#002 Dica: Tela em rolo e como desenhar em quadros grandes

Na dica de hoje eu falo sobre uma maneira de passar o desenho para grandes dimensões, foi assim que desenhei na tela “Árvore Inundada”. Pode ser feito com foto ou o desenho escaneado. É um jeito mais rápido que a técnica do quadriculado. Também falo da tela em rolo. ATENÇÃO: se você optar pintar com a tela em rolo pregue na parede com pregos! Se a parede for de gesso coloque bucha e parafusos para gesso. Não confie em colocar a tela em rolo fixada com fita adesiva porque vai cair e amassar! Se você tem espaço para trabalhar com tela ja com chassi, opte pelo chassi que é mais seguro do trabalho nao amassar.

Essa dica é um trecho da aula #002 (assista ao vídeo completo: https://youtu.be/zQ0EmjcatzE),

Todas as semanas nossos vídeos são acompanhados de materiais complementares de estudo aqui no site e essa semana teremos matérias sobre o Movimento Impressionista, sobre o pintor Claude Monet, o uso da técnica do quadriculado para ampliar (ou diminuir) desenhos entre outras novidades. Gostou da dica! Confira:

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Aula #002 Árvore inundada: criatividade, passar desenho para tela grande, pintura da água, assista!

Essa é a segunda aula sobre pintura, onde você pode aprender a pintar sem sair de casa!
Hoje eu gostaria de contar como eu criei a “Árvore Inundada”, óleo sobre tela, 2017. Você vai me ver encontrando a árvore que imaginava e de que forma esbocei o primeiro desenho do quadro e como agreguei elementos da minha imaginação. Deixo varias dicas para você usar no seu processo criativo e técnicas de como fazer.

Eu fui buscar inspiração no impressionismo e olhei muito o livro “Monet Water Lilies, the complete series”, Jean Dominique Rey e Denis Rouart enquanto pintava. Mas a minha pintura não é impressionista, é arte contemporânea, e beber na fonte pura dos jardins de Giverny é sempre saboroso, te convido a vir comigo! 🙂

Na ultima parte do vídeo proponho fazermos juntos um exercício para treinar uma pintura mais seca, sem esfumaçar, dando aspecto do espelho d´água e ensino a paleta que usei.
Anote aí: azul ceruleo + vermelho (carmin) de alizarina + terra siena natural + amarelo cadmio + branco.

Para pintar não se apegue a pincéis ou marcas de tinta, use o que você tem e o importante é se dedicar a misturar cores e simplificar o trabalho sem ficar preso a detalhes sobre materiais que mais te amarram do que fazem você crescer. Esqueça também as numerações de pincéis. Tenha poucos mas variados e, o mais importante: dedique-se a dominá-los e não a ser dominado por eles.

Todas as semanas nossos vídeos são acompanhados de materiais complementares de estudo no site e essa semana teremos matérias sobre o Movimento Impressionista, sobre o pintor Claude Monet, o uso da técnica do quadriculado para ampliar (ou diminuir) desenhos entre outras novidades.

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Michelangelo, Rafael e Da Vinci – Sanguínea, a técnica de desenho usada por grandes mestres do Renascimento

Técnica de desenho bastante utilizada no período Renascentista, a sanguínea é um material de dureza semelhante ao giz e está presente em trabalhos dos aclamados pintores Michelangelo, Leonardo e Rafael. Embora tenha caído um pouco em desuso, atualmente é comum que a técnica sanguínea seja explorada por artistas iniciantes.

A sanguínea data do Paleolítico e consiste em utilizar para desenhos uma mistura de caulim e hematita sob forma de lápis de madeira e varas que proporcionam um tom de sangue seco – de onde advém o seu nome. É encontrada também em outras tonalidades como marrom, laranja, cobre e bege. Sua aplicação é indicada em papel com textura, pois estes “seguram” mais o pigmento da sanguínea, contudo em muitos casos o uso moderado de um material fixador é indicado após a finalização do desenho.

