Joshua Reynolds – as cores vigorosas do barroco inglês

Reynolds consagrou-se como um dos mais renomados retratistas britânicos. O pintor costumava frequentar ambientes requintados, onde a mais alta sociedade da época marcava presença. Sua obra, portanto, é composta por pinturas ricas que expressam todo o luxo ostentado pelas figuras da nobreza que o artista retratava. Dono de uma exímia técnica e habilidade, Joshua Reynolds influenciou as demais gerações de retratistas que o sucederam.

Foi na maior cidade do condado de Devon, a próspera Plymouth, que nasceu Joshua Reynoulds, em 16 de julho de 1723. Filho de Samuel Reynolds, um reverendo que sonhava que o filho seguisse a profissão de médico. O jovem Joshua, no entanto, se interessou desde cedo pela arte, frustrando os sonhos do pai.

Aos 17 anos, Reynolds foi para Londres em busca de concretizar o seu sonho. Tornou-se então pupilo do pintor da moda Thomas Hudson que era um grande retratista e com quem permaneceu durante quase três anos. Após esta temporada, retornou à sua cidade natal e ali passou a retratar as paisagens marinhas de Plymouth. Viajou para Itália onde estudou os grandes mestres da pintura e foi seduzido pelas composições e cores dos pintores venezianos como Ticiano.

Em 1753 estabeleceu-se em Londres e então começou a colocar em prática seu conhecimento sobre os grandes mestres. Porém suas produções adotaram um estilo independente e com pinceladas ousadas. Nos dois anos seguintes estaria empregando vários assistentes para ajuda-lo com suas crescentes encomendas de retratos. Assim como o rival Thomas Gainsborough, dominou o retrato inglês na segunda metade do século XVII e foi membro fundador da Royal Academy, além de ser eleito como o primeiro presidente da associação, também foi condecorado pelo rei George III.

É só a partir de 1760 que o estilo clássico barroco domina definitivamente as suas obras. Suas obras passam a ser exibidas na Royal Academy o que ajuda a alavancar o seu nome. Dono de grande percepção e sensibilidade, costumava expor suas aspirações pictóricas e inspirar jovens artistas nos discursos que ministrava anualmente para a Academia. Em 1784 tornou-se primeiro pintor da corte do rei George III.

Algumas de suas principais obras englobam Retrato de um eclesiástico (1756), As irmãs Waldegrave (1770-80), Retrato de Lady Cockburn com seus três filhos (1773), Retrato da Sra. Siddons (1785) e Retrato do Lord Heathfield (1787). Para alguns críticos, Joshua Reynolds era um verdadeiro acadêmico, destacando-se mais como teórico do que realizador e, de certo, nunca chegou a ser um exímio desenhista. Em seus últimos anos de vida, o artista acometido de uma cegueira começou a afastar-se dos ambientes requintados de outrora. Faleceu aos 69 anos e foi sepultado na Catedral de São Paulo, em Londres.


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A elegância e harmonia das esculturas policromáticas de Sophia Vari

Especializada em pinturas e esculturas policromáticas, Sophia Vari é uma renomada artista grega, reconhecida mundialmente. Seu trabalho também compreende colagens, pinturas em aquarela e óleo e tem como principal premissa a investigação da forma e equilíbrio. Sophia já expôs suas obras em Paris, Atenas, Florença, New York e Caracas.

Sophia Vari nasceu em 1940 na cidade de Vari, localizada ao sul de Atenas, na Grécia. Filha de pai grego e mãe húngara passou parte de sua infância na Suécia, além de estudar na Inglaterra e França. Aos 18 anos, frequentou a Escola de Belas Artes de Paris.

Sophia começou a esculpir por volta de 1960, dedicando-se à estética figurativa. Já nos anos 80, seu trabalhou evoluiu para um estilo mais abstrato com formas arredondadas que sugerem o desenho do corpo humano. As cores começaram a se destacar em suas obras a partir dos anos 1990, incorporadas à superfícies mais planas concebidas em bronze.

