Pontilhismo

Desenvolvida a partir do Impressionismo, a Técnica do Pontilhismo se baseia na lei das cores complementares criada pelo químico Michel Chevreul e surgiu na segunda metade do século XIX. Não se limitando apenas ao campo das artes plásticas, contribuiu também para o surgimento das técnicas de pixelização e separação cromática para a televisão.

Segundo a lei das cores complementares, cada cor ao lado de outra teria a sua aparência modificada através do contraste entre elas, o que foi amplamente explorado pelos pintores impressionistas, uma vez que estes artistas desprezavam o emprego de contornos em seus desenhos e as cores eram aplicadas na tela de maneira pura, com pinceladas curtas que de perto tinham a aparência de estarem fragmentadas, porém ganhavam novas tonalidades e formas ao serem observadas à distância.

Em contrapartida aos impressionistas que faziam uso de um pincel mais solto, os artistas que empregavam o pontilhismo usavam pinceladas precisas, empregando a tinta de maneira meticulosa em pontos ou manchas sobre a tela. Além disso, havia uma preferência pela tinta óleo, pois esta possui uma textura mais firme e não escorre na tela, evitando que houvesse alguma mistura indesejada de cores.

A tela Um Domingo de Verão na Grade Jatte, de 1886, do pintor francês Georges Seurat foi uma das primeiras a empregar a técnica do pontilhismo e recebeu do crítico de arte Félix Fenon o termo “pintura de pontos”. Além de Georges Seurat, o pontilhismo também ganhou impulso dentro do Impressionismo através das obras de Paul Signac. A técnica influenciou os trabalhos de pintores como Van Gogh e Henri Matisse.

Para conhecer mais, acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/pontilhismo/

Credito Imagens:
http://www.artcyclopedia.com/artists/seurat_georges
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https://commons.wikimedia.org/
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Tarsila do Amaral – ícone do modernismo brasileiro

Tarsila do Amaral foi uma das artistas responsáveis pela primeira fase modernista da arte brasileira e também por inaugurar o movimento Antropofagia. Seu trabalho ganhou notoriedade tanto nacional como internacionalmente, o que a alçou como uma das mais importantes artistas plásticas brasileiras.

Nascida em 1 de setembro de 1886, na cidade de Capivari, interior do estado de São Paulo, Tarsila do Amaral é proveniente de uma família abastada que lhe proporcionou uma ótima educação. Após estudar em colégios de renome de São Paulo, terminou seus estudos em Barcelona, na Espanha. Ao retornar ao Brasil, casou-se com o médico André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Porém o casamento não durou muito, pois o marido era contra o envolvimento de Tarsila com a arte.

Em 1917, Tarsila começou a aprender pintura com Pedro Alexandrino Borges, pintor e professor renomado, e em 1920 foi à Paris para estudar na Academia Julian, onde teve contato com diversos artistas com pensamento vanguardista. De volta ao Brasil, ela passou a se envolver com as ideias modernistas, ocasião em que conheceu Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia e juntos formaram o Grupo dos Cinco.

Em viagem com Oswald de Andrade à Europa, em 1923, conheceu Pablo Picasso e outros mestres cubistas que viriam a influenciar as obras de Tarsila do Amaral. Já no Brasil, em 1924, realizou uma viagem junto a outros modernistas e se encantou pelas cores da flora e fauna brasileira que a fizeram reviver os sentimentos e memórias da infância que deram início à fase Pau Brasil, de Tarsila que compreende os anos de 1924 a 1928. São deste período as obras A família, São Paulo, Morro da favela, entre outras. A artista casou-se com Oswald de Andrade em 1926, ano em que realizou a sua primeira exposição individual na Galeria Percier, em Paris.

Tarsila pintou o famoso quadro Abaporu, em 1928 e presentou o marido. Oswald de Andrade ficou bastante entusiasmado com a obra e a mostrou para o amigo Raul Bopp. A tela foi responsável por iniciar o movimento Antropofágico, pois o nome Abaporu é de origem indígena e significa “homem que come carne humana”. O novo movimento propunha dar uma característica mais brasileira à arte, adaptando as influências estrangeiras. Dando vida ao estilo antropofágico que durou de 1928 a 1930, Tarsila utiliza-se de cores fortes, elementos do seu imaginário, misturando a elementos da flora e fauna brasileira, como pode ser conferido em obras como Antropofagia, Paisagem com Ponte, O Touro e O Ovo.

Após a sua separação de Oswald de Andrade em 1930, abalada, Tarsila se dedica ainda mais ao seu trabalho artístico. É nesta época que ela inicia mais uma fase, conhecida como Social, em que sensibilizada pelos problemas da classe operária que ela teve contato em viagem pela Europa. Destacam-se deste período os quadros Os Operários e Segunda Classe. Na década de 1940, a artista passa a pintar seguindo os estilos das suas fases anteriores. Tarsila faleceu aos 86 anos, em São Paulo.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/tarsila-do-amaral/

Credito Imagens:
https://pt.wikipedia.org/
http://tarsiladoamaral.com.br
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Camille Pissarro – O mais fiel dos impressionistas

Considerado um dos líderes do movimento impressionista, Camille Pissarro foi o único artista a participar das oito exposições realizadas pelos impressionistas. Sua obra destaca-se principalmente por explorar os efeitos luminosos em paisagens ao ar livre, usar cores vivas e pinceladas suaves, além de adotar a técnica do pontilhismo em algumas telas.

