Alfredo Volpi – a segunda fase do modernismo no Brasil

Conhecido principalmente por suas representações de bandeirinhas de festa junina e casarios, o pintor ítalo-brasileiro Alfredo Volpi destacou-se na segunda fase do modernismo no Brasil. Participou das três primeiras Bienais Internacionais de São Paulo, dividindo com Di Cavacalti o prêmio de Melhor Pintor Nacional de 1953.

Alfredo Volpi nasceu em 14 de abril de 1896, em Lucca, na Itália. Um ano após o seu nascimento, seus pais decidiram imigrar para o Brasil, estabelecendo-se na cidade de São Paulo. Ainda criança, Volpi estudou na Escola Profissional Masculina do Brás (atual Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas) especializada no ensino das artes e ofícios, e que tinha como principal objetivo qualificar as camadas populares para o trabalho na indústria e no comércio.

Após sua formação, o jovem Volpi começou a trabalhar como marceneiro, entalhador e encanador. Já em 1911 iniciou o ofício de pintor decorador, pintando sobre madeiras e telas. Seus principais clientes eram famílias da alta sociedade paulista e durante algum tempo ele dividiu os trabalhos com o amigo Antonio Ponce Paz, pintor e escultor espanhol. Em 1918 realizou a decoração mural do Hospital do Ipiranga, projeto que também teve a participação do pintor Alfredo Tarquínio.

Volpi participou do influente Grupo Santa Helena, que iniciou as suas atividades com os artistas Francisco Rebolo e Mario Zanini, na década de 1930. Também participa da formação do Sindicato dos Artistas Plásticos em 1936 e no ano seguinte, torna-se membro da Família Artística Paulista. Foi nessa ocasião em que realizou a sua primeira exposição individual.

As primeiras obras de Volpi são figurativas, compostas principalmente pela série de marinhas e paisagens urbanas, realizadas em Itanhaém. Uma de suas influências na época era o pintor italiano Ernesto de Fiori que recém-chegado da Itália ensina a importância dos elementos plásticos e formais na pintura, além do uso de cores vivas e foscas. Aprendizado que ajudou Volpi a se tornar um grande colorista.

Contudo, em 1950 Volpi viaja para a Europa e tem passagens por Paris e Veneza e intensifica o seu interesse por pintores pré-renascentistas. Conhece também as obras do pintor renascentista Paolo Uccello e fica maravilhado com os jogos de ilusão que criam um efeito em que a figura se projeta para frente. A obra de Volpi então evolui para um abstracionismo geométrico, destacando-se a série de bandeiras e mastros de festas juninas. Na mesma época, pinta afrescos para a Capela da Nossa de Fátima e alguns quadros com temas religiosos.

Algumas das principais obras de Alfredo Volpi são Mulata (1927), Festa de São João (1953), Grande Fachada Festiva (1950) e Sereia (1960). O artista continuou a sua produção artística até meados dos anos 1980 e é possível ver um gradual amadurecimento em seus trabalhos. Alfredo Volpi faleceu em 1988, aos 92 anos de idade, na cidade de São Paulo.

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Realismo na pintura

Fugindo ao idealismo e artificialidade tão presentes no neoclassicismo e romantismo, surge o realismo. O movimento realista ganhou força nas últimas décadas do século XIX e teve o seu primeiro foco na França, estendendo-se posteriormente para os demais países e continentes. Tinha como principal intenção o retrato da vida da classe média e baixa tal como ela era, com seus problemas e costumes característicos da época.

É num contexto de lutas sociais, especialmente contra a forte dominação do capitalismo que a escola realista se desenvolveu. Os artistas adeptos do movimento partiam da observação da realidade, se voltando também para a razão e a ciência. O progresso técnico conflita com as excentricidades do romantismo, transitando então do belo e ideal para o real e objetivo.

As obras produzidas na época traziam um fundo de reflexão sobre as desigualdades sociais. Nesse viés, os pintores realistas trazem para os seus quadros paisagens e retratos com cores mais sóbrias e pinceladas livres com o intuito de levar à cena a realidade de uma maneira mais fiel. Outra característica importante do realismo é a ausência de heróis, as telas são protagonizadas por pessoas comuns com abordagem de temas cotidianos.

Os principais nomes do realismo nas artes visuais são Gustave Courbet, Édouard Manet, Honoré Daumier, Jean-Baptiste Camille Corot, Jean-François Millet e Théodore Rousseau. O termo realismo inclusive foi cunhado por Courbet, que impedido de participar da Exposição Universal, uma vez que a crítica considerou os seus quadros ofensivos por conta do retrato cru da realidade, organizou ao lado desta a sua própria exposição denominada Le Réalisme.

