Fotorrealismo

O Fotorrealismo é um movimento artístico que surgiu em meados da década de 1960 nos Estados Unidos. Opondo-se ao minimalismo e o expressionismo abstrato, o fotorrealismo propunha reproduzir com fidelidade as imagens, fossem cenas cotidianas ou pessoas, tal como uma fotografia.

O realismo já havia sido refutado pela arte modernista da década de 1950, uma vez que a fotografia assumira o papel de capturar a realidade em seus mais minuciosos detalhes. Entretanto, a fotografia começa a ser usada como base de trabalho para diversos pintores, permitindo congelar um momento efêmero para que este fosse posteriormente reproduzido em tela com maior fidelidade.

Contudo, muitos críticos de arte viam a prática como uma limitação da criatividade do artista. Ao passo que muitas correntes artísticas, inclusive o fotorrealismo, se opunham à banalização da imagem causada pela imensa quantidade de fotos que uma câmera fotográfica poderia conceber.

Influenciado pela Pop Art, surge então o fotorrealismo, denominado pelo autor americano Louis K. Meisel que também foi responsável pela caracterização da escola fotorrealista a pedido de Stuart M. Speiser, curador da exposição Fotorrealismo 1973 – A Coleção Stuart M. Speiser.

A caracterização proposta por Meisel estabelecia cinco princípios sendo estes o uso da câmera e fotografia para coletar informação; uso de recursos mecânicos e semi-mecânicos para transferir a informação para a tela; o fotorrealista deve ter habilidade suficiente para fazer com que a pintura se pareça com uma fotografia; além disso, deve ter exibido obras neste estilo antes de 1972 para poder ser classificado como um dos fundadores da escola e por fim, deve ter trabalhado há pelo menos cinco anos nesta técnica.

Para se alcançar a precisão fotográfica muitos artistas recorrem ao uso da técnica do quadriculado ou outras formas de projeção, até mesmo porque a obra fotorrealista muitas vezes ganha dimensões muito maiores do que o objeto real que será reproduzido.

Entre os principais artistas fundadores do fotorrealismo destacam-se Richard Estes, Ralph Goings, Chuck Close, Charles Bell, Audrey Flack, Don Eddy, Robert Bechtle e Tom Blackwell. Estes artistas desenvolveram linhas de trabalho distintas, porém com técnicas bastante semelhantes. Em suas obras são retratadas paisagens, retratos, natureza morta e cenários urbanos.

Do fotorrealismo derivou-se o hiper-realismo, corrente artística que se desenvolveu através dos avanços tecnológicos e tem como princípio reproduzir as imagens minuciosamente e de maneira muito mais detalhista e mais próximo possível de uma fotografia.

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Diego Rivera – o muralismo mexicano

Renomado artista plástico mexicano, Diego Rivera destacou-se na prática do muralismo. Através de seu trabalho artístico, buscava resgatar as raízes de seu povo e enaltecer a cultura mexicana. Famoso por suas ideologias políticas e vida amorosa conturbada, teve quatro casamentos, um dos quais com ninguém menos que Frida Kahlo.

Nascido Diego María de la Concepción Juan Nepomuceno Estanislao de la Rivera y Barrientos Acosta y Rodríguez, em 8 de dezembro de 1886, em Guanajuato, México, Diego Rivera estudou pintura desde a adolescência e aos 20 e poucos anos ganhou uma bolsa para estudar na Europa.

Rivera permaneceu na Europa de 1907 a 1921 e teve contato com diversas figuras artísticas de destaque e que viriam a influenciar a sua obra como Picasso, Dalí, Miró e o arquiteto Antonio Gaudí.

De volta a seu país natal, Diego Rivera foca a sua produção artística no muralismo mexicano, uma vez que julgava a pintura tradicional como uma expressão da burguesia e que por fim, acabava em uma coleção particular. Por meio de seus grandes murais, o artista retratava a história da cultura mexicana, buscando torna-la acessível ao povo.