No seu trabalho há grande influência das culturas antigas como os Maias, Olmecas e Egípcios, além de empregar um pouco de estéticas clássicas como o Barroco. Desde o início a sua obra se caracterizou pela expressividade, movimento e sensualidade das formas criadas, como também pelo uso de tons contrastantes, especialmente preto e branco e depois azul, vermelho e amarelo. As cores são empregadas de maneira a acentuar o movimento de suas esculturas e criam uma sensação de leveza como se estivessem suspensas.

Suas criações complexas, inteligentes e desafiadoras, interagem entre si, com os espaços de exibição e com o público. As dimensões monumentais das esculturas são elaboradas por Sophia com elegância e harmonia, sempre com a preocupação de integrar o ambiente a que serão destinadas.

As obras de Sophia Vari ganharam o mundo através de exibições em importantes centros de arte e suas esculturas monumentais podem ser encontradas em diversas cidades, além disso, a artista soma em seu currículo mais de 100 exposições individuais. Atualmente a escultora grega divide-se entre Nova York, Mônica e Pietrasanta junto com o seu marido, e também artista, o colombiano Fernando Botero.


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As deliciosas pinturas hiper-realistas de Tjalf Sparnaay

Importante artista do movimento hiper-realista, Tjalf Sparnaay é um fotógrafo, ilustrador e pintor holandês. O foco de sua arte são os elementos do cotidiano, chamando especial atenção para as suas pinturas que representam comidas e que, de tão realistas, chegam a dar água na boca dos espectadores.

Nascido em Haarlem, Holanda, em 1954, Tjalf Sparnaay foi educado para se tornar professor de esportes, porém a paixão pela arte falou mais alto e a partir de 1980 Sparnaay seguiu a carreira como pintor autodidata e fotógrafo amador.

Todo o trabalho do pintor holandês é voltado para a captura de imagens nunca antes retratadas, buscando ressaltar cada pormenor em suas telas de grandes proporções. Influenciado por nomes importantes da história da arte, os também holandeses Johannes Vermeer e Rembrandt, Spanaay é pioneiro no estilo e busca tornar elementos triviais em suntuosas obras de arte. Através da técnica fotorrealista, o artista expande o conceito de natureza morta, que se disseminou na Holanda em meados do século XVII, executando-o de maneira muito pessoal e moderna.

Desde 1987, Sparnaay se dedica a este estilo de pintura e se tornou um dos mais importantes representantes da arte contemporânea. Seus quadros aguçam os olhos e o paladar ao trazer ovos fritos, latas amassadas de refrigerante, batatas fritas e sanduíches com detalhes que desafiam até as mais poderosas lentes fotográficas.

É desta maneira que o pintor holandês concebe as suas deliciosas pinturas a óleo. Com um olhar apurado e minucioso, a realidade flui para o pincel de Sparnaay, proporcionando novos sentidos para objetos comuns e permitindo que estes sejam apreciados em cada impressionante pormenor. Atualmente suas obras de arte podem ser apreciadas em museus e galerias de diversos países, como a renomada Louis K. Meisel Gallery, em Nova York.


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Frans Hals – os admiráveis retratos no Século de Ouro dos Países Baixos

Consagrado como um dos maiores retratistas da história da arte e figura importante do Barroco europeu, o pintor neerlandês Frans Hals teve uma carreira bem sucedida e certo reconhecimento em vida, o que, no entanto, não o livrou das dívidas e dificuldades financeiras. Suas obras mais famosas são os retratos pictóricos da sociedade neerlandesa.

Foi na cidade de Antuérpia, localizada na Bélgica, que nasceu Frans Hals, entre 1580 e 1585. Estima-se que por motivos religiosos e financeiros, quando a Antuérpia foi invadida pelos espanhóis, a família de Hals se mudou para Haarlem, Holanda – cidade em que o artista permaneceu até o fim de sua vida, em 26 de agosto de 1666.

Na juventude, o artista foi discípulo de Karen Van Mander pintor flamengo maneirista, porém não seguiu os passos de seu tutor. A obra de Hals revela a preferência do artista pela luz do dia, além disso, alguns historiadores sugerem influência de Rubens e Van Dick.

