Os Gêmeos – A arte que dá vida ao cenário urbano

Nos anos 1980, a cultura hip hop ganhou força no Brasil e, em São Paulo, dois irmãos gêmeos do bairro do Cambuci começaram a explorar os espaços públicos para se expressar por meio do grafite. A arte dos Gêmeos invadiu muros, prédios e galerias do Brasil e do mundo.

Nomes importantes do grafite brasileiro e da street art, Otávio e Gustavo Pandolfo, Os Gêmeos, nasceram em 1974 na cidade de São Paulo. Desde muito pequenos se interessaram por arte e encontraram na cena urbana uma forma de dar vazão à criatividade e imaginação com um tom bastante questionador. Incentivados por seus pais, os irmãos cresceram desenhando e acompanharam de perto os movimentos artísticos que despontavam no centro paulistano e que foram cruciais para o desenvolvimento de seu trabalho.

A inspiração dos artistas plásticos e grafiteiros nasceu da observação do hip hop, dos dançarinos de break e da cultura de rua, estilos marcantes para quem cresceu e viveu no cenário paulistano do final dos anos 1980 até o fim de1990. O grafite norte americano também influenciou a criação dos primeiros trabalhos dos jovens que começaram a testar e desenvolver técnicas de pintura nos muros da cidade munidos de suas latinhas de spray. Além disso, era necessário um forte poder de improviso, pois não havia a mesma facilidade de comunicação e acesso à informação que a dos dias atuais.

O que mais chama atenção para o trabalho dos OSGEMEOS, como eles assinam as suas obras, é a maneira como um complementa o outro artisticamente. No site dos artistas há a seguinte afirmação em destaque: “Nosso processo criativo é tão natural para nós, que é até difícil de explicar. Parece que existe um fio, vamos sempre estar conectados, mesmo quando estamos longe um do outro. É um vínculo eterno.”

O universo lúdico da dupla de grafiteiros invade o espaço urbano em tom de sonho com elementos folclóricos e histórias populares, além de frases de protesto ou reflexão, retratando figuras com rostos largos e membros algumas vezes desproporcionais, em meio a uma abundância de cores com destaque para o amarelo. Um exemplo é a obra O Estrangeiro que foi pintada em 2009 pela dupla em um prédio do Vale do Anhangabaú (que foi posteriormente removida).

Em entrevista para a Haus, da Gazeta do Povo, a dupla de grafiteiros comentou que “Sempre tenta transformar algum aspecto negativo [da cidade] em positivo, mesmo que de maneira impactante”. Além de enxergar o grafite como um elemento de “respiro” em meio ao caos da cidade.

O trabalho dos OSGEMEOS ganhou destaque primeiro internacionalmente, depois começaram a serem reconhecidos no Brasil. Suas obras já foram apreciadas em mostras individuais e coletivas em museus e galerias de vários países como Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Lituânia e Japão.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/os-gêmeos/

Créditos Imagens:
http://www.osgemeos.com.br/pt

Franz Gertsch – a perfeição realista na arte contemporânea

As obras do pintor suíço Franz Gertsch impressionam não apenas por serem concebidas em telas que ultrapassam os dois metros de altura, mas também pelos detalhes surpreendentemente realistas.

Nascido em 08 de março de 1930 na suíça, Franz Gertsch começou a estudar pintura na escola Max Rudolf von Mühlenen e Hans Schwarzenbach, em Berna. Contudo, foi no final da década de 1960 que o artista começou a pintar empregando detalhes realistas.

Para a concepção de suas obras, Franz Gertsch recorre muitas vezes ao uso de lápis-lazúli, azurita e malaquita para distanciar-se da imagem previamente fotografada que utiliza como base para suas pinturas ou xilogravuras. Apesar da característica realista de suas pinturas, Franz Gertsch desenvolve representações com modificações que nascem de sua imaginação.

Uma das suas mais famosas séries de pinturas são os retratos da cantora norte-americana Patti Smith que datam de 1977 a 1979. Com recortes seletivos, as obras oferecem um relato concebido pela criatividade artística de Franz Gertsch. Desta fase também se destaca um autorretrato do artista, feito em 1980.

Suas pinturas possuem referências tanto da Pop Art, quanto das técnicas mais tradicionais de pintura a óleo. Já suas xilogravuras ganham um tom abstrato com representações detalhistas de águas ondulando ou das lâminas de grama, como pode ser observado nas obras Maria II (2017) e Gräser I (1995/96).