Entre as principais obras do realismo, destacam-se Os quebradores de Pedras (Courbet-1849), Enterro em Ornans (Courbet-1849-50), Angelus (Millet-1857-1859), As Catadoras (Millet-1857) e O Almoço sobre a relva (Manet-1862-1863), esta última obra, inclusive, serviu como inspiração para o movimento que precedeu o realismo, o impressionismo.

Vale ressaltar que o movimento realista difere da técnica realista de pintura que busca retratar principalmente os objetos e pessoas tal qual uma fotografia, reproduzindo cada detalhe o mais fiel possível. No realismo, entretanto, o foco é a representação da realidade com seus conflitos sociais mais comuns, o cotidiano dos menos favorecidos e a bucólica vida no campo.

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Jean-François Millet – o realismo rural

Reconhecido como um dos precursores do movimento realista, Jean-François Millet ficou famoso especialmente por suas representações de trabalhadores rurais. O pintor realista francês também foi um dos fundadores da Escola de Barbizon, na França, movimento artístico que tinha como principal temática as paisagens e outras cenas naturais.

Jean-François Millet nasceu em 4 de outubro de 1914, na vila de Gruchy, em La Hague, na Normandia. Filho de um latifundiário, teve o seu primeiro contato com a arte no estúdio dos pintores Paul Dumouchel, Jérome Langlois e Chevreville, em Cherbourg. Ao mudar-se para Paris, se tornou aprendiz do pintor Paul Delaroche e foi incentivado a estudar os grandes mestres do Louvre, como Giorgione, Michelangelo e Poussin.

Começou pintando suas próprias obras ao estilo rococó, porém em 1840 decide abandonar os preceitos da Academia e é influenciado por Daumier, importante pintor e ilustrador francês que ficou conhecido também por suas caricaturas e charges.

É nesta ocasião que consegue expor pela primeira vez no Salão de Paris, onde conhece Théodore Rousseau e Constant Tryon. Sob influência destes dois pintores, Millet muda-se para a aldeia de Barbizon e começa a pintar quadros de paisagens e da vida rural. Embora a crítica não tenha sido favorável no início, a revolução popular de 1848 foi decisiva para que Millet conquistasse o seu lugar na arte francesa.

Contudo logo em 1849, o artista rompe com a Escola de Barbizon e começa a se dedicar à representação dos trabalhadores rurais em diversas cenas cotidianas. Embora o realismo pregasse uma visão mais objetiva da realidade, em detrimento ao idealismo romântico, as obras de Millet são consideradas sentimentais e piegas.

Críticas à parte, a verdade é que as suas obras jamais suscitariam indiferença. O artista empregava como nenhum outro até então, certo lirismo na representação da luz e figuras humanas que expressavam seus sentimentos com dignidade, além disso, havia uma preferência por tons de ocre e marrom, empregadas com suavidade e pinceladas mais livres.

Por este motivo, o realismo de Jean-François Millet é considerado mais calmo e menos provocante do que o do seu colega Gustave Courbet. Entre as principais obras de Millet, destacam-se As Catadoras (1857), Angelus (1859) e Pastora com o seu rebanho (1864). O artista faleceu em 20 de janeiro de 1875, em Barbizon, aos 60 anos.

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Guy Rose – o impressionismo americano

Considerado um dos mais proeminentes pintores impressionistas oriundos da Califórnia, Guy Rose foi um dos primeiros artistas americanos a receber uma menção honrosa no Salão Oficial de Paris. Tornou-se amigo de Claude Monet, pintor que exerceu grande influência no desenvolvimento do seu estilo artístico.

Sétimo filho de um influente senador californiano, Guy Orlando Rose nasceu em 3 de março de 1867 em São Gabriel, na Califórnia. Rose começou a se interessar por arte ainda criança, com cerca de nove anos de idade levou um tiro acidental no rosto e em seu período de convalescença passou a esboçar alguns rascunhos e pintar com tinta óleo.

Após terminar a educação formal, Rose foi estudar arte na Escola de Design de Califórnia, em 1884. Quatro anos depois, viajou para a Europa, ingressando na Academia Julian, em Paris. Já entre 1888-1889 estudou na Academia Delacluse.

