Joshua Reynolds – as cores vigorosas do barroco inglês

Reynolds consagrou-se como um dos mais renomados retratistas britânicos. O pintor costumava frequentar ambientes requintados, onde a mais alta sociedade da época marcava presença. Sua obra, portanto, é composta por pinturas ricas que expressam todo o luxo ostentado pelas figuras da nobreza que o artista retratava. Dono de uma exímia técnica e habilidade, Joshua Reynolds influenciou as demais gerações de retratistas que o sucederam.

Foi na maior cidade do condado de Devon, a próspera Plymouth, que nasceu Joshua Reynoulds, em 16 de julho de 1723. Filho de Samuel Reynolds, um reverendo que sonhava que o filho seguisse a profissão de médico. O jovem Joshua, no entanto, se interessou desde cedo pela arte, frustrando os sonhos do pai.

Aos 17 anos, Reynolds foi para Londres em busca de concretizar o seu sonho. Tornou-se então pupilo do pintor da moda Thomas Hudson que era um grande retratista e com quem permaneceu durante quase três anos. Após esta temporada, retornou à sua cidade natal e ali passou a retratar as paisagens marinhas de Plymouth. Viajou para Itália onde estudou os grandes mestres da pintura e foi seduzido pelas composições e cores dos pintores venezianos como Ticiano.

Em 1753 estabeleceu-se em Londres e então começou a colocar em prática seu conhecimento sobre os grandes mestres. Porém suas produções adotaram um estilo independente e com pinceladas ousadas. Nos dois anos seguintes estaria empregando vários assistentes para ajuda-lo com suas crescentes encomendas de retratos. Assim como o rival Thomas Gainsborough, dominou o retrato inglês na segunda metade do século XVII e foi membro fundador da Royal Academy, além de ser eleito como o primeiro presidente da associação, também foi condecorado pelo rei George III.

É só a partir de 1760 que o estilo clássico barroco domina definitivamente as suas obras. Suas obras passam a ser exibidas na Royal Academy o que ajuda a alavancar o seu nome. Dono de grande percepção e sensibilidade, costumava expor suas aspirações pictóricas e inspirar jovens artistas nos discursos que ministrava anualmente para a Academia. Em 1784 tornou-se primeiro pintor da corte do rei George III.

Algumas de suas principais obras englobam Retrato de um eclesiástico (1756), As irmãs Waldegrave (1770-80), Retrato de Lady Cockburn com seus três filhos (1773), Retrato da Sra. Siddons (1785) e Retrato do Lord Heathfield (1787). Para alguns críticos, Joshua Reynolds era um verdadeiro acadêmico, destacando-se mais como teórico do que realizador e, de certo, nunca chegou a ser um exímio desenhista. Em seus últimos anos de vida, o artista acometido de uma cegueira começou a afastar-se dos ambientes requintados de outrora. Faleceu aos 69 anos e foi sepultado na Catedral de São Paulo, em Londres.


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A elegância e harmonia das esculturas policromáticas de Sophia Vari

Especializada em pinturas e esculturas policromáticas, Sophia Vari é uma renomada artista grega, reconhecida mundialmente. Seu trabalho também compreende colagens, pinturas em aquarela e óleo e tem como principal premissa a investigação da forma e equilíbrio. Sophia já expôs suas obras em Paris, Atenas, Florença, New York e Caracas.

Sophia Vari nasceu em 1940 na cidade de Vari, localizada ao sul de Atenas, na Grécia. Filha de pai grego e mãe húngara passou parte de sua infância na Suécia, além de estudar na Inglaterra e França. Aos 18 anos, frequentou a Escola de Belas Artes de Paris.

Sophia começou a esculpir por volta de 1960, dedicando-se à estética figurativa. Já nos anos 80, seu trabalhou evoluiu para um estilo mais abstrato com formas arredondadas que sugerem o desenho do corpo humano. As cores começaram a se destacar em suas obras a partir dos anos 1990, incorporadas à superfícies mais planas concebidas em bronze.

