é premiado com a medalha de ouro do Internacional Fine-Arts Council de Nova York, como melhor pintor do ano.

Entre as obras mais conhecidas de Portinari se destacam Serenata (1925), Mestiço (1934), Café (1935), Cana de Açúcar (1938) e O Lavrador de Café (1939). O artista faleceu em 1962 em decorrência de intoxicação provocada pelas tintas que utilizava.


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PASTA DE EXERCÍCIO – MARGARET MEE

Preparamos uma pasta de exercício no Pinterest para você conhecer mais das obras e movimentos artísticos que falamos nas matérias do site.
Essa aqui é a pasta de exercício do Margaret Mee:https://pin.it/xolb2tnxqlxnwh
Para ler a matéria, acesse: http://www.thaisslaski.com.br/?s=Margaret+Mee

PASTA DE EXERCÍCIO – CLAUDE MONET

Preparamos uma pasta de exercício no Pinterest para você conhecer mais das obras e movimentos artísticos que falamos nas matérias do site.
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#019 Dica de Pintura: Criação e Talento

A criação é algo que se constrói e as vezes pode levar mais tempo que a pintura. Criar, compor, rascunhar é algo que você deve tratar com carinho e tempo, sem se pressionar porque “não sai nada”. Trabalhando na composição, as ideias irão surgir e podem surgir depois que você tenha começado a pintar.

Quer ver todo o processo de pintura do lobo-guará? clique no link: https://youtu.be/lol6lQaQii4