De certo, os primeiros anos da vida de Frans Hals foram pouco documentados. Hals casou-se duas vezes e teve ao todo 10 filhos. Seus primeiros trabalhos conhecidos datam possivelmente de 1611, quando o artista tinha por volta de 30 anos. Mas as primeiras encomendas, contudo, só viriam a surgir alguns anos depois.

Ao longo de sua carreira, Hals desenvolveu um estilo livre de pintura que conferia vivacidade à sua obra. As cores eram distribuídas sobre a tela por meio de pinceladas consideradas rápidas e soltas. Suas composições tendiam para o naturalismo e seus retratos davam ênfase às expressões de suas personagens.

Algumas das principais obras de Frans Hals são O Cavaleiro Rindo (1624), Banquete de Oficiais da Guarda Cívica de São Jorge de Haarlem (1627), Retrato de Willem van Heythuyzen (c.1637-1639), Daniel van Aken Tocando o Violino (c.1640), As Regentes do Asilo de Velhos de Haarlem (1664). As últimas produções de Hals foram adquirindo um tom mais austero e emocional. O artista deixava evidente a sua preocupação com temas como a velhice a morte.


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Antoine Watteau – as Festas Galantes do Rococó francês

As admiráveis obras do pintor francês Watteau transportam o expectador para cenas belas e idílicas de atmosfera leve e descontraída, inspiradas na commedia dell’arte, um estilo de teatro ­­­­­popular. Não à toa, o artista ganhou fama como o pintor das Festas Galantes em meio ao Rococó, movimento que se desenvolveu na França do século XVIII.

Jean-Antoine Watteau nasceu em 10 de outubro de 1684, em Valenciennes, região que havia sido incorporada à França em 1678 pelo Tratado de Nijimegen. Filho de um mestre-telheiro que prezava o desenvolvimento intelectual do filho como forma de livrá-lo de um destino de trabalho braçal, Watteau demonstrou talento artístico desde criança quando costumava esboçar algumas cenas de sua cidade natal a lápis ou carvão.

Watteau foi levado a se tornar aprendiz do pintor Jacques-Albert Gérin que, no entanto, não o instruiu adequadamente. Por este motivo, o jovem artista preferiu aos 18 anos tentar a sorte na aclamada Paris, verdadeiro centro cultural e reduto de diversos artistas e aspirantes. Seus primeiros trabalhos remunerados, no entanto, não tinham nada de glamour, e sim, se limitavam a copiar estampas e pinturas clássicas para comerciantes de arte.

Foi nesta época, instalado em uma precária estalagem, que as cópias que Watteau fazia chamaram a atenção de Claude Gillot, influente pintor francês que ficou conhecido por suas obras descontraídas.  Contratado por Gillot, que detinha uma fiel e abastada clientela, o jovem artista teve a liberdade de criar as próprias pinturas e desbravar um mundo artístico completamente novo e instigante do teatro.

Posteriormente, foi apresentado a Claude Audran, pintor e entalhador francês que seguia o estilo Rococó, porém voltado à decoração do interior das residências da aristocracia francesa. Através de Audran, Watteau conheceu Peter Paul Rubens, pintor que exerceu grande influência em suas produções. Watteau absorveu os toques e estilo de Rubens, e assim desenvolveu com sucesso a sua própria maneira de pintar.

Os quadros de Watteau se distinguem pelo retrato de cenas bucólicas com atmosfera festiva, muitas vezes romântica e teatral, adquiridas por meio de livres pinceladas com as quais distribuía a tinta sobre tela criando efeito luminoso e rico em cores. Entre as suas principais obras estão Pierrot (1719), Mazzetin (1720), Peregrinação à ilha de Citera (1717), A Canção do Amor (1717) e Os prazeres da dança (1717).

De temperamento inquieto e fascínio por uma vida desapegada, Watteau pouco se importava com dinheiro. Morreu prematuramente aos 37 anos, pobre e nos braços de um amigo. Seus últimos quadros refletiam a enfermidade que o assolara pouco antes do fim, traduzindo-se em cenas mais escuras e melancólicas.