No seu trabalho há grande influência das culturas antigas como os Maias, Olmecas e Egípcios, além de empregar um pouco de estéticas clássicas como o Barroco. Desde o início a sua obra se caracterizou pela expressividade, movimento e sensualidade das formas criadas, como também pelo uso de tons contrastantes, especialmente preto e branco e depois azul, vermelho e amarelo. As cores são empregadas de maneira a acentuar o movimento de suas esculturas e criam uma sensação de leveza como se estivessem suspensas.

Suas criações complexas, inteligentes e desafiadoras, interagem entre si, com os espaços de exibição e com o público. As dimensões monumentais das esculturas são elaboradas por Sophia com elegância e harmonia, sempre com a preocupação de integrar o ambiente a que serão destinadas.

As obras de Sophia Vari ganharam o mundo através de exibições em importantes centros de arte e suas esculturas monumentais podem ser encontradas em diversas cidades, além disso, a artista soma em seu currículo mais de 100 exposições individuais. Atualmente a escultora grega divide-se entre Nova York, Mônica e Pietrasanta junto com o seu marido, e também artista, o colombiano Fernando Botero.


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Thomas Gainsborough – um dos mais notórios retratistas britânicos do século XVIII

Célebre por suas pinturas de retratos e paisagens, o pintor britânico Thomas Gainsborough é considerado um dos artistas mais importantes da segunda metade do século XVIII. Representante do Arcadismo, suas obras conquistaram a burguesia inglesa da época e o artista destaca-se também por ser um dos fundadores da Royal Academy.

Foi no condado inglês de Suffolk que nasceu Thomas Gainsborough, em 14 de maio de 1727. Filho de um tecelão, o jovem Gainsborough já demonstrava habilidades artísticas desde criança, porém foi aos 13 anos que partiu para Londres para estudar artes. Iniciou seus estudos com o gravador Hubert Gravelot e posteriormente treinou com William Hogart. Também trabalhou com o artista Francis Hayman na decoração de caixas de jantar em Vauxhall Gardens.

O artista britânico casou-se em 1746 com a filha ilegítima do duque Beaufort, Margaret Burr. Embora já estivesse produzindo diversas paisagens, ainda não havia encontrado êxito na venda de seu trabalho. Mudou-se para Ipswich seis anos depois com a esposa e duas filhas, ocasião em que conquistou uma clientela que demandava principalmente a produção de retratos, aos quais Gainsborough começara a se dedicar no final da década de 1740.

A mudança para Bath em 1759 intensificou a sua influência como artista, uma vez que a cidade era uma das preferidas pela burguesia inglesa. Teve a oportunidade de estudar a obra de Van Dick e finalmente conquistou uma clientela que proporcionava um melhor pagamento por seu trabalho. Outro fator que ajudou a impulsionar o seu nome foi o envio de obras para exposição na Sociedade de Artes, em Londres, e que posteriormente se converteu na Royal Academy.

A técnica de Gainsborough se caracterizou pelo uso de uma paleta de cores suaves contrastando com tons acastanhados, além de pinceladas que obtinham um visual quase translúcido para as pinturas. Além de ser um artista extremamente técnico, costumava dedica-se à observação da natureza e da natureza humana.

Sua inclinação natural era pela pintura de paisagens e cenas rústicas, frequentemente pintadas à noite sob a luz de velas, porém foram os retratos que ajudaram a difundir o seu trabalho e constituíam a maior parte das encomendas. Mesmo em seus retratos, a figura humana se funde à paisagem que a cerca. Entre as suas principais obras estão Portrait of Mrs. Graham, Mary e Margaret (as filhas do pintor), William Hallett e sua esposa Elizabeth, conhecido como The Morning Walk e Cottage Girl with Dog and Pitcher.