Durante o Renascimento, a sanguínea servia como um material de transição para a pintura, sendo encontrada também em esboços e estudos de anatomia realizados por Leonardo da Vinci. O uso dessa técnica pode ser claramente observado no desenho Feto no Útero, em que Leonardo explora a sua veia científica ao mostrar um útero durante a gravidez.

Michelangelo, assim como Leonardo, também aderiu ao uso da sanguínea em seus desenhos – a maioria esboços em que ele treinava e desenvolvia as suas habilidades artísticas incansavelmente. A precisão de seus traços, pode ser conferida em Estudo para o Adão da Capela Sistina, um dos poucos trabalhos dessa espécie que foram conservados ao longo do tempo, uma vez que muitos foram queimados pelo próprio artista.

Rafael, outro famoso pintor renascentista ao usar a técnica sanguínea, se consagrou pela perfeição e suavidade de suas pinturas. Para chegar ao tão aclamado efeito de suas obras, utilizava a sanguínea para esboçar as suas telas. Um exemplo é o desenho Retrato de um Jovem que deu origem ao quadro homônimo.


Credito Imagens http://revistaepoca.globo.com https://commons.wikimedia.org/

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Leonardo Da Vinci e o Sfumato – A técnica por trás de um dos sorrisos mais famosos da história da arte

A incontestável versatilidade da mente genial de Leonardo da Vinci foi responsável por criar e desenvolver estudos em diversas áreas do conhecimento. Suas técnicas artísticas atravessaram os séculos e continuam inspirando gerações de artistas. Entre as mais famosas destaca-se o sfumato, efeito que conferiu o impressionante acabamento de algumas de suas mais célebres obras.

A intrigante Mona Lisa de Leonardo foi a obra que deu origem ao sfumato, em 1503. Com a técnica, Leonardo da Vinci queria criar um efeito mais próximo à realidade em suas pinturas, nas palavras do próprio artista “sem limites ou bordas, à maneira da fumaça”. Desta forma, o sfumato gera graduações entre as tonalidades, principalmente entre as passagens de luz para a sombra, proporcionando uma maior sensação de volume. No quadro Mona Lisa, as pinceladas são quase imperceptíveis. O mesmo ocorre na bruma que envolve as figuras centrais da obra Virgem dos Rochedos e nos detalhes do retrato de Cecília Gallerani, intitulado Dama com Arminho.

Influenciado pelas técnicas de Leonardo, Rafael outro grande nome do Alto Renascimento, empregou com maestria o sfumato em suas pinturas. A técnica pode ser observada em diversos dos seus quadros, como em A Sagrada Família Canigiani.  Outros nomes expressivos da história da arte a empregar o sfumato foram Correggio e Giorgione.

Para se obter efeito de sfumato, pode-se esfregar o dedo pela superfície do desenho até chegar ao degradê desejado. Muitos artistas também utilizam o esfuminho, material semelhante a um lápis, porém feito com papel jornal compacto enrolado que serve para esfumar as áreas de contorno do desenho, criando sombreados. Também é possível encontrar esfuminhos de feltro e couro.

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Credito imagens:
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A Origem da Festa Junina – De Celebração Pagã à Festa dos Santos Populares

O Sol, como astro supremo, desde que se tem registro foi cultuado por diversas civilizações ao longo da história da humanidade. O que muita gente não sabe, é que uma das mais famosas e tradicionais celebrações, a Festa Junina, tem suas raízes em decorrência do Solstício de Verão (no hemisfério norte). Incorporada pelo cristianismo como celebração a São João, a Festa Junina ganhou o mundo. No Brasil, desembarcou durante a colonização e o festejo recebeu influências dos povos indígenas, africanos e europeus.

O dia mais longo do ano recebe o nome astronômico de Solstício de Verão e no Hemisfério Norte ocorre por volta do dia 21 de junho, quando o Sol atinge a maior declinação em latitude em relação à linha do Equador, já no Hemisfério Sul, o mesmo ocorre por volta do dia 21 de dezembro. Na Idade Média, uma das celebrações dos povos pagãos europeus, ocorria durante esta passagem da primavera para o verão através de rituais que exaltavam a fertilidade e uma colheita próspera. Entretanto, durante a consolidação da Igreja Católica na Europa, o feriado pagão foi convertido, entre outros, na homenagem ao nascimento de São João Batista, no dia 24 de junho.