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Pierre Bonnard – As cores do Pós-Impressionismo

Integrante do Grupo Nabis, formado por jovens artistas vanguardistas, Pierre Bonnard é um pintor francês representante do pós-impressionismo, movimento que ganhou força na última década do século XIX. Sua arte se desenvolveu através de cores ora intensas ora claras e luminosas, numa tentativa de captar as variações de luz do ambiente e como aquilo se refletia no objeto retratado, característica que conferiu à obra de Bonnard um tom intimista e emocional.

Pierre Bonnard nasceu em 3 de outubro de 1867 na comuna francesa de Fontenay-aux-Roses, localizada a sudoeste de Paris. Desde cedo demonstrou talento artístico, destacando se na pintura, desenho e caricaturas. Era comum ver o jovem pintando nos jardins casa de campo de sua filha. Porém seu destino e de seus dois irmãos já haviam sido traçados pelo pai, um chefe de Ministério da Guerra, que queria ver os filhos cursarem Direito em uma renomada faculdade de Paris. Aos 18 anos Bonnard partiu para a capital francesa onde ingressou na Universidade de Sorbonne e em dois anos obteve a licença em Direito.

No entanto, não demorou a ser seduzido pela efervescência artística da época. Em 1888, mesmo ano em que Bonnard passou a advogar, ele também se inscreveu na Academia de Belas Artes e na Academia Julian. Naquele mesmo ano juntou-se ao Les Nabis e após vender uma de suas obras, convenceu a família de que poderia viver de arte e assim abandonou de vez a carreira de advogado.

Apesar de toda a vertente filosófica e idealista dos Nabis, Bonnard manteve o seu estilo bem-humorado e não-ideológico. Ao longo de sua carreira artística pintou os temas mais comuns para época como cenas domésticas, paisagens, retratos e cenas urbanas, porém o que realmente se destacava em suas composições eram as cores que davam vida aos detalhes e momentos mais triviais.

Em 1891 teve a sua obra exposta na exposição anual da Sociedade dos Artistas Independentes. Ainda que colhesse os frutos das inovações impressionistas, Bonnard foi pouco influenciado por este movimento. Ele nutria, na verdade, grande paixão pela arte gráfica japonesa e é possível ver esta influência em algumas de suas obras, como o uso de padrões geométricos. Também passou a criar itens decorativos como móveis, tecidos e outros objetos e trabalhou como ilustrador para a revista La Revue Blanche.

No ano seguinte começou a produzir litografias, além de contribuir com uma série de ilustrações para o livro de Claude Terrase, seu cunhado. E em 1894 as suas pinturas de cenas urbanas se destacavam pelo artista manter o foco nas construções ou até mesmo em animais, no entanto os rostos raramente eram visíveis.

Pierre Bonnard foi um dos primeiros artistas a aderirem ao movimento Art Nouveau e em 1895 projetou um mural chamado Maternidade para a loja de luxo Tiffany. Aquele mesmo ano marcou também a sua primeira exposição individual na Galeria Durand-Ruel. Nos anos que se seguiram, Bonnard manteve a sua constante produção e essência artística. Faleceu em 1947, uma semana após concluir a A Árvore de Amêndoas em Flor.

O artista francês costumava pintar muitas de suas cenas de memória e fazia esboços a lápis que serviam de base para várias de suas pinturas. Entre os seus principais trabalhos se destacam Pont de la Concorde (1913-15), The Bowl Of Milk (1919), O Banho (1925) e O Banheiro (1932).


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Paul Klee – entre cores intensas, figuras geométricas e musicalidade

Influenciado por diversos movimentos de vanguarda como o expressionismo, cubismo e surrealismo, Paul Klee foi um pintor, poeta e musicista suíço que desenvolveu um estilo de arte bem pessoal. Ao longo de sua carreira trabalhou em diversos experimentos artísticos, dominando com maestria o uso da teoria das cores, além de incluir uma perspectiva única às suas obras, resultado de uma extensa bagagem cultural. Consagrou-se como um dos mais importantes pintores europeus do século XX.