O artista estabeleceu-se em Londres em 1774 e reforçou a sua notoriedade incluindo em suas produções retratos de celebridades e outras figuras importantes da sociedade da época. Em 1780 ganhou comissões reais após pintar o retrato do rei George III e sua rainha Charlotte. Até o fim de sua vida continuou a sua produção artística finalmente dedicando-se mais às paisagens. Faleceu aos 61 anos, em 1788, em decorrência de um câncer.


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As deliciosas pinturas hiper-realistas de Tjalf Sparnaay

Importante artista do movimento hiper-realista, Tjalf Sparnaay é um fotógrafo, ilustrador e pintor holandês. O foco de sua arte são os elementos do cotidiano, chamando especial atenção para as suas pinturas que representam comidas e que, de tão realistas, chegam a dar água na boca dos espectadores.

Nascido em Haarlem, Holanda, em 1954, Tjalf Sparnaay foi educado para se tornar professor de esportes, porém a paixão pela arte falou mais alto e a partir de 1980 Sparnaay seguiu a carreira como pintor autodidata e fotógrafo amador.

Todo o trabalho do pintor holandês é voltado para a captura de imagens nunca antes retratadas, buscando ressaltar cada pormenor em suas telas de grandes proporções. Influenciado por nomes importantes da história da arte, os também holandeses Johannes Vermeer e Rembrandt, Spanaay é pioneiro no estilo e busca tornar elementos triviais em suntuosas obras de arte. Através da técnica fotorrealista, o artista expande o conceito de natureza morta, que se disseminou na Holanda em meados do século XVII, executando-o de maneira muito pessoal e moderna.

Desde 1987, Sparnaay se dedica a este estilo de pintura e se tornou um dos mais importantes representantes da arte contemporânea. Seus quadros aguçam os olhos e o paladar ao trazer ovos fritos, latas amassadas de refrigerante, batatas fritas e sanduíches com detalhes que desafiam até as mais poderosas lentes fotográficas.

É desta maneira que o pintor holandês concebe as suas deliciosas pinturas a óleo. Com um olhar apurado e minucioso, a realidade flui para o pincel de Sparnaay, proporcionando novos sentidos para objetos comuns e permitindo que estes sejam apreciados em cada impressionante pormenor. Atualmente suas obras de arte podem ser apreciadas em museus e galerias de diversos países, como a renomada Louis K. Meisel Gallery, em Nova York.


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Aubrey Beardsley – um dos mais notáveis ilustradores ingleses do século XIX

Considerado um prodígio artístico, Aubrey Beardsley foi um notável escritor, desenhista e ilustrador inglês. Artista importante para o desenvolvimento da Art Nouveau, Beardley recebeu influência também do grupo pré-rafaelita (que tinha por objetivo resgatar a pureza e honestidade que enxergavam na arte medieval) e das estampas japonesas que já haviam atraído os impressionistas.

Aubrey Vincent Beardsley nasceu em Brigton, Inglaterra, em 21 de agosto de 1872. Filho de Vincent Beardsley e Ellen Pitt teve uma irmã chamada Mabel que também se dedicou à arte. Desde cedo os irmãos Breadsley tiveram contato com a arte, desde pinturas, músicas à literatura e ainda crianças deram recitais de piano para ganhar dinheiro extra, pois a família, apesar de origem abastada, perdeu toda a fortuna, posição social e chegou a enfrentar problemas com a falta de dinheiro.

Aubrey Beardsley recebeu à partir de 1891 a mentoria do artista Edward Burne-Jones que o apresentou às obras de Sandro Botticelli e Andrea Mantegna, artistas que influenciaram bastante o desenvolvimento do estilo artístico de Beardsley. Naquela época, ele já havia concebido um extenso portfólio com desenhos que impressionaram bastante Burne-Jones. Naquele mesmo ano, o jovem artista passou a frequentar o curso noturno na Escola de Arte de Westminster.