Diego Rivera era ateu e comunista, dois aspectos de sua vida que deixava transparecer fortemente em sua produção artística. Em 1930 o artista mexicano empreendeu uma viagem aos Estados Unidos, onde permaneceu por 4 anos. No país norte-americano, Rivera pintou diversos murais, destacando-se um no Rockfeller Center que foi eliminado antes mesmo de sua conclusão, pois o conteúdo era uma dura crítica ao capitalismo.

Em outra ocasião, a obra Sonho de uma tarde dominical na Alameda Central de Diego Rivera ficou oculta por 9 anos, pois o artista pintou o escritor e jornalista Ignacio Ramirez segurando um cartaz com a inscrição “Deus não existe”. O mural só foi exposto após Rivera concordar em retirar a frase polêmica.

Entre as principais obras de Diego Rivera destacam-se Frozen Assets (1931), Vendedora de Flores (1941) e Carregador de Flores (1935). O artista era dotado de um estilo expressivo, abordando temas nacionais, sociais e culturais de forma direta, fazendo uso abundante de cores vivas. Diego Rivera faleceu aos 70 anos, deixando uma vasta obra composta por mais de três mil quadros, cinco mil desenhos e por volta de cinco mil metros de murais.

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Norman Rockwell – ilustrações e humor na pintura a óleo e acrilica

As pinturas e desenhos de Norman Rockwell impressionam pela perfeição quase fotográfica em cada traço e escolha de cores. O artista é responsável por um conjunto de obras icônicas que rodaram o mundo e retratam o cotidiano e desafios da sociedade norte americana marcada pelas guerras do século XX.

Nascido em 1894, em Nova Iorque, Norman Rockewell demonstrou talento para a arte desde cedo.Começou a cursar a National Academy of Design e a Art Students League aos 14 anos e aos 18 anos lançou o livro de ilustrações Tell Me Why: Stories Of Mother Nature.Desde então o seu trabalho ganhou destaque, chamando a atenção para a sua sensibilidade, traços realistas e riqueza de detalhes.

Dono de um processo criativo meticuloso, Rockwell utilizava como base para os seus desenhos fotografias que ele tirava.

Começava a produção de uma obra com exaustivos esboços, separando-os por partes até chegar ao resultado final em que juntava tudo. Desta maneira, a primeira versão de um desenho que ele criava era em preto e branco, depois testava as possibilidades de cores e texturas para chegar o mais próximo possível da realidade.

Tinha um verdadeiro apreço em retratar as feições de seus modelos de maneira detalhista. O enfoque de suas pinturas e ilustrações está quase
sempre nas expressões das pessoas retratadas que ganham um toque de caricatura e até mesmo de idealização do artista que constituem a marca registrada de Norman Rockell.

Por este motivo o uso da fotografia era um recurso tão importante para o desenvolvimento do seu trabalho, pois em seu estúdio o artista pedia que os modelos fizessem expressões que eles só poderiam conservar por um breve momento.

Entre as suas obras de maior destaque está o conjunto de quatro ilustrações intitulado Four Freedom. Produzidas em 1943, as ilustrações Freedom of Speech, Freedom of Worship, Freedom from Want e Freedom of Fear foram publicadas pela revista The Saturday e se referem ao Discurso sobre o Estado da União, realizado pelo presidente Franklin Delano Roosevelt.

Embora não muito aclamado pela crítica da época, Norman Rockell tornou-se bastante popular, deixando um trabalho significativo, influenciando diversos artistas até mesmo na música.


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Burle Marx – arte e paisagismo no Brasil

Célebre artista plástico brasileiro, Burle Marx ganhou fama internacional com o seu trabalho na área de paisagismo. Visionário e multidisciplinar, Burle Marx desenvolveu também trabalhos como pintor, gravador, litógrafo, escultor, tapeceiro, ceramista, design de joias e decorador.

Nascido em 4 de agosto de 1909, em São Paulo, Roberto Burle Marx era filho do alemão Wilhelm Marx e da brasileira Cecília Burle. Pianista e cantora, Cecília Burle desperto no filho o amor pelas artes e jardinagem desde cedo.

Burle Marx mudou-se com a família para Alemanha durante o período de 1928 a 1929. Além de ter contato com as vanguardas artísticas, visitou exposições de artistas de destaque como Picasso, Matisse e Van Gogh, e também estudou pintura no ateliê de Degner Klemn.