Rose voltou para o seu país natal em 1890, vivendo em Nova York onde trabalhou como ilustrador para a Harper’s, Scribners e Century. Regressou à França em 1899 e em 1904 e 1912 ele e sua esposa Ethel Rose, que também era artista, viveram em Giverny, próximos da residência do mentor e amigo Claude Monet.

Envolto no ambiente de inovação proposto pelo movimento impressionista, Guy Rose destacou-se empregando com maestria os principais preceitos da dessa nova escola artística. Assim como o amigo Monet, adquiriu o hábito de pintar a mesma cena em diversos momentos do dia para registrar os diferentes efeitos da luz sobre a paisagem. Entre as principais obras de Guy Rose, destacam-se A Catedral (1910), The Green Mirror (1911), No Bosque de carvalhos (1919) e A Modelo (1919).

Contudo em 1914, os Roses vão morar permanentemente em Los Angeles, após sofrerem os efeitos de intoxicação pelo uso de tinta óleo, que na época ainda recebia chumbo em sua composição. Em Los Angeles lecionou e atuou como diretor da Escola de Arte Stickney Memorial. Já em 1921 o artista sofreu um derrame que o deixou paralítico. Rose faleceu em 1925, em Pasadena, na Califórnia.

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A união artística entre o lendário Barão de Itararé e o caricaturista Guevara

A parceria entre o jornalista Apparício Torelly, o Barão de Itararé e o caricaturista Guevara resultou no Almanhaque. A publicação que teve sua primeira tiragem em 1949 parodiava os almanaques da época e foi um verdadeiro sucesso. O Almanhaque do Barão de Itararé continha textos, jogos, passatempos, contos e tirinhas recheadas de um humor ácido e contestador, combinação que até hoje é referência entres as publicações brasileiras.

Pioneiro no humorismo político brasileiro e conhecido pelo falso título de nobreza Barão de Itararé, o jornalista e escritor Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly nasceu em 29 de janeiro de 1895, na cidade de Rio Grande no Rio Grande do Sul e que faz fronteira com Uruguai.

Iniciou a sua carreira como colaborador do jornal A Manhã, em 1925, publicando sonetos de humor que tinham como tema um político da época. Também foi fundador do Jornal do Povo em 1934, publicação que durou apenas 10 dias, e do jornal A Manha que circulou ativamente entre 1926 e 1935.

Já o artista gráfico, pintor e ilustrador Andrés Guevara nasceu na cidade de Villeta, no Paraguai, em 1904. Sua carreira começou com a publicação de caricaturas nos Jornais El Diario e El Liberal.

Em passagem pelo Brasil, Guevara então com apenas 19 anos, tornou-se caricaturista em diversos jornais e revistas da época, trazendo a decomposição e geometrização das formas, características que se sobressaem no estilo cubista. Colaborou em A Maçã entre 1923 a 1925 e no jornal A Manhã, como chargista de uma coluna humorística, entre 1926 e 1929. Nos sete anos em que ficou no país destacou-se também como diretor de arte, reformulando o design gráfico da imprensa brasileira.

Depois foi morar na Argentina em 1930, ocasião em que começou a usar modernas técnicas de diagramação e planejamento gráfico, tornando-se referência como artista gráfico. Foi criador do projeto gráfico e logotipo do jornal Clarin, fundado em 1945 e que se tornou o jornal de maior tiragem da Argentina.

Em 1949, o Barão de Itararé e Guevara que já haviam trabalhado juntos em A Manhã, retomam a parceria no projeto do Almanhaque. A publicação nada mais é do que uma expressão de todo o estilo cunhado pelo jornalista ao longo de sua carreira, baseando-se principalmente no jornal A Manha. Já na parte gráfica, é a figura de Guevara que se sobressai.

O traço do artista paraguaio fica visível no brasão do Barão de Itararé como na maior parte dos desenhos que compõem o Almanhaque. Guevara então já havia suavizado o seu estilo geométrico, passando a usar uma abordagem mais despojada e cartunesca. Sucesso garantido, a publicação chegou a ganhar duas novas tiragens em 1955.

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Patrick Mcdonnell – a arte em prol dos animais

Criador da tira Mutts, Patrick McDonnell é um ilustrador, autor best-seller e cartunista americano. A publicação de Mutts já apareceu em mais de 700 jornais em 20 países e atualmente, o artista dedica-se à criação de livros infantis, além de se envolver ativamente com instituições de caridade animal e ambiental.