Embora tivesse nacionalidade alemã, devido à origem de seu pai, Paul Klee nasceu em Münchenbuchsee, uma pequena cidade suíça, em 18 de dezembro de 1879. A família era ligada à música, sendo o seu pai um professor de música e sua mãe cantora, por isso, com apenas 7 anos o jovem Klee começou a tocar piano. Embora fosse desejo dos pais que seguisse a carreira musical, Klee já adolescente demonstrava grande interesse nas artes visuais, por encontrar ali mais liberdade de expressão.

Em 1898 conseguiu permissão dos pais para se matricular na Academia de Belas Artes de Munique, onde se destacou em desenho. Após sua formação, estudou os grandes mestres da pintura em Roma. Após sua incursão pela Itália retornou ao seio familiar e a partir de 1905 criou mais 67 obras resultantes de um longo período de estudos e experimentos, incluindo entre estes trabalhos Retrato de Meu Pai (1906).

Em 1906 casou-se com a pianista Lily Stumpf e foi morar em Munique. Durante algum tempo o casal se sustentou apenas com a renda de Lily, que dava aulas de piano. Klee tentou sem sucesso uma carreira como ilustrador e sua arte se desenvolveu vagarosamente. O reconhecimento só veio uma década depois.

Quatro anos após o seu casamento, em 1910, Klee fez a sua primeira exposição em Berna. Também ilustrou uma edição de Cândido, um clássico do escritor Voltaire. Outra guinada em sua carreira foi a associação aos artistas Kandinsky e Franz Marc, além de outros membros do clube O Cavaleiro Azul.

Em seguida teve contato com diversas teorias de cores e estilos modernos como o cubismo e a arte abstrata. Fez diversos experimentos de cores com aquarelas bastante diluídas e retratou algumas paisagens primitivas. A obra No Estilo De Kairouan (1914) marca o seu florescimento artístico com uma composição abstrata colorida e repleta de figuras geométricas que se conectam com a musicalidade nata de Klee.

Dali para frente recebeu grande atenção da crítica e realizou diversas mostras. A eclosão da Primeira Guerra Mundial refletiu em algumas de suas produções, justamente porque o artista perdeu alguns de seus amigos em combate. Passou a lecionar na escola de artes Bauhaus em 1920 e permaneceu como docente durante 10 anos. Na década de 30 foi perseguido pelos nazistas alemães e pouco tempo depois descobriu uma doença degenerativa que lhe tirou a vida em 1940.

Estimasse que o pintor produzido por volta de 9 mil obras e que seu trabalho tenha influenciado diversos artistas. Algumas das obras importantes de Paul Klee foram Cúpulas vermelhas e brancas (1914), Composição cósmica (1919), A casa giratória (1921), O gato e o pássaro (1928) e Nova harmonia (1936).


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Jean-Baptiste-Siméon Chardin – as cenas cotidianas no barroco francês

Chardin foi um dos mais célebres representantes do barroco francês e ganhou fama especialmente por suas representações de natureza-morta, frutos, animais e pinturas de gênero. O artista tinha verdadeiro apreço em pintar cenas burguesas com enfoque em suas vidas cotidianas, domésticas e cenas de cozinha, influência herdada dos mestres holandeses do século XVII. Seu estilo foi estudado por diversos pintores que vieram posteriormente, incluindo Cézanne e Matisse, e configura um marco importante para a arte francesa.

Jean-Baptiste-Siméon Chardin nasceu em Paris em 2 de novembro de 1699. Filho de um humilde marceneiro, Chardin foi pupilo de Pierre-Jacques Cazes, pintor de paisagens históricas e Noel-Nicolas Coypel que se dedicava a pinturas mitológicas. Em 1724 foi admitido como pintor-mestre na Academia de Saint-Luc e em 1728 foi aceito na Academia Real de Pintura e Escultura, ambas em Paris.