De volta ao Brasil, Burle Marx foi estudar artes plásticas na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde conviveu com figuras importantes da arquitetura moderna brasileira, como Oscar Niemeyer.

Seu primeiro projeto na área de paisagismo foi a Praça de Casa Forte no Recife. Na cidade nordestina Burle Marx assumiu o cargo Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco o que lhe permitiu desenvolver outros grandes projetos como a Praça do Entroncamento, Praça Euclides da Cunha, entre outras.

Burle Marx exerceu um papel fundamental na definição da Arquitetura Moderna Brasileira. Foi um dos primeiros a inserir plantas nativas nos projetos dos jardins nacionais e suas ideias vanguardistas misturam arquitetura, paisagismo, botânica e sustentabilidade, proporcionando uma verdadeira obra de arte nos espaços públicos.

Outros projetos de destaque de Burle Marx são os Jardins do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, Paisagismo do Eixo Monumental, em Brasília, Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O artista brasileiro projetou mais de dois mil jardins e faleceu aos 84 anos de idade, no Rio de Janeiro.

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Os Gêmeos – A arte que dá vida ao cenário urbano

Nos anos 1980, a cultura hip hop ganhou força no Brasil e, em São Paulo, dois irmãos gêmeos do bairro do Cambuci começaram a explorar os espaços públicos para se expressar por meio do grafite. A arte dos Gêmeos invadiu muros, prédios e galerias do Brasil e do mundo.

Nomes importantes do grafite brasileiro e da street art, Otávio e Gustavo Pandolfo, Os Gêmeos, nasceram em 1974 na cidade de São Paulo. Desde muito pequenos se interessaram por arte e encontraram na cena urbana uma forma de dar vazão à criatividade e imaginação com um tom bastante questionador. Incentivados por seus pais, os irmãos cresceram desenhando e acompanharam de perto os movimentos artísticos que despontavam no centro paulistano e que foram cruciais para o desenvolvimento de seu trabalho.

A inspiração dos artistas plásticos e grafiteiros nasceu da observação do hip hop, dos dançarinos de break e da cultura de rua, estilos marcantes para quem cresceu e viveu no cenário paulistano do final dos anos 1980 até o fim de1990. O grafite norte americano também influenciou a criação dos primeiros trabalhos dos jovens que começaram a testar e desenvolver técnicas de pintura nos muros da cidade munidos de suas latinhas de spray. Além disso, era necessário um forte poder de improviso, pois não havia a mesma facilidade de comunicação e acesso à informação que a dos dias atuais.

O que mais chama atenção para o trabalho dos OSGEMEOS, como eles assinam as suas obras, é a maneira como um complementa o outro artisticamente. No site dos artistas há a seguinte afirmação em destaque: “Nosso processo criativo é tão natural para nós, que é até difícil de explicar. Parece que existe um fio, vamos sempre estar conectados, mesmo quando estamos longe um do outro. É um vínculo eterno.”

O universo lúdico da dupla de grafiteiros invade o espaço urbano em tom de sonho com elementos folclóricos e histórias populares, além de frases de protesto ou reflexão, retratando figuras com rostos largos e membros algumas vezes desproporcionais, em meio a uma abundância de cores com destaque para o amarelo. Um exemplo é a obra O Estrangeiro que foi pintada em 2009 pela dupla em um prédio do Vale do Anhangabaú (que foi posteriormente removida).

Em entrevista para a Haus, da Gazeta do Povo, a dupla de grafiteiros comentou que “Sempre tenta transformar algum aspecto negativo [da cidade] em positivo, mesmo que de maneira impactante”. Além de enxergar o grafite como um elemento de “respiro” em meio ao caos da cidade.

O trabalho dos OSGEMEOS ganhou destaque primeiro internacionalmente, depois começaram a serem reconhecidos no Brasil. Suas obras já foram apreciadas em mostras individuais e coletivas em museus e galerias de vários países como Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Lituânia e Japão.

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Créditos Imagens:
http://www.osgemeos.com.br/pt
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