Burle Marx – arte e paisagismo no Brasil

Célebre artista plástico brasileiro, Burle Marx ganhou fama internacional com o seu trabalho na área de paisagismo. Visionário e multidisciplinar, Burle Marx desenvolveu também trabalhos como pintor, gravador, litógrafo, escultor, tapeceiro, ceramista, design de joias e decorador.

Nascido em 4 de agosto de 1909, em São Paulo, Roberto Burle Marx era filho do alemão Wilhelm Marx e da brasileira Cecília Burle. Pianista e cantora, Cecília Burle desperto no filho o amor pelas artes e jardinagem desde cedo.

Burle Marx mudou-se com a família para Alemanha durante o período de 1928 a 1929. Além de ter contato com as vanguardas artísticas, visitou exposições de artistas de destaque como Picasso, Matisse e Van Gogh, e também estudou pintura no ateliê de Degner Klemn.

De volta ao Brasil, Burle Marx foi estudar artes plásticas na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde conviveu com figuras importantes da arquitetura moderna brasileira, como Oscar Niemeyer.

Seu primeiro projeto na área de paisagismo foi a Praça de Casa Forte no Recife. Na cidade nordestina Burle Marx assumiu o cargo Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco o que lhe permitiu desenvolver outros grandes projetos como a Praça do Entroncamento, Praça Euclides da Cunha, entre outras.

Burle Marx exerceu um papel fundamental na definição da Arquitetura Moderna Brasileira. Foi um dos primeiros a inserir plantas nativas nos projetos dos jardins nacionais e suas ideias vanguardistas misturam arquitetura, paisagismo, botânica e sustentabilidade, proporcionando uma verdadeira obra de arte nos espaços públicos.

Outros projetos de destaque de Burle Marx são os Jardins do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, Paisagismo do Eixo Monumental, em Brasília, Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O artista brasileiro projetou mais de dois mil jardins e faleceu aos 84 anos de idade, no Rio de Janeiro.

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Frida Kahlo – força e superação através da pintu

Uma das artistas mexicanas mais influentes do século XX, Frida Kahlo teve sua vida marcada de acontecimentos trágicos, mas que a levaram a encontrar na arte e uma forma de superação.

Foi na famosa Casa Azul, atual museu dedicado à artista, que nasceu Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, em 6 de julho de 1907, em Coyacán, no México. Filha do fotógrafo alemão Guillermo Kahlo e da espanhola Matilde Gonzalez y Calderón.

De 1922 a 1925 Frida Kahlo assistiu aulas de desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México. Em 1925 aprendeu técnicas de gravura com Fernando Fernandez.

Além de ter contraído poliomielite aos seis anos de idade, doença que provocou uma lesão no seu pé direito, Frida sofreu, aos 18 anos, um grave acidente de ônibus que lhe causou uma fratura pélvica e hemorragia. Foi durante a sua convalescença que a jovem começou a pintar. Seu pai adaptou um cavalete para que ela pudesse pintar mesmo deitada na cama do hospital.

Em 1928 ela entrou para o Partido Comunista, época em que conheceu Diego Rivera, com quem se casou um ano depois. Rivera, também era artista e dedicava-se à pintura de murais, e exerceu forte influência no desenvolvimento do estilo marcante de Frida.

Além de seus famosos autorretratos e fotografias, Frida buscava retratar em sua arte temas nacionais para resgatar a memória cultural de seu povo, recorrendo ao folclore, elementos indígenas e à arte popular mexicana. Além disso, trazia para seus quadros temas como os abortos espontâneos que sofreu, cenas hospitalares, dor, sofrimento e superação.

Suas telas recebiam cores fortes e vivas, além de contarem com elementos considerados surrealistas. Frida dizia não se enquadrar no surrealismo, uma vez que para ela “não pintava sonhos, mas sim a sua própria realidade”.

Frida ganhou fama internacional após a sua primeira exposição individual em Nova Iorque, em 1939. Posteriormente fez exposições em Paris, onde teve a oportunidade conhecer pintores como Pablo Picasso e Michel Duchamp.