O trabalho artístico de Franz Gerstch se desenvolveu meticulosamente para retratos e paisagens em grande escala, dotados de um realismo que impressiona em cada detalhe. Suas obras foram diversas vezes incluídas em exposições renomadas como documenta 5 em 1972, em Kassel e na Bienal de Veneza de 1999.

Atualmente suas obras podem ser encontradas no Museu de Arte da Filadélfia, no Kunstmuseum Lucerne, na Suíça, e no Museu Franz Gertsch, construído em 1998 Burgdorf, na Suíça, em parceria com o empreendedor suíço Willy Michel.

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Crédito Imagens:
http://www.museum-franzgertsch.ch

As obras incríveis e realistas de Ron Mueck

Considerado um dos artistas contemporâneos mais impressionantes, Ron Mueck surpreende os expectadores de suas exposições com esculturas gigantes e realistas. O corpo humano é o grande destaque em suas obras e é representado em cada detalhe com perfeição quase fotográfica. Ronaldo de Oliveira Mueck nasceu em Melbourne, na Austrália, em 1958.
Sua grande influência artística partiu de seus pais que confeccionavam brinquedos. O jovem Ron Mueck cresceu vendo o seu pai lidar com o trabalho de construir bonecos de barro com extremo perfeccionismo.

Anos mais tarde, Ron Mueck começou a trabalhar com a criação de marionetes e moldes para a televisão e filmes infantis como o musical Labirinto – A Magia do Tempo, do diretor Jim Henson, famoso criador de Vila Sésamo e Os Muppets. Posteriormente, Ron Mueck se lançou no mundo artístico confeccionando esculturas. Uma das suas primeiras esculturas foi uma representação de não mais do que 1 metro do próprio pai nu. A obra nomeada Dead Dad, de 1996 casou um certo choque, visto que o pai do artista havia falecido recentemente.

O processo artístico de Ron Mueck começa de maneira solitária em seu ateliê. Os principais materiais usados pelo artista são resina, fibra de vidro, silicone e argila. As esculturas são concebidas em modelos de argila, depois fundidas em silicone a partir de um molde. Sempre idealizadas em grande ou pequena escala, mas jamais em tamanho natural. Os cabelos são colocados um a um e os olhos têm as írises pintadas manualmente, depois o artista recobre com uma esfera de vidro ou resina transparente. Apenas em obras maiores, Ron Mueck recorre ao auxílio de assistentes.

Em 2014, as esculturas espetaculares de Ron Mueck levaram mais de 230 mil expectadores ao MAM, no Rio de Janeiro. A exposição contou com 9 peças criadas pelo artista, três das quais feitas especialmente para a passagem pelo Brasil, sendo elas: Jovem Casal (2013), Mulher com as compras (2013) e Casal debaixo do guarda-sol (2013). Depois, as esculturas, que juntas somam mais de 7 toneladas, seguiram para a Pinacoteca de São Paulo, onde ficaram expostas de novembro de 2014 a fevereiro de 2015. Algumas das principais obras de Ron Mueck são Boy (1999), Baby (2000), Mask (2001), Man in a boat (2002) e In Bead (2005).

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/ron-mueck/

Crédito Imagens:
https://thegalleria.eu/
Unmissable things to do in Manchester and the North
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Fondation Cartier Paris Fondation Cartier Buenos Aires

#007 Dica de Ilustração em Aquarela: Pintura e Inspiração

Praticar sua pintura é a melhor forma de estimular o processo criativo.

Oba! TEMOS PRESENTE!!! Clique no link: https://mailchi.mp/3e445748576c/prese… e vamos enviar para o seu e-mail uma ilustração para fazer um varal de ovos de Páscoa. Esse é um trechinho da aula completa #007 sobre ilustraçao, assista ela inteira aqui: https://www.youtube.com/watch?v=8jy0y…

Arte contemporânea

Na segunda metade do século XX, o mundo, pós Segunda Guerra Mundial, assistiu uma aceleração nas inovações tecnológicas e científicas, o que possibilitou o surgimento mais acentuado de uma cultura de massa e no modo de fazer e encarar a arte. Rompendo com os paradigmas da arte moderna, os artistas contemporâneos saem em busca de novas formas de expressão.

Também conhecida como arte pós-moderna, a arte contemporânea tem como base a velocidade da máquina e o movimento com uma valorização da ideia, conceito e atitude do que a própria obra final. A tendência artística contemporânea se desenvolveu em meio à corrida espacial, o que refletiu nas produções da época com o uso de formas aerodinâmicas e inspiradas no espaço com destaque para o brilho do vinil.

