Mary Cassatt – o retrato das cenas familiares no impressionismo

Ao lado das artistas francesas Berthe Morisot e Marie Bracquemond, a pintora americana Mary Cassatt foi uma das mulheres que estavam no centro do movimento impressionista que ocorreu em Paris no século XIX. Reconhecida por sua elegância e impecável habilidade artística que foi intensamente influenciada pela vanguarda francesa, Mary Cassatt, assim como seu grande amigo Edgar Degas, tinha preferência por retratar ambientes fechados que servem como pano de fundo para os seus trabalhos que na maioria traziam as rotinas familiares, principalmente entre mães e filhos. A artista também participou ativamente das causas em defesa dos direitos das mulheres.

Considerada uma grande pintora impressionista, Mary Stevenson Cassatt nasceu em 1843, em Alleghny, Estados Unidos e faleceu aos 83 anos em Le Mesnil-Théribus, França. Sua família era de classe média alta e valorizava as viagens como parte da educação, por isso, desde cedo teve contato com culturas diferentes e aprendeu diversas línguas. Foi na Feira Internacional de Paris de 1855 que ela teve a oportunidade de conhecer importantes pintores como Ingres e Corot, e também os vanguardistas Degas e Pissarro que mais tarde estariam entre os fundadores do estilo impressionista.

Apesar de todas as dificuldades que as mulheres enfrentavam para terem acesso à educação formal em artes e pela oposição de sua família sobre a sua vontade de se tornar uma pintora profissional, Mary Cassatt se matriculou na Pennsylvania Academy of the Fine Arts, aos 15 anos. Sentindo que evoluía vagarosamente devido a todo paternalismo de colegas e professores, a jovem decidiu estudar os grandes mestres por contra própria. Em 1866, contra a vontade de seu pai, mudou-se para Paris e contratou professores da École des Beaux-Arts, uma vez que as academias de lá ainda não aceitavam mulheres. Para desenvolver sua técnica, costumava frequentar o Museu do Louvre e copiar as obras dos grandes mestres.

Em 1868, a sua tela The Mandolin Player foi selecionada pelo júri do Salão de Paris e Mary se tornou a primeira americana a expor no salão oficial. Como pode ser observada na obra, há uma forte influência da pintura clássica nos seus primeiros trabalhos. Porém os tempos estavam mudando, com Manet desafiando os paradigmas da pintura clássica e também com o movimento de artistas que estavam começando a abandonar os seus estúdios e a pintar ao ar livre.

Após ter duas de suas pinturas rejeitadas pelo salão oficial em 1877, ela foi convidada pelo amigo Edgar Degas a apresentar as suas obras para o grupo de pintores denominado impressionistas. Indentificando-se com as ideias destes artistas revolucionários, Mary abraçou a causa e juntou-se ao grupo, expondo cerca de 11 quadros na exposição de 1879. Ao lado de Degas, que passou a exercer forte influência em seus trabalhos posteriores, foi uma entre os poucos artistas a serem elogiados pela crítica, permancecendo ativamente no movimento até 1886.

O principal tema de seus quadros eram as cenas privadas e sociais das mulheres e seus filhos, retratadas com pinceladas elegantes e uma preferência por uma paleta de cores brilhantes. Entre as principais obras de Mary Cassatt estão The Cup of Tea e Menina pequena em uma poltrona azul. Desde cedo Mary se interessou pelas questões sufragistas e envolveu-se com o feminismo até mais ou menos o fim de sua vida.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/mary-cassatt/

Credito imagens:
https://www.wikiart.org

#013 Dica de Pintura a Óleo: Separe e Guarde as cores Verdes, tons de Pele e Preto

Essa dica de pintura a óleo é um trecho da video aula principal: https://www.youtube.com/watch?v=OuFc1… Nós editamos as dicas para reforço do aprendizado da aula. Se quiser receber no seu e-mail o material que publicamos semanalmente é só se cadastrar no link https://mailchi.mp/b1610518aabf/thais