Entre as principais obras de Frida Kahlo, destacam-se Aurorretrato com um vestido de veludo, O ônibus, As duas Fridas, Diego em meu pensamento e Autorretrato com Macaco. A artista foi a primeira mexicana a ter as suas obras expostas no Museu do Louvre, em Paris. Frida faleceu em 13 de julho de 1954.

Frida tem um vasto registro fotográfico desde a infância pois seu pai era fotógrafo. Nós reunimos fotografias de varios períodos da vida da artista que encontramos na internet em uma pasta no Pinterest, acesse:

https://pin.it/g3rttea2dkjor2

Crédito Imagens:

https://www.fridakahlo.org/

Os Gêmeos – A arte que dá vida ao cenário urbano

Nos anos 1980, a cultura hip hop ganhou força no Brasil e, em São Paulo, dois irmãos gêmeos do bairro do Cambuci começaram a explorar os espaços públicos para se expressar por meio do grafite. A arte dos Gêmeos invadiu muros, prédios e galerias do Brasil e do mundo.

Nomes importantes do grafite brasileiro e da street art, Otávio e Gustavo Pandolfo, Os Gêmeos, nasceram em 1974 na cidade de São Paulo. Desde muito pequenos se interessaram por arte e encontraram na cena urbana uma forma de dar vazão à criatividade e imaginação com um tom bastante questionador. Incentivados por seus pais, os irmãos cresceram desenhando e acompanharam de perto os movimentos artísticos que despontavam no centro paulistano e que foram cruciais para o desenvolvimento de seu trabalho.

A inspiração dos artistas plásticos e grafiteiros nasceu da observação do hip hop, dos dançarinos de break e da cultura de rua, estilos marcantes para quem cresceu e viveu no cenário paulistano do final dos anos 1980 até o fim de1990. O grafite norte americano também influenciou a criação dos primeiros trabalhos dos jovens que começaram a testar e desenvolver técnicas de pintura nos muros da cidade munidos de suas latinhas de spray. Além disso, era necessário um forte poder de improviso, pois não havia a mesma facilidade de comunicação e acesso à informação que a dos dias atuais.

O que mais chama atenção para o trabalho dos OSGEMEOS, como eles assinam as suas obras, é a maneira como um complementa o outro artisticamente. No site dos artistas há a seguinte afirmação em destaque: “Nosso processo criativo é tão natural para nós, que é até difícil de explicar. Parece que existe um fio, vamos sempre estar conectados, mesmo quando estamos longe um do outro. É um vínculo eterno.”

O universo lúdico da dupla de grafiteiros invade o espaço urbano em tom de sonho com elementos folclóricos e histórias populares, além de frases de protesto ou reflexão, retratando figuras com rostos largos e membros algumas vezes desproporcionais, em meio a uma abundância de cores com destaque para o amarelo. Um exemplo é a obra O Estrangeiro que foi pintada em 2009 pela dupla em um prédio do Vale do Anhangabaú (que foi posteriormente removida).

Em entrevista para a Haus, da Gazeta do Povo, a dupla de grafiteiros comentou que “Sempre tenta transformar algum aspecto negativo [da cidade] em positivo, mesmo que de maneira impactante”. Além de enxergar o grafite como um elemento de “respiro” em meio ao caos da cidade.

O trabalho dos OSGEMEOS ganhou destaque primeiro internacionalmente, depois começaram a serem reconhecidos no Brasil. Suas obras já foram apreciadas em mostras individuais e coletivas em museus e galerias de vários países como Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Lituânia e Japão.

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Franz Gertsch – a perfeição realista na arte contemporânea

As obras do pintor suíço Franz Gertsch impressionam não apenas por serem concebidas em telas que ultrapassam os dois metros de altura, mas também pelos detalhes surpreendentemente realistas.

Nascido em 08 de março de 1930 na suíça, Franz Gertsch começou a estudar pintura na escola Max Rudolf von Mühlenen e Hans Schwarzenbach, em Berna. Contudo, foi no final da década de 1960 que o artista começou a pintar empregando detalhes realistas.