McDonnell nasceu na cidade de Edson, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, em 17 de março de 1956. Depois de cursar o ensino regular em sua cidade natal, frequentou a Escola de Artes Visuais, graduando-se em 1978. Iniciou então a sua carreira como ilustrador freelancer para o New York Times, desenhando para a coluna do escritor Russell Baker entre 1978 e 1993.

Durante esse tempo o artista também colaborava regularmente em revistas de seu país como Sports Illustrated, Readers Digest e Forbes. Uma de suas marcas registradas era que costumava incluir um cachorro no fundo de suas ilustrações.

McDonnell criou ainda a Bad Baby uma história em quadrinhos publicada mensalmente na revista Parents Magazine. Além disso, seus trabalhos viraram animações para comerciais televisivos e ele se tornou co-autor da história em quadrinhos Krazy Kat: The Comic Art do cartunista George Herriman, publicada em 1986 pela editora americana Abrams.

Em 1994 criou a tira humorística Mutts, que narra as aventuras de Mooch, um gato e Earl, um cachorro, baseada em seus animais de estimação. Com um humor inteligente, o cartoon é recomendado para crianças e adultos. No Brasil, Mutts foi publicado em 2009 pela editora Devir e em 2015 pela Pixel Media.

Desde de 2005 Patrick MacDonnel dedica-se à carreira de autor e ilustrador de livros infantis, figurando na lista de best-sellers do New York Times já com a sua primeira publicação: The Gift of Nothing. Seus personagens aparecem com frequência em causas em prol dos animais e do meio ambiente. Em 2007 criou Hug Time, livro que apresenta a história de um gatinho chamado Jules que percorre o mundo abraçando espécies ameaçadas de extinção.

Em 2011 McDonnell lançou Me… Jane, livro infantil inspirado na juventude de Jane Goodall, uma importante primatóloga, etóloga e antropóloga britânica, conhecida por seu notável trabalho estudando a vida social dos chimpanzés e nomeada Mensageira da Paz das Nações Unidas. Nesta reconfortante história, o leitor acompanha a pequena Jane e seu chimpanzé de brinquedo Jubille em observações cheias de descobertas sobre o mundo ao seu redor, enquanto a pequena sonha com uma vida em que ela possa ajudar todos os animais.

Em entrevista para a 20ª edição da revista sobre cartoons Hogan’s Alley, McDonnel conta que cresceu apaixonado por histórias em quadrinhos como Pogo e Peanuts e esta paixão fundamentou o desenvolvimento do seu trabalho artístico. Porém as histórias em quadrinhas acabam seguindo sempre o mesmo formato, caneta e tinta, preto e branco. Por isso, o cartunista partiu para a criação de livros infantis que lhe permitem criar com mais liberdade.

Por seu trabalho, McDonnell já foi diversas vezes premiado, destacando-se o National Cartoonist Society Award for Magazine and Book Illustration em 1991, National Cartoonists Society’s Reuben Award (nominee) em 1997 e 1998 e o Caldecott Honor em 2012.

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A ilustração de moda e publicidade de Jordi Labanda

Com um trabalho totalmente inovador, o ilustrador Jordi Labanda consagrou-se como um dos artistas contemporâneos mais bem-sucedidos na sua área. Seu trabalho pode ser conferido em revistas, jornais, roupas, comerciais de televisão, anúncios de diversos tipos e álbuns de música. Indo na contramão do humor gráfico que na Espanha é totalmente voltado para os homens, Labanda cria um ambiente em que as mulheres possam se identificar e se divertir também.

Nascido em 1968 em Mercedes no Uruguai, Jordi Labanda Blanco mudou-se aos três anos de idade com a família para Barcelona, na Espanha, onde vive desde então. Em Barcelona cursou desenho industrial e decidiu dedicar-se à ilustração comercial em meados dos anos 90.

Desde então, Labanda figura nas mais influentes publicações mundiais de moda e estilo tais como Vogue Japão, Bergdorf Goodman Magazine, Apartamento, Fanzine137, Candy, Harpers Bazaar ou The Magazine of La Vanguardia (Barcelona).

Também contribui regularmente como designer para marcas como Louis Vuitton Tommy Hilfiger, Moncler, Neiman Marcus, Knoll International, Grand Marnier, Nissan, L’Oreal, American Express, Reebok, Zara, Adidas e Pepsi Luz.

O ilustrador uruguaio já teve a sua obra exposta em museus e galerias de Tóquio, Paris, Barcelona, Florença e Buenos Aires. Além disso, uma parte de seu trabalho foi compilada e lançada no livro Heyday.