Já em 1892, Beardsley foi apresentado pelo livreiro Frederick Evans à editora JM Dent que estava procurando um ilustrador para o seu próximo livro. Foi assim que em 1893, Beardsley fez mais de 300 ilustrações para o livro Le Morte d’Arthur, de Thomas Malory. O que deu início a um dos períodos mais intensos da carreira do ilustrador inglês com produções não apenas para livros como também para revistas e jornais.

Foi também nessa época que ele conheceu o escritor Oscar Wilde que seria responsável por popularizar o seu trabalho. Wilde, que já vinha colecionando escândalos com suas obras consideradas ousadas para a época, convidou Beardley para ilustrar a versão francesa de 1894 da peça Salome. Já nesta época estavam presentes em suas ilustrações a elegância característica da Art Nouveau e o traço moderno das estampas japonesas.

Com apenas pouco mais de 20 anos de idade, Beardsley já havia alcançado o status de celebridade. Naquela época contribuía para a publicação The Yellow Book, porém sua conexão com os escândalos que envolviam a figura de Wilde fizeram com que fosse demitido. Porém, a adversidade foi fator motivador para criar a rival The Savoy, revista em que se tornou editor chefe.

Posteriormente trabalhou em ilustrações para um longo poema escrito por Alexander Pope, The Rape of the Lock. Publicado em 1896, é considerado um dos seus melhores trabalhos, com ilustrações que remetem ao estilo rococó. Também neste período trabalhou no polêmico livro erótico intitulado Lisístrata. Por estes anos, sua saúde já andava debilitada devido ao retorno da Tuberculose que o acometera pela primeira vez aos 9 anos de idade. O artista faleceu em 1898 com apenas 25 anos de idade, porém deixando uma prolífica e admirada obra.


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Frans Hals – os admiráveis retratos no Século de Ouro dos Países Baixos

Consagrado como um dos maiores retratistas da história da arte e figura importante do Barroco europeu, o pintor neerlandês Frans Hals teve uma carreira bem sucedida e certo reconhecimento em vida, o que, no entanto, não o livrou das dívidas e dificuldades financeiras. Suas obras mais famosas são os retratos pictóricos da sociedade neerlandesa.

Foi na cidade de Antuérpia, localizada na Bélgica, que nasceu Frans Hals, entre 1580 e 1585. Estima-se que por motivos religiosos e financeiros, quando a Antuérpia foi invadida pelos espanhóis, a família de Hals se mudou para Haarlem, Holanda – cidade em que o artista permaneceu até o fim de sua vida, em 26 de agosto de 1666.

Na juventude, o artista foi discípulo de Karen Van Mander pintor flamengo maneirista, porém não seguiu os passos de seu tutor. A obra de Hals revela a preferência do artista pela luz do dia, além disso, alguns historiadores sugerem influência de Rubens e Van Dick.

De certo, os primeiros anos da vida de Frans Hals foram pouco documentados. Hals casou-se duas vezes e teve ao todo 10 filhos. Seus primeiros trabalhos conhecidos datam possivelmente de 1611, quando o artista tinha por volta de 30 anos. Mas as primeiras encomendas, contudo, só viriam a surgir alguns anos depois.

Ao longo de sua carreira, Hals desenvolveu um estilo livre de pintura que conferia vivacidade à sua obra. As cores eram distribuídas sobre a tela por meio de pinceladas consideradas rápidas e soltas. Suas composições tendiam para o naturalismo e seus retratos davam ênfase às expressões de suas personagens.

Algumas das principais obras de Frans Hals são O Cavaleiro Rindo (1624), Banquete de Oficiais da Guarda Cívica de São Jorge de Haarlem (1627), Retrato de Willem van Heythuyzen (c.1637-1639), Daniel van Aken Tocando o Violino (c.1640), As Regentes do Asilo de Velhos de Haarlem (1664). As últimas produções de Hals foram adquirindo um tom mais austero e emocional. O artista deixava evidente a sua preocupação com temas como a velhice a morte.