Para a concepção de suas obras, Franz Gertsch recorre muitas vezes ao uso de lápis-lazúli, azurita e malaquita para distanciar-se da imagem previamente fotografada que utiliza como base para suas pinturas ou xilogravuras. Apesar da característica realista de suas pinturas, Franz Gertsch desenvolve representações com modificações que nascem de sua imaginação.

Uma das suas mais famosas séries de pinturas são os retratos da cantora norte-americana Patti Smith que datam de 1977 a 1979. Com recortes seletivos, as obras oferecem um relato concebido pela criatividade artística de Franz Gertsch. Desta fase também se destaca um autorretrato do artista, feito em 1980.

Suas pinturas possuem referências tanto da Pop Art, quanto das técnicas mais tradicionais de pintura a óleo. Já suas xilogravuras ganham um tom abstrato com representações detalhistas de águas ondulando ou das lâminas de grama, como pode ser observado nas obras Maria II (2017) e Gräser I (1995/96).

O trabalho artístico de Franz Gerstch se desenvolveu meticulosamente para retratos e paisagens em grande escala, dotados de um realismo que impressiona em cada detalhe. Suas obras foram diversas vezes incluídas em exposições renomadas como documenta 5 em 1972, em Kassel e na Bienal de Veneza de 1999.

Atualmente suas obras podem ser encontradas no Museu de Arte da Filadélfia, no Kunstmuseum Lucerne, na Suíça, e no Museu Franz Gertsch, construído em 1998 Burgdorf, na Suíça, em parceria com o empreendedor suíço Willy Michel.

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As obras incríveis e realistas de Ron Mueck

Considerado um dos artistas contemporâneos mais impressionantes, Ron Mueck surpreende os expectadores de suas exposições com esculturas gigantes e realistas. O corpo humano é o grande destaque em suas obras e é representado em cada detalhe com perfeição quase fotográfica. Ronaldo de Oliveira Mueck nasceu em Melbourne, na Austrália, em 1958.
Sua grande influência artística partiu de seus pais que confeccionavam brinquedos. O jovem Ron Mueck cresceu vendo o seu pai lidar com o trabalho de construir bonecos de barro com extremo perfeccionismo.

Anos mais tarde, Ron Mueck começou a trabalhar com a criação de marionetes e moldes para a televisão e filmes infantis como o musical Labirinto – A Magia do Tempo, do diretor Jim Henson, famoso criador de Vila Sésamo e Os Muppets. Posteriormente, Ron Mueck se lançou no mundo artístico confeccionando esculturas. Uma das suas primeiras esculturas foi uma representação de não mais do que 1 metro do próprio pai nu. A obra nomeada Dead Dad, de 1996 casou um certo choque, visto que o pai do artista havia falecido recentemente.

O processo artístico de Ron Mueck começa de maneira solitária em seu ateliê. Os principais materiais usados pelo artista são resina, fibra de vidro, silicone e argila. As esculturas são concebidas em modelos de argila, depois fundidas em silicone a partir de um molde. Sempre idealizadas em grande ou pequena escala, mas jamais em tamanho natural. Os cabelos são colocados um a um e os olhos têm as írises pintadas manualmente, depois o artista recobre com uma esfera de vidro ou resina transparente. Apenas em obras maiores, Ron Mueck recorre ao auxílio de assistentes.

Em 2014, as esculturas espetaculares de Ron Mueck levaram mais de 230 mil expectadores ao MAM, no Rio de Janeiro. A exposição contou com 9 peças criadas pelo artista, três das quais feitas especialmente para a passagem pelo Brasil, sendo elas: Jovem Casal (2013), Mulher com as compras (2013) e Casal debaixo do guarda-sol (2013). Depois, as esculturas, que juntas somam mais de 7 toneladas, seguiram para a Pinacoteca de São Paulo, onde ficaram expostas de novembro de 2014 a fevereiro de 2015. Algumas das principais obras de Ron Mueck são Boy (1999), Baby (2000), Mask (2001), Man in a boat (2002) e In Bead (2005).