Jordi Labanda atribui como inspiração para seu trabalho os filmes que costuma assistir dos anos 50 e 60 com suas personagens elegantes. A partir disso, constrói em suas ilustrações um universo cheio de críticas à sociedade de consumo, às vezes de uma maneira mais irônica, em outras com uma mensagem mais sutil. Contudo, sempre com uma visão graciosa para as relações sociais e a vida nas grandes cidades.

Apesar do caráter moderno de suas ilustrações, Labanda não se rendeu aos encantos do computador e costuma desenvolver o seu trabalho totalmente à mão, utilizando-se principalmente de têmpera guache e cera, elementos que o ajudam no processo criativo.

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Michelangelo – o Divino na arte renascentista

Considerado um dos mais célebres artistas de seu tempo, Michelangelo se destacou não apenas como pintor e escultor, como também se dedicou à poesia e arquitetura florentina.

Nascido Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni em 6 de março de 1475, em Caprese, na Itália, ficou conhecido como Michelangelo, o Divino. Seu pai Lodovico di Lionardo Buonarroti Simoni possuía certo prestígio, contudo a família estava longe de ser rica, mantendo-se principalmente com a renda obtida de sua propriedade rural em Settignano.

Desta maneira, assim que atingiu certa idade, Michelangelo foi enviado por seu pai para estudar com Francesco da Urbino, um tutor que também era artista. Entretanto o jovem fez pouco progresso nas matérias prestigiadas como gramática, latim e matemática, demonstrando verdadeiro interesse em desenhar, para desespero da família, que tinha as artes como algo indigno à nobreza.

Michelangelo, contudo, conseguiu vencer a oposição de seu pai e por volta dos 13 anos de idade se tornou discípulo de Domenico Ghirlandaio com quem aprendeu técnicas de pintura. Um ano depois se tornou protegido de Lourenço II de Médici, passando a viver no palácio dos Médici, em Florença. Oportunidade que lhe colocou em contato com o escultor Bertoldo di Giovanni, que havia sido aluno de Donatello, e fora contratado pelos Médici para cuidar do Jardim das Esculturas do palácio.

Nesta fase, Michelangelo começou a desenvolver algumas esculturas que chamaram a atenção para o seu talento, como a Madonna da Escada, feita em baixo relevo e a Centauromaquia, esta última em alto relevo.

Após a morte de Lourenço, em 1492, o artista italiano se estabeleceu na cidade de Bolonha, onde viveu por quatro anos. Criou nesta época duas obras importantes, Pietá e Baco, desenvolvidas com influência da cultura greco-romana. Ao retornar à Florença deu vida a uma de suas obras-primas mais reconhecidas: a escultura de Davi.

Entre os anos de 1508 e 1512 desenvolveu outro de seus trabalhos de maior notoriedade: pintou o teto da Capela Sistina do Vaticano, embora um tanto a contra gosto, pois preferia o ofício de escultor ao de pintor. Ainda na Capela Sistina pintou O Último Julgamento na janela do altar, entre os anos de 1534 e 1541.

As obras de Michelangelo, desenvolvidas na transição do Renascimento para o Maneirismo, demonstram a valorização da estética, principalmente a representação da figura humana e o nu masculino. O artista utiliza-se em suas esculturas frequentemente o mármore e os esboços de suas pinturas ou desenhos eram, em sua maioria, desenvolvidos com a técnica da sanguínea.

Nas suas últimas décadas, Michelangelo se voltou para a arquitetura, poesia e pintura. Chegou a ser nomeado como arquiteto de São Pedro, ocasião em que remodelou a Praça do Capitólio. O artista faleceu em 1564, aos 88 anos.

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As mágicas ilustrações de Mary GrandPré

O nome de Mary GrandPré ficou mundialmente conhecido como a ilustradora da versão americana da aclamada série de livros Harry Potter. Entretanto, a premiada artista que já possui mais de 30 anos de carreira, coleciona em seu currículo diversos trabalhos que abrangem a ilustração de mais de 20 livros, uma ilustração para a capa da revista Time e ilustrações para a animação Formiguinhaz.

Mary nasceu em 13 de fevereiro de 1954, em Dacota do Sul, nos Estados Unidos. Desde muito cedo se interessou pela arte, principalmente por desenhar – aos cinco anos começou copiando desenhos da Disney e aos 10 anos estava imitando Salvador Dali – e esta paixão a levou a cursar a Faculdade de Arte e Design de Minneapolis. No curso, aprendeu a mesclar a luz, cor e design em pinturas evocativas, utilizando-se de diferentes recursos.