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Pierre Bonnard – As cores do Pós-Impressionismo

Integrante do Grupo Nabis, formado por jovens artistas vanguardistas, Pierre Bonnard é um pintor francês representante do pós-impressionismo, movimento que ganhou força na última década do século XIX. Sua arte se desenvolveu através de cores ora intensas ora claras e luminosas, numa tentativa de captar as variações de luz do ambiente e como aquilo se refletia no objeto retratado, característica que conferiu à obra de Bonnard um tom intimista e emocional.

Pierre Bonnard nasceu em 3 de outubro de 1867 na comuna francesa de Fontenay-aux-Roses, localizada a sudoeste de Paris. Desde cedo demonstrou talento artístico, destacando se na pintura, desenho e caricaturas. Era comum ver o jovem pintando nos jardins casa de campo de sua filha. Porém seu destino e de seus dois irmãos já haviam sido traçados pelo pai, um chefe de Ministério da Guerra, que queria ver os filhos cursarem Direito em uma renomada faculdade de Paris. Aos 18 anos Bonnard partiu para a capital francesa onde ingressou na Universidade de Sorbonne e em dois anos obteve a licença em Direito.

No entanto, não demorou a ser seduzido pela efervescência artística da época. Em 1888, mesmo ano em que Bonnard passou a advogar, ele também se inscreveu na Academia de Belas Artes e na Academia Julian. Naquele mesmo ano juntou-se ao Les Nabis e após vender uma de suas obras, convenceu a família de que poderia viver de arte e assim abandonou de vez a carreira de advogado.

Apesar de toda a vertente filosófica e idealista dos Nabis, Bonnard manteve o seu estilo bem-humorado e não-ideológico. Ao longo de sua carreira artística pintou os temas mais comuns para época como cenas domésticas, paisagens, retratos e cenas urbanas, porém o que realmente se destacava em suas composições eram as cores que davam vida aos detalhes e momentos mais triviais.

Em 1891 teve a sua obra exposta na exposição anual da Sociedade dos Artistas Independentes. Ainda que colhesse os frutos das inovações impressionistas, Bonnard foi pouco influenciado por este movimento. Ele nutria, na verdade, grande paixão pela arte gráfica japonesa e é possível ver esta influência em algumas de suas obras, como o uso de padrões geométricos. Também passou a criar itens decorativos como móveis, tecidos e outros objetos e trabalhou como ilustrador para a revista La Revue Blanche.

No ano seguinte começou a produzir litografias, além de contribuir com uma série de ilustrações para o livro de Claude Terrase, seu cunhado. E em 1894 as suas pinturas de cenas urbanas se destacavam pelo artista manter o foco nas construções ou até mesmo em animais, no entanto os rostos raramente eram visíveis.

Pierre Bonnard foi um dos primeiros artistas a aderirem ao movimento Art Nouveau e em 1895 projetou um mural chamado Maternidade para a loja de luxo Tiffany. Aquele mesmo ano marcou também a sua primeira exposição individual na Galeria Durand-Ruel. Nos anos que se seguiram, Bonnard manteve a sua constante produção e essência artística. Faleceu em 1947, uma semana após concluir a A Árvore de Amêndoas em Flor.

O artista francês costumava pintar muitas de suas cenas de memória e fazia esboços a lápis que serviam de base para várias de suas pinturas. Entre os seus principais trabalhos se destacam Pont de la Concorde (1913-15), The Bowl Of Milk (1919), O Banho (1925) e O Banheiro (1932).


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Paul Klee – entre cores intensas, figuras geométricas e musicalidade

Influenciado por diversos movimentos de vanguarda como o expressionismo, cubismo e surrealismo, Paul Klee foi um pintor, poeta e musicista suíço que desenvolveu um estilo de arte bem pessoal. Ao longo de sua carreira trabalhou em diversos experimentos artísticos, dominando com maestria o uso da teoria das cores, além de incluir uma perspectiva única às suas obras, resultado de uma extensa bagagem cultural. Consagrou-se como um dos mais importantes pintores europeus do século XX.