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O modernismo vibrante e tropical das obras de Di Cavalcanti

Referência quando se trata de arte com temas tipicamente brasileiros, Di Cavalcanti é um dos mais ilustres artistas nacionais modernistas. O artista é reconhecido por suas cores vibrantes, formas sinuosas, representação do carnaval e de mulatas.

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo nasceu em 6 de setembro de 1897, no Rio de Janeiro. Vindo de uma família tradicional pernambucana, com apenas 11 anos de idade teve aulas com o pintor Gaspar Puga Garcia. Após a morte de seu pai começou a trabalhar fazendo ilustrações para a Fon-Fon, famosa publicação que circulou entre 1907 a 1958, consagrada por suas caricaturas políticas e charges sociais.

Em 1916 Di Cavalcanti foi para São Paulo estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Porém se manteve em contato com a arte, conservando o hábito de pintar e ilustrar. Frequentou o ateliê do artista alemão George Fischer Elpons e conheceu os irmãos Mário e Oswald de Andrade que se tornaram seus amigos.

O ano de 1922 foi de muitas mudanças para Di Cavalcanti, além de largar os estudos de Direito, ajudou a idealizar, organizar e a criar o conteúdo promocional da primeira Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo. Viajou para a Europa em 1923, como correspondente do jornal Correio da Manhã, e lá teve contato com diversos artistas como Pablo Picasso e Matisse. Frequentou a Academia Ranson onde estudou a simplificação do desenho e da cor e também expôs suas obras em Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris.

Permaneceu na Europa por cerca de três anos e este período exerceu grande influência sobre a sua produção artística e o desenvolvimento do seu estilo, a qual adaptou temas nacionais. De volta ao Brasil, trabalhou como jornalista e ilustrador do jornal Diário da Noite. Filiou-se ao Partido Comunista em 1928 e passou a se preocupar ainda mais com as questões sociais do país.

Nos anos seguintes ilustrou livros de Jorge Amado, Vinicius de Moraes e também as obras Uma Noite na Taverna e Macário de Álvares de Azevedo. Em 1953 ganhou o prêmio de melhor pintor nacional na IV Bienal de São Paulo, já em 1956 foi premiado na Mostra de Arte Sacra, na Itália.

Em suas obras, Di Cavalcanti costumava retratar cenas carnavalescas, figuras humanas, especialmente mulatas, bordéis, paisagens e natureza morta. O artista usava cores vibrantes, sobretudo tons avermelhados. Destacam-se entre as suas principais obras: Pierrete (1922), Pierrot (1924), Samba (1925), Mangue (1929), Cinco Moças de Guaratinguetá (1930), entre outras.

Ao longo de sua vida Di Cavalcanti foi pintor, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista. Faleceu aos 79 anos, no Rio de Janeiro. Em homenagem ao centenário do seu nascimento, em 1997 foram realizadas algumas exposições com obras de Di Cavalcanti como “As Mulheres de Di” e “Di, meu Brasil Brasileiro”, ambas no Rio de Janeiro.

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Arte contemporânea

Na segunda metade do século XX, o mundo, pós Segunda Guerra Mundial, assistiu uma aceleração nas inovações tecnológicas e científicas, o que possibilitou o surgimento mais acentuado de uma cultura de massa e no modo de fazer e encarar a arte. Rompendo com os paradigmas da arte moderna, os artistas contemporâneos saem em busca de novas formas de expressão.

Também conhecida como arte pós-moderna, a arte contemporânea tem como base a velocidade da máquina e o movimento com uma valorização da ideia, conceito e atitude do que a própria obra final. A tendência artística contemporânea se desenvolveu em meio à corrida espacial, o que refletiu nas produções da época com o uso de formas aerodinâmicas e inspiradas no espaço com destaque para o brilho do vinil.