Antes de se tornar a famosa ilustradora de Harry Potter, porém, Mary GrandPré lutou para ser notada pelas agências de publicidade e passou alguns anos trabalhando como garçonete. Seus primeiros trabalhos foram com publicidade e em periódicos como The New Yorker , The Atlantic Monthly e The Wall Street Journal. Em seguida, chamou a atenção de um executivo da Dreamworks que a convidou para criar algumas paisagens para o filme Formiguinhaz.

Assim, a artista desenvolveu o seu estilo único, que ela mesma descreve como uma “geometria suave”, com pasteis. Além disso, prefere criar seu trabalho totalmente à mão, sem a utilização de computador. Alguns artistas que inspiram seu trabalho são o americano Edward Hopper, que realizou trabalhos como pintor, artista gráfico e lustrador e o pintor surrealista Marc Chagal.

Por uma questão de agenda, Mary quase recusou o convite para ilustrar Harry Potter, feito por David Saylor da editora Scholastic. A artista apenas se deu conta da grandiosidade do trabalho quando já estava no terceiro livro e a série já havia estourado mundialmente.

Em entrevista para o site WeLoveDC a artista explica que para a criação das ilustrações de Harry Potter trabalhava com um prazo muito apertado, visto que costumava repassar a leitura dos manuscritos pelo menos duas a três vezes, destacando personagens e cenas em especial que poderiam se tornar a ilustração da capa. Também desenvolvia de três a quatro ideias de capas que iriam para aprovação.

Mary também destaca que prefere trabalhar com as suas próprias pinturas, o que lhe dá mais liberdade de criar e refazer caso seja necessário, diferentemente de um trabalho sob encomenda, como o de Harry Potter, em que precisa ser o mais fiel possível ao que o autor descreve, sem contar à gama de fãs que estão atentos a qualquer detalhe e são muito exigentes.

Em reconhecimento ao seu trabalho como ilustradora, Mary GrandPré já foi agraciada com diversos prêmios, entre eles da The Society of Illustrators, Communication Arts, Graphis, Print, and Art Direction.

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Andy Warhol – as inovações da Pop Art

Considerado o maior representante da Pop Art, o artista norte-americano Andy Warhol consagrou-se na pintura e no cinema. Entre seus trabalhos de maior expressividade destacam-se as suas famosas serigrafias coloridas de rostos de personalidades como Marilyn Monroe, Elvis Presley e Elisabeth Taylor.

Filho de imigrantes eslovacos nos Estados Unidos, Andy Warhol é o nome artístico de Andrew Warhola, Jr., nascido em 6 de agosto de 1928, na cidade de Pittsburgh na Pensilvânia. Quando criança costumava ficar doente com frequência e os períodos em que passava na cama eram preenchidos desenhando, ouvindo rádio e colecionando imagens de estrelas de cinema, atividades que influenciaram o seu gosto pelas artes.

Warhol graduou-se em Design pelo Instituto de Tecnologia de Carnegie e depois se mudou para Nova York onde começou a trabalhar como ilustrador em revistas importantes como Vogue e The New Yorker, além de desenvolver alguns materiais publicitários para lojas.

O jovem Warhol criou então uma bem sucedida carreira como artista gráfico que lhe rendeu vários prêmios como diretor de arte do Art Director’s Club e do The American Institute of Graphic Arts. Já em 1952 organizou a sua primeira exposição artística na Hugo Galley, onde exibiu quinze desenhos inspirados na obra de Truman Capote e que também foram expostos no MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956.

Na década de 1960 seu trabalho começa a dar uma guinada impressionante. Utilizando-se de conceitos publicitários, passa a estabelecer um estilo único com o uso de cores fortes e brilhantes, com enfoque em objetos de consumo e temas do cotidiano. É desta época uma das suas obras mais conhecidas, a série de Latas de Sopa Campbell, produzida em 1962.

Foi neste momento de sua carreira que começou a representar rostos de figuras icônicas da época e da história da arte em serigrafia com variações de cores. Além da técnica de serigrafia, Warhol revoluciona ao usar em suas obras colagens e materiais descartáveis. O artista também começa a explorar a sétima arte, produzindo diversos filmes.

Já nas décadas 70 e 80, Warhol assina definitivamente a sua versatilidade artística ao dedicar-se à pintura, a escrever livros autobiográficos e  apresentar um programa de TV. Faleceu em fevereiro de 1987, um dia após uma cirurgia na vesícula biliar.

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