Embora tivesse nacionalidade alemã, devido à origem de seu pai, Paul Klee nasceu em Münchenbuchsee, uma pequena cidade suíça, em 18 de dezembro de 1879. A família era ligada à música, sendo o seu pai um professor de música e sua mãe cantora, por isso, com apenas 7 anos o jovem Klee começou a tocar piano. Embora fosse desejo dos pais que seguisse a carreira musical, Klee já adolescente demonstrava grande interesse nas artes visuais, por encontrar ali mais liberdade de expressão.

Em 1898 conseguiu permissão dos pais para se matricular na Academia de Belas Artes de Munique, onde se destacou em desenho. Após sua formação, estudou os grandes mestres da pintura em Roma. Após sua incursão pela Itália retornou ao seio familiar e a partir de 1905 criou mais 67 obras resultantes de um longo período de estudos e experimentos, incluindo entre estes trabalhos Retrato de Meu Pai (1906).

Em 1906 casou-se com a pianista Lily Stumpf e foi morar em Munique. Durante algum tempo o casal se sustentou apenas com a renda de Lily, que dava aulas de piano. Klee tentou sem sucesso uma carreira como ilustrador e sua arte se desenvolveu vagarosamente. O reconhecimento só veio uma década depois.

Quatro anos após o seu casamento, em 1910, Klee fez a sua primeira exposição em Berna. Também ilustrou uma edição de Cândido, um clássico do escritor Voltaire. Outra guinada em sua carreira foi a associação aos artistas Kandinsky e Franz Marc, além de outros membros do clube O Cavaleiro Azul.

Em seguida teve contato com diversas teorias de cores e estilos modernos como o cubismo e a arte abstrata. Fez diversos experimentos de cores com aquarelas bastante diluídas e retratou algumas paisagens primitivas. A obra No Estilo De Kairouan (1914) marca o seu florescimento artístico com uma composição abstrata colorida e repleta de figuras geométricas que se conectam com a musicalidade nata de Klee.

Dali para frente recebeu grande atenção da crítica e realizou diversas mostras. A eclosão da Primeira Guerra Mundial refletiu em algumas de suas produções, justamente porque o artista perdeu alguns de seus amigos em combate. Passou a lecionar na escola de artes Bauhaus em 1920 e permaneceu como docente durante 10 anos. Na década de 30 foi perseguido pelos nazistas alemães e pouco tempo depois descobriu uma doença degenerativa que lhe tirou a vida em 1940.

Estimasse que o pintor produzido por volta de 9 mil obras e que seu trabalho tenha influenciado diversos artistas. Algumas das obras importantes de Paul Klee foram Cúpulas vermelhas e brancas (1914), Composição cósmica (1919), A casa giratória (1921), O gato e o pássaro (1928) e Nova harmonia (1936).


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Ferdinand Hodler – o expressionismo suíço

Citado como um dos mais populares pintores suíços do século XIX, Ferdinand Hodler foi um dos artistas europeus precursores do expressionismo. Sua arte, considerada como porta de entrada para o modernismo europeu, concentrou-se em paisagens, retratos e pinturas de gênero com um destacado estilo realista.

Hodler nasceu em 14 de março de 1853, na cidade de Berna, na Suíça. Era o mais velho de seis irmãos e seu pai era um humilde carpinteiro. O contato de Hodler com a arte se deu após a morte de seu pai, quando ele ainda era criança. Sua mãe casou-se com um pintor decorativo e não demorou a que Hodler ajudasse o padrasto com a pintura de placas e outros projetos comerciais. Após a morte da mãe de Hodler, o jovem foi para cidade de Thun ser aprendiz do pintor Ferdinand Sommer, um artista que se dedicava à pintura de paisagens, especialmente de montanhas, e eram usadas para fins turísticos.