Com a exposição da famosa tela A Arraia (1728), Chardin conquistou notoriedade no mundo artístico. Embora tradicional, a representação de naturezas-mortas ainda era vista como um estilo de pouca significância. Contudo, Chardin conseguia atribuir importância às cenas consideradas triviais, utilizando-se de cores matizadas aplicadas sobre a tela com meticulosidade e uma habilidade digna dos grandes mestres da pintura.

Posteriormente, em 1733, o artista francês começou a incluir em seus trabalhos as cenas de gênero, ao concluir que não sobreviveria para sempre de suas naturezas-mortas. A mudança lhe garantiu dois anos depois expor suas obras no Salão do Louvre. Através de um trabalho dedicado, muitas vezes considerado lento, Chardin dava vida ao comum, retratando-o de forma honesta e direta, características que fizeram as suas telas se sobressaírem.

Outras obras importantes de Jean-Baptiste-Siméon Chardin são A governanta (1739), A lavadeira (1735), Benção (1741), Ainda vida (1760) e Uva e Romã (1763). Chardin também passou a empregar em 1770 em seus quadros a técnica de pintura em pastel, que já havia se popularizado com pintores renomados como Leonardo da Vinci. Esta fase artística de Chardin  renderam diversos retratos e autorretratos.

Chardin faleceu aos 80 anos, após uma carreira artística extensa. Ao longo dos anos suas obras foram se popularizando através da técnica de gravura, e foram difundidas e copiadas em estampas que se espalharam pela Europa. Atualmente alguns dos principais quadros do pintor francês podem ser encontrados no Museu do Louvre.


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As divertidas e cativantes ilustrações de Emily Gravett

Com um traço divertido e cativante, Emily Gravett é uma ilustradora britânica de livros infantis que conquistou por duas vezes a Medalha Kate Greenaway de melhor ilustradora, a primeira vez com o seu livro de estreia intitulado Wolves, publicação que também lhe rendeu o Prêmio Macmillan de Ilustração.

Emily Gravett nasceu em 1972 em Brighton, na Inglaterra. O pai de Emily era gravador e sua mãe professora de artes, profissões que influenciaram a jovem a seguir a carreira artística. Aos 16 anos, Emily embarcou em uma viagem que durou oito anos e que lhe permitiu percorrer o Reino Unido em um grande ônibus verde.

Ao retornar à sua cidade natal, já com 29 anos, Emily Gravett graduou-se em Artes. Em seu último ano ela inscreveu dois livros para o competitivo Prêmio Macmillan de Ilustração Infantil. Além de ser a vencedora em primeiro e segundo lugar, o prêmio lhe garantiu a publicação de Wolves (Lobos) pela Macmillan Children’s Books.

Wolves foi escrito e ilustrado por Emily Gravett. A história narra as aventuras de um coelho que vai até uma biblioteca e pega emprestado um livro sobre Lobos. Envolvido pela narrativa, o Coelho se surpreende quando um lobo de verdade rasteja para fora das páginas do livro. Wolves é um livro dentro de um livro, uma história emocionante e espirituosa, com ilustrações incríveis que vem cativando leitores há mais de uma década.

Em parceria com a aclamada escritora inglesa Julia Donaldson, Emily lançou o livro Cave Baby (Bebê da Caverna). A publicação de 2011 se passa na pré-história e traz em suas páginas um bebê destemido que passeia pela noite nas costas de um mamute. Outro livro de destaque de Emily Gravett é Orange Pear, Apple Bear, livro que brinca com as palavras de maneira criativa e instigante.

Os animais são personagens recorrentes nas ilustrações de Emily Gravett. É através deles que ela explora temas importantes para o universo infantil, como os sentimentos, as primeiras palavras, o canto e etc. Em seu processo criativo, a artista britânica diz se dedicar ao mesmo tempo à escrita e ilustrações, para tanto cultiva o hábito de captar inspirações em um caderno de desenho. Também se utiliza de colagens que digitaliza e ajusta no computador com Photoshop para conferir um toque mais realista para as suas ilustrações.

Seu trabalho geralmente é desenvolvido em seu estúdio que fica na sua casa em Brignton, onde vive com o marido, a filha e um cachorro.


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