#013 Pintura a Óleo: Como começar? Parte 2 – aula

Hoje eu continuo o programa que fizemos sobre pintar pela primeira vez. Esse é um “pintando pela segunda vez” 🙂 Agrego o branco na paleta de primarias que fizemos e mais um azul, um amarelo e o marrom escuro. O que te impede de pintar é o medo. Não tenha medo, esta tudo bem, o mundo nao vai explodir e nada vai acontecer se você tentar e nao gostar. Gostando ou nao do resultado só faça o seguinte: continue e pinte mais uma vez. Se você fizer esse trato consigo mesmo de que irá tentar mais uma independente da satisfação com o resultado, você pintará para o resto da vida e, te ASSEGURO, sua pintura vai crescer e você se tornará um grande artista, satisfeito com a própria produção, tendo prazer em criar e prosseguir. Com o tempo acostuma-se com os sentimentos negativos que fazem parte de tudo: o medo, a frustração, o cansaço… essas coisas sao naturais, é preciso lidar com elas ao invés de esperar o dia e momento perfeito para pintar. E quando voce estiver imerso em fazer, aí sim, perceberá que o momento perfeito é hoje, é agora e tudo esta bem. Espero que essa aula te sirva muito! Tente fazer o exercício mais de uma vez e anote seu mapa de cores porque você o usará sempre e precisa só ter feito uma vez. Para nao ficar cansativo faze-lo, escolha poucas cores e faça um pouco, em outro dia faz mais, mas é legal terminar o mapa para conhecer o material infinito que você tem dentro da sua casa! Você se surpreenderá! O retrato eu fiz rapido mas leve em conta que eu tenho experiência. Se voce esta começando, faça no seu ritmo e devagar, se dedique na primeira vez a pintar 1/4 do retrato, outro dia segue, faz mais cores, se concentra no mapa e pinta mais 1/4 do retrato e assim vai. Não fica na ânsia de fazer o mapa e pintar um retrato em 3h. Se dê mais tempo para aprender e tenha a segurança que tentando e fazendo irá dar um salto na sua pintura! Desejo uma excelente semana, de bons estudos e momentos maravilhosos pintando!

Fotorrealismo

O Fotorrealismo é um movimento artístico que surgiu em meados da década de 1960 nos Estados Unidos. Opondo-se ao minimalismo e o expressionismo abstrato, o fotorrealismo propunha reproduzir com fidelidade as imagens, fossem cenas cotidianas ou pessoas, tal como uma fotografia.

O realismo já havia sido refutado pela arte modernista da década de 1950, uma vez que a fotografia assumira o papel de capturar a realidade em seus mais minuciosos detalhes. Entretanto, a fotografia começa a ser usada como base de trabalho para diversos pintores, permitindo congelar um momento efêmero para que este fosse posteriormente reproduzido em tela com maior fidelidade.

Contudo, muitos críticos de arte viam a prática como uma limitação da criatividade do artista. Ao passo que muitas correntes artísticas, inclusive o fotorrealismo, se opunham à banalização da imagem causada pela imensa quantidade de fotos que uma câmera fotográfica poderia conceber.

Influenciado pela Pop Art, surge então o fotorrealismo, denominado pelo autor americano Louis K. Meisel que também foi responsável pela caracterização da escola fotorrealista a pedido de Stuart M. Speiser, curador da exposição Fotorrealismo 1973 – A Coleção Stuart M. Speiser.

A caracterização proposta por Meisel estabelecia cinco princípios sendo estes o uso da câmera e fotografia para coletar informação; uso de recursos mecânicos e semi-mecânicos para transferir a informação para a tela; o fotorrealista deve ter habilidade suficiente para fazer com que a pintura se pareça com uma fotografia; além disso, deve ter exibido obras neste estilo antes de 1972 para poder ser classificado como um dos fundadores da escola e por fim, deve ter trabalhado há pelo menos cinco anos nesta técnica.

Para se alcançar a precisão fotográfica muitos artistas recorrem ao uso da técnica do quadriculado ou outras formas de projeção, até mesmo porque a obra fotorrealista muitas vezes ganha dimensões muito maiores do que o objeto real que será reproduzido.

Entre os principais artistas fundadores do fotorrealismo destacam-se Richard Estes, Ralph Goings, Chuck Close, Charles Bell, Audrey Flack, Don Eddy, Robert Bechtle e Tom Blackwell. Estes artistas desenvolveram linhas de trabalho distintas, porém com técnicas bastante semelhantes. Em suas obras são retratadas paisagens, retratos, natureza morta e cenários urbanos.

Do fotorrealismo derivou-se o hiper-realismo, corrente artística que se desenvolveu através dos avanços tecnológicos e tem como princípio reproduzir as imagens minuciosamente e de maneira muito mais detalhista e mais próximo possível de uma fotografia.

Para conhecer mais, sobre Fotorrealismo, acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/fotorrealismo/

Crédito Imagens:
https://www.wikiart.org
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