Nascido Jacob Abraham Camille Pissarro, em 1830, na ilha de São Tomás nas Índias Ocidentais Dinamarquesas, com 11 anos foi enviado à Paris para estudar em um colégio interno, retornando posteriormente à Ilha de São Tomás para cuidar dos negócios da família. Desde cedo nutria uma paixão pela arte, tornando-se amigo do pintor Fritz Melbye a quem acompanhou por dois anos em uma expedição para estudar a fauna e flora venezuelana.

Partiu para Paris aos 23 anos, onde conheceu Paul Cézanne, Claude Monet e outros pintores que posteriormente seriam chamados de impressionistas. Ao lado do amigo Monet, costumava sair para pintar ao ar livre e foi um dos maiores incentivadores da primeira exposição independente que ocorreu em 1874.

Embora não seja um dos nomes mais lembrados ao se falar em Impressionismo, Camille Pissarro foi um dos poucos a seguir à risca os preceitos impressionistas. Sua obra reúne um conjunto de paisagens rurais e urbanas que exploram os efeitos da luz natural, com pinceladas soltas e visíveis, cores vivas e puras. Entre as suas obras mais famosas destacam-se Le Verger, Les châtaigniers à Osny e Place du Théâtre Français. O artista francês teve como discípulo o famoso pintor pós-impressionista Paul Gauguin.

Sua paleta cálida captava com precisão os efeitos luminosos, o que o tornou um dos mais importantes paisagistas do século XIX. Camille Pissarro faleceu aos 73 anos, em Paris.


Credito Imagens:
https://commons.wikimedia.org
https://www.wikiart.org/

Acesse a galeria para admirar mais a obra de Camille Pissarro no Pinterest: https://br.pinterest.com/pin/574490496220759878/

 
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#003 Dica de criatividade: o importante é começar!

Começou a desenhar mas ainda não tem o desenho finalizado? Não consegue enxergar a pintura inteira ainda? Não faz mal! Comece a pintar mesmo sem saber tudo! Na verdade na minha pintura eu nunca começo sabendo 100% de onde vou chegar. Tenho clareza do ambiente mas em geral o desenho vai tomando forma ENQUANTO eu pinto. Se você está emperrado na composição do seu quadro, tente começar a pintar e ir dando tempo para a pintura se mostrar à você! Trabalhando com constância a Inspiração vem! Essa dica faz parte da aula #003 da Jabuticabeira que esta completa no link:  https://www.youtube.com/watch?v=5gWUg…

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Narrando com tinta a óleo

Esse trecho faz parte da aula completa Jabuticabeira: https://www.youtube.com/watch?v=5gWUg… Pintar uma série é como escrever um livro a tinta a óleo, onde cada tela narra um capítulo… Assim como um escritor, quanto mais você se dedicar a cavar fundo, mais próximo estará de encontrar a sua voz, o seu jeito de narrar histórias com tinta.

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Edgar Degas – A valorização da luz em interiores na pintura impressionista

Nome de destaque do movimento impressionista, o artista francês Edgar Degas, ao contrário dos seus colegas, pintava poucas paisagens ao ar livre. Ficou conhecido especialmente por suas telas que retratam bailarinas, a vida doméstica parisiense, além de uma escolha de paletas de cores que na época eram consideradas discordantes.

Edgar Hilaire Germain Degas nasceu em Paris em 1934 e destacou-se como pintor, gravurista, escultor e filósofo francês. Filho do rico banqueiro Auguste Degas, sua origem abastada teve grande influência sobre as suas preferências artísticas. Após concluir os estudos no Liceu Louis-le-Grand, aos vinte anos, ingressou no ateliê de Louis Lamothe, onde conheceu Ingres, pintor que o aconselhou a valorizar o desenho e não somente a cor. Por exigência de seu pai, chegou a cursar dois anos do curso de Direito, porém não se dedicou aos estudos.

Viveu por cerca de três anos na Itália, onde teve a oportunidade de conhecer e copiar as obras dos grandes mestres do Renascimento, como Leonardo, Rafael e Michelangelo. Nesta ocasião ele iniciou uma das suas obras de renome: Retrato da Família Bellelli, concluída em 1860.

De volta à Paris, conheceu Édouard Manet, responsável por aproximá-lo do grupo de artistas que posteriormente seria chamado de impressionistas. Apesar de ter participado da primeira exposição impressionista, em 1874, Degas relutava em se enquadrar ao movimento e também divergia bastante dos outros pintores. Se por um lado os pintores impressionistas saiam ao ar livre para conceber as suas obras, Degas tinha clara preferência em pintar em estúdio, explorando com criatividade os efeitos da iluminação em interiores. Além disso, a conclusão de cada tela exigia diversos croquis e esboços, o que resultava em obras quase fotográficas.