A era industrial cedeu espaço para o que seria a era da informação e comunicação, permeada por diferentes estilos, técnicas e expressões artísticas, tanto nas artes plásticas, dança, literatura, moda e música como na maneira em que o homem interage com o ambiente e com seus semelhantes. As obras de arte, que até então tinham um apelo ao consumo, passam a ter um cunho mais comunicativo.

Os artistas contemporâneos distanciam-se cada vez mais da arte tradicional e suas obras ganham um tom questionador sobre a sociedade, política e até sobre a própria arte. É possível notar que a arte e a vida se fundem, como também os estilos artísticos distintos. Os avanços tecnológicos e midiáticos são cruciais para isto, aproximando a arte cada vez mais da cultura popular e propiciando obras que interagem com o público.

Entre os diversos movimentos contemporâneos destacam-se: a Arte Conceitual, Arte Povera, Arte Cinética, Pop Art, Expressionismo Abstrato, Minimalismo, Street Art e Body Art. A arte contemporânea estende-se até os dias atuais, tendo ganhado fôlego por meio da globalização e o advento da internet, que possibilitaram o surgimento das redes sociais e uma nova visão sobre a produção artística e sua exposição.

Crédito Imagens:
http://g1.globo.com/

#007 Dica: Pesquisa de imagem para desenhar

Saiba um truque que uso para ampliar a busca de imagem no google. Essa dica é parte da aula completa sobre Ilustração em aquarela: https://www.youtube.com/watch?v=8jy0y…

As dicas e trechos pequenos que publicamos fazem parte do nosso método de estudo para reforçar o aprendizado da aula inteira.

ESSA AULA TEVE PRESENTE de Páscoa https://mailchi.mp/3e445748576c/prese…. Tem que inserir o e-mail para o nosso controle, e o link será enviado. Depois é só imprimir (aconselho impressão em uma gráfica, papel couchê, 150g para cima).

As fascinantes ilustrações e histórias de Anthony Browne

Reconhecido por seu aclamado trabalho voltado para o público infantil, Anthony Browne é um escritor e ilustrador britânico vencedor do prêmio Hans Christian Andersen de 2000, uma das mais importantes premiações para criadores de livros infantis e nomeado Children’s Laureate entre 2009 e 2011. Suas histórias fascinantes são repletas de empatia e sensibilidade e misturam-se com as ilustrações que carregam um jogo visual repleto de criatividade.

Anthony Edward Tudor Browne nasceu em Sheffield, na Inglaterra, em 11 de setembro de 1946 e se formou em Design Gráfico pela Escola de Artes de Sheeds em 1967. Desde muito cedo ele teve contato com as artes e costumava desenhar com seu pai. O jovem Browne pretendia ser um pintor, porém a necessidade de ganhar algum dinheiro o levou a se tornar ilustrador médico, trabalho em que tinha que descrever através de desenhos detalhados as cirurgias que acompanhava.

Após três anos o trabalho, no entanto, tornou-se repetitivo demais e Browne passou os cinco anos seguintes ilustrando cartões de visitas. Ambos os trabalhos foram verdadeiros treinos para que o artista desenvolvesse a arte de contar histórias através de suas ilustrações.

O livro de estreia de Anthony Browne foi Through the magic mirror (Através do espelho mágico), em 1976 e foi o seu primeiro desafio em criar ilustrações e textos que convergissem uma única linguagem. Ele continuou no ano seguinte com Walk in the Park (Um passeio pelo parque) e Bear Hunt.

Os animais costumam ganhar destaque em seus livros, principalmente os gorilas que surgem como protagonistas em várias histórias, como no livro Willy the Wimp (Willy, o tímido), lançado em 1984 e que se tornou um verdadeiro sucesso. Embora o protagonista seja um macaco, Browne confessa que se inspirou nele mesmo para criar a personagem.

As histórias de Anthony Browne carregam mensagens sensíveis e suas ilustrações hipnotizam por cada detalhe que dialoga perfeitamente com o texto. Muitas vezes o autor recorre a aquarela, ao guache, tintas e lápis de cera para construir sua narrativa com leveza.

Além disso, seus livros escondem jogos visuais que não passam despercebidos aos olhos atentos das crianças, mas que constituem verdadeiros desafios para os adultos. São estes elementos que dão vida e profundidade às suas histórias e provocam a imaginação do leitor.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/anthony-browne/




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Thais Slaski