Aos 18 anos, contudo, Hodler partiu para Genebra, cidade que era considerada o centro artístico da Suíça, em busca de melhores condições e desenvolvimento de sua arte. Chamou então a atenção de Barthélemy Menn, pintor e desenhista. Menn foi um dos primeiros em seu país a se dedicar a pintura ao ar livre, característica que influenciou os primeiros trabalhos de Hodler que eram basicamente compostos por paisagens e retratados trabalhados com intenso realismo.

Outra característica da obra de Ferdinand Hodler foi a criação do paralelismo, estilo que desenvolveu após ser influenciado pelo simbolismo e art nouveau. Esta nova técnica propunha o uso simétrico dos elementos da pintura, uma vez que o artista suíço acreditava que a simetria era a base da sociedade humana.

O expressionismo só foi incorporado realmente ao trabalho do pintor a partir de 1900, momento em que ele  passou a utilizar figuras geométricas e cores mais intensas nas suas produções. Também compôs obras em grande escala com temas patrióticos que causavam bastante admiração.

Entre as principais obras de Ferdinand Hodler destacam-se Noite (1889-1890), Cansado da Vida (1892), O Sapateiro (1878) e o Lenhador (1910). Retratou também o tema Morte, em seus quadros, interesse que surgiu após estudar as obras de Hans Holbein, em especial o quadro Cristo Morto no Túmulo. Explorando esse tema, Hodler criou uma série de pinturas em que retrata os momentos finais de uma de suas companheiras: Valentine Godé-Darel, que morreu vitima de câncer.

Apesar de ter encontrado a sua catarse ao pintar o declínio de sua amada, Hodler ficou profundamente abalado com a morte dela em 1913. O artista suíço faleceu dois anos depois, em decorrência de um edema pulmonar.


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Trace Moroney – livros ilustrados que falam de sentimentos

Aclamada internacionalmente, Trace Moroney é uma escritora e ilustradora de livros voltados para o público infantil que abordam um novo olhar para os sentimentos. Assim, as histórias auxiliam de maneira inteligente e delicada na construção da inteligência emocional e social desde a mais tenra idade. Suas obras vem conquistando espaço na estante de famílias do mundo inteiro.

Nascida na Nova Zelância, Trace Moroney começou a sua carreira como designer gráfico para uma agência de publicidade, posteriormente desempenhou diversas funções em uma editora voltada para a publicação de livros educacionais. Assim que teve a oportunidade, Trace largou em 1994 o mundo corporativo para se dedicar ao seu próprio negócio de criação de livros infantis. Desta maneira, no papel de autora e escritora, a artista encontrou a sua verdadeira vocação profissional.

Em 2005 ela publicou uma coleção de livros que foram um verdadeiro sucesso editorial. A série intitulada Quando eu me sinto aborda diversos sentimentos tais como o Felicidade, Medo, Decepção, Raiva e Tristeza de uma maneira que as crianças possam identificar e entender estes sentimentos no dia a dia. Os livros são uma ferramenta valiosa para que pais e educadores consigam as crianças a expressar e lidar com os sentimentos de maneira adequada. Auxiliam na construção de uma base saudável, para que os pequenos desenvolvam a sua confiança e autoestima.

Outra série desenvolvida por Trace é As coisas que eu amo, coleção de livros que tem como objetivo construir uma visão positiva sobre as situações do cotidiano vivenciadas especialmente pelas crianças. Os livros introduzem os conceitos de amor e gratidão, propondo focar nas coisas boas da vida.

Para Trace as ilustrações são um complemento visual para o texto que ela desenvolve a partir de uma ideia inicial e que vai tomando forma após muita pesquisa, além disso, para a artista o design quando bem feito, permite manter todos os elementos do livro em harmonia. Ela também costuma acrescentar nos livros algumas notas úteis para pais e responsáveis com orientações escritas por uma psicóloga infantil. Em plena atividade, Trace Moroney já teve seus livros traduzidos para mais de 15 idiomas.


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