A era industrial cedeu espaço para o que seria a era da informação e comunicação, permeada por diferentes estilos, técnicas e expressões artísticas, tanto nas artes plásticas, dança, literatura, moda e música como na maneira em que o homem interage com o ambiente e com seus semelhantes. As obras de arte, que até então tinham um apelo ao consumo, passam a ter um cunho mais comunicativo.

Os artistas contemporâneos distanciam-se cada vez mais da arte tradicional e suas obras ganham um tom questionador sobre a sociedade, política e até sobre a própria arte. É possível notar que a arte e a vida se fundem, como também os estilos artísticos distintos. Os avanços tecnológicos e midiáticos são cruciais para isto, aproximando a arte cada vez mais da cultura popular e propiciando obras que interagem com o público.

Entre os diversos movimentos contemporâneos destacam-se: a Arte Conceitual, Arte Povera, Arte Cinética, Pop Art, Expressionismo Abstrato, Minimalismo, Street Art e Body Art. A arte contemporânea estende-se até os dias atuais, tendo ganhado fôlego por meio da globalização e o advento da internet, que possibilitaram o surgimento das redes sociais e uma nova visão sobre a produção artística e sua exposição.

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As divertidas e encantadoras obras de Beatrix Potter

Beatrix Potter é a ilustradora e autoras das divertidas travessuras de Petter Habbit, obra que alçou o seu nome como uma das mais ilustres escritoras de livros infantis. Apaixonada pelo campo e pelos animais, a autora dedicou uma boa parte do dinheiro obtido com a venda dos seus livros para comprar terras e fazendas com o intuito de preservá-las.

Nascida em 28 de julho de 1866, em Londres, na Inglaterra, Helen Beatrix Potter era uma criança de temperamento tímido e quieto. Educada em casa por governantas, a jovem Beatrix cresceu cercada pela natureza e animais de estimação que passou a desenhar aos nove anos de idade.

As suas férias de verão com a família costumavam ser no campo, em Perthshire, na Escócia e posteriormente Lake District, na Grã-Bretanha. Foi nesses lugares que ela aprendeu a amar a natureza e a importância de sua preservação. Também foi educada em artes e histórias natural, fatores que seriam determinantes para o desenvolvimento de seu trabalho.

Suas primeiras influências artísticas foram os contos de fadas, as fábulas de Esopo, Hans Christian Andersen e dos Irmãos Grim, além da mitologia escocesa. Beatrix passou a ilustrar estas histórias, mas com um ingrediente muito especial: seus animais de estimação sempre figuravam entre os personagens. A jovem também era assídua frequentadora das galerias de artes de Londres.

Ainda adolescente ela começou a vender cartões de Natal que ela e o irmão ilustravam. Nesta época Beatrix desenvolveu o hábito de se corresponder através de cartas com as crianças que conhecia, muitas vezes, estas crianças eram filhos de suas governantas.

Estas cartas eram recheadas de encantadoras ilustrações e histórias que ela mesma criava e para jovem foi um verdadeiro treino para a carreira artística. Uma das cartas inclusive, continha a história de quatro coelhinhos chamados Flopsy, Mopsy, Cottontail e Peter que se tornaram a base de seus trabalhos.

Em 1890, Beatrix começou a vender as suas primeiras ilustrações para Hildesheimer and Faulkner. Entretando, apenas em 1902, após diversas rejeições, que a escritora conseguiu publicar o seu primeiro livro As Histórias de Pedro Coelho, pela Frederick Warne & Co. O sucesso repentino da publicação lhe rendeu a venda de mais 20 mil cópias até o Natal daquele ano.

Já no ano seguinte a escritora e ilustradora lançou mais dois livros, A História do Esquilo Trinca-Nozes e O Alfaiate de Gloucester, ambos baseados em cartas que ela escrevia para as crianças. Ao todo, Beatrix Potter lançou 23 livros infantis em toda a sua carreira que já foram traduzidos em 36 línguas e somam mais de 45 milões de exemplares vendidos. Beatrix Potter faleceu aos 77 anos, em Lakeland, deixando para o National Trust mais de 4 mil acres e 15 fazendas.

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