O modernismo vibrante e tropical das obras de Di Cavalcanti

Referência quando se trata de arte com temas tipicamente brasileiros, Di Cavalcanti é um dos mais ilustres artistas nacionais modernistas. O artista é reconhecido por suas cores vibrantes, formas sinuosas, representação do carnaval e de mulatas.

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo nasceu em 6 de setembro de 1897, no Rio de Janeiro. Vindo de uma família tradicional pernambucana, com apenas 11 anos de idade teve aulas com o pintor Gaspar Puga Garcia. Após a morte de seu pai começou a trabalhar fazendo ilustrações para a Fon-Fon, famosa publicação que circulou entre 1907 a 1958, consagrada por suas caricaturas políticas e charges sociais.

Em 1916 Di Cavalcanti foi para São Paulo estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Porém se manteve em contato com a arte, conservando o hábito de pintar e ilustrar. Frequentou o ateliê do artista alemão George Fischer Elpons e conheceu os irmãos Mário e Oswald de Andrade que se tornaram seus amigos.

O ano de 1922 foi de muitas mudanças para Di Cavalcanti, além de largar os estudos de Direito, ajudou a idealizar, organizar e a criar o conteúdo promocional da primeira Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo. Viajou para a Europa em 1923, como correspondente do jornal Correio da Manhã, e lá teve contato com diversos artistas como Pablo Picasso e Matisse. Frequentou a Academia Ranson onde estudou a simplificação do desenho e da cor e também expôs suas obras em Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris.

Permaneceu na Europa por cerca de três anos e este período exerceu grande influência sobre a sua produção artística e o desenvolvimento do seu estilo, a qual adaptou temas nacionais. De volta ao Brasil, trabalhou como jornalista e ilustrador do jornal Diário da Noite. Filiou-se ao Partido Comunista em 1928 e passou a se preocupar ainda mais com as questões sociais do país.

Nos anos seguintes ilustrou livros de Jorge Amado, Vinicius de Moraes e também as obras Uma Noite na Taverna e Macário de Álvares de Azevedo. Em 1953 ganhou o prêmio de melhor pintor nacional na IV Bienal de São Paulo, já em 1956 foi premiado na Mostra de Arte Sacra, na Itália.

Em suas obras, Di Cavalcanti costumava retratar cenas carnavalescas, figuras humanas, especialmente mulatas, bordéis, paisagens e natureza morta. O artista usava cores vibrantes, sobretudo tons avermelhados. Destacam-se entre as suas principais obras: Pierrete (1922), Pierrot (1924), Samba (1925), Mangue (1929), Cinco Moças de Guaratinguetá (1930), entre outras.

Ao longo de sua vida Di Cavalcanti foi pintor, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista. Faleceu aos 79 anos, no Rio de Janeiro. Em homenagem ao centenário do seu nascimento, em 1997 foram realizadas algumas exposições com obras de Di Cavalcanti como “As Mulheres de Di” e “Di, meu Brasil Brasileiro”, ambas no Rio de Janeiro.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/di-cavalcanti/

Crédito Imagens:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
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