Destacam-se em suas obras a figura feminina, as cenas de ballet, o cotidiano doméstico e a vida noturna parisiense em que o pintor francês reúne um apanhado de influências que não se conectam entre si e o distanciam cada vez mais do impressionismo. Seus hábitos reclusos também refletiam as suas produções artísticas, consideradas sob alguns aspectos bastante conservadoras.

Entre as suas principais obras estão A Aula de Dança, Depois do Banho, Mulheres Passando Roupa, Os jovens espartanos, além da escultura Pequena Bailarina de catorze anos, trabalho que chocou a sociedade parisiense e inovou por seu um dos primeiros a trazer uma escultura trajando roupas de verdade. Atualmente a escultura faz parte do acervo do MASP, em São Paulo.

Em seus últimos anos de vida, Degas perdeu a visão progressivamente, passando a viver isolado e tornando-se uma pessoa de difícil convivência. Faleceu na cidade de Paris, em 1917.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/edgar-degas/

Créditos imagens:
https://commons.wikimedia.org/
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#003 Indiozinho foi inspirado em alguém…

Nesse vídeo eu conto o indiozinho da Jabuticabeira (2017, óleo sobre tela, 200 x 200 cm)

Esse trecho faz parte da aula completa Jabuticabeira: https://www.youtube.com/watch?v=5gWUg…

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#003 Humor Filosófico

Nesse vídeo eu conto sobre as preguicinhas tirando selfie dentro do balão na obra Jabuticabeira (2017, óleo sobre tela, 200 x 200 cm)

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aula #003 Jabuticabeira

Hoje eu conto meu drama com os verdes e como tudo foi solucionado com a coisa mais simples e primaria – em todos os sentidos – do mundo! Falo como os artistas botânicos trabalham paleta de verdes para folhagem e como uso esse conhecimento na minha pintura.

Mostro a obra Jabuticabeira (2017, óleo sobre tela, 200 x 200 cm) e também conto um pouco do processo criativo e curiosidades, como por exemplo o personagem de um livro que eu me inspiro e pintei na tela. Você consegue adivinhar em quem eu me inspirei e esta na “Jabuticabeira”?

No final do vídeo eu pinto o caule e uma jabuticaba verde em uma pequena tábua de mdf só para mostrar o raciocínio de composição que usei enquanto pintava.

Observação importante: eu falo uma cor em espanhol a “laca carminada”, em português é “vermelho de alizarina”. Eu erro sempre, todos os videos que eu falar sem querer da laca carminada, pensem no carmim de alizarina.

A artista botânica que cito é a Margareth Mee, livro “Flores da Floresta Amazônica” e se você quer saber mais sobre ela escrevemos uma matéria no site, passa lá para ler: http://www.thaisslaski.com.br/margare…

No vídeo eu também falo de pincéis e vou repetir a mesma coisa aqui que escrevi na aula anterior: para pintar não se apegue a pincéis ou marcas de tintas, use o que você tem e o importante é se dedicar a misturar cores e simplificar o trabalho sem ficar preso a detalhes sobre materiais que mais te amarram do que fazem você crescer. Esqueça também as numerações de pincéis. Tenha poucos mas variados e, o mais importante: dedique-se a dominá-los e não a ser dominado pelas lendas dos “pincéis fabulosos que pintam sozinhos”. Achar que a pintura esta indo mal por falta de pincéis caríssimos importados é besteira, não deixe isso dominar você e fazer você desistir. É muito mais proveitoso gastar energia e dinheiro em aprender teoria e pratica da cor do que ficar apegado a marcas e produtos. Estudar cor simplifica a vida e alivia até o bolso!

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Ideia e Pintura

Essa dica é um trecho da aula #002 (assista ao vídeo completo: https://youtu.be/zQ0EmjcatzE ), onde conto como criei a “Árvore Inundada”, óleo sobre tela, 2017. Além de ver como encontrei a paisagem que imaginava, explico na aula de que forma esbocei o primeiro desenho do quadro que me deu base para agregar elementos da minha imaginação.

Fui buscar inspiração no impressionismo e olhei muito o livro “Monet Water Lilies, the complete series”, Jean Dominique Rey e Denis Rouart enquanto pintava o quadro. Mas a minha pintura não é impressionista, é arte contemporânea, e beber na fonte pura dos jardins de Giverny é sempre saboroso, te convido a vir comigo! 🙂

Todas as semanas nossos vídeos são acompanhados de materiais complementares de estudo aqui no site e essa semana teremos matérias sobre o Movimento Impressionista, sobre o pintor Claude Monet, o uso da técnica do quadriculado para ampliar (ou diminuir) desenhos entre outras novidades. Confira:

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