Comemorada durante todo o mês de junho, a Festa Junina no Brasil foi trazida pelos portugueses e a base de sua celebração deriva das Festas dos Santos Populares, sendo estas em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro, respectivamente nos dias 13, 23 e 29 de junho. Cada detalhe da festa remete à sua herança multicultural, como por exemplo, a quadrilha que deriva de uma dança francesa de salão, a música típica e seus mais populares instrumentos como a sanfona que foram trazidos também pelos europeus e hoje é um dos sons característicos do forró nordestino.

O ato de pular fogueira na festa junina também é oriundo das celebrações pagãs. Durante os rituais era comum acender fogueiras para limpezas energéticas, atrair prosperidade e fertilidade para o campo. O catolicismo, contudo, recorreu mais uma vez ao nascimento de São João para explicar a presença da fogueira. Segundo as escrituras sagradas, Isabel, mãe de São João, teria acendido uma fogueira para avisar Maria, mãe de Jesus, sobre o nascimento de seu filho. Um detalhe curioso das comemorações atuais é que a fogueira de cada santo possui um formato diferente, sendo a de São João, redonda, a de Santo Antônio, quadrada e a de São Pedro, triangular.

Independentemente de sua origem, é fato que a festa junina já se incorporou às tradições brasileiras, trazendo elementos do folclore popular, comidas típicas e com um colorido característico que a tornam um dos festejos mais animados do ano.

Picasso & Lump – O registro da amizade entre o pintor e seu cão feito pelo fotógrafo David Douglas Duncan

Se engana quem acha que o artista deve estar sempre rodeado de elementos sérios e intrinsecamente artísticos em seu ateliê ou estúdio para que o processo criativo flua. Um exemplo de como a arte pode se desenvolver em ambiente descontraído, em meio a crianças e até animais, é a amizade que o pintor espanhol Pablo Picasso cultivou com um simpático cachorro da raça Dachshund chamado Lump e que foi registrada pelo fotojornalista David Douglas Duncan.

Famoso por seus registros de combates de guerra e da vida íntima do amigo Pablo Picasso, David Douglas Duncan era também apaixonado por animais. Lump era um dos seus animais de estimação, mas em uma visita de Picasso à caso do amigo, surgiu uma conexão tão grande entre o pintor e o cão salsicha que o fotojornalista decidiu deixá-lo com Picasso. Daí surgiu uma parceria inusitada entre pintor e cão e que foi fielmente captada pelas lentes do próprio Duncan ao longo dos anos e resultou no fotolivro Picasso & Lump: O cachorro que comeu um Picasso, em tradução livre.

As fotos de Duncan trazem Picasso e seu cachorro em situações cotidianas e descontraídas. Segundo relatos, o artista espanhol costumava pintar sozinho, sendo Lump o único que podia acompanhá-lo. Para Pablo Picasso, Lump “não era um cachorro, mas sim um homem pequeno”.

Lump viveu ao lado de Picasso durante seis anos, O animal está presente em diversas das obras do co-fundador do cubismo, entre elas, destaca-se a série “Meninas”, em que Lump aparece em 15 das 44 telas que compõem o trabalho inspirado no quadro As meninas do também pintor espanhol Diego Velázquez.

Contudo um problema de coluna que Lump desenvolveu, colocou fim à parceria. Duncan levou o cachorro para ser tratado na Alemanha e o animal não visitou o seu amigo pintor novamente. Lump morreu em 1973 e coincidentemente Picasso faleceu uma semana depois.

Aula #001: Os Caipiras, processo criativo e paleta de pele!

Esse é um canal novinho trazendo um ateliê inteiro para esse mundo paralelo da internet! Seja bem-vindo ao ateliê virtual que acaba de nascer! Essa é a primeira aula sobre pintura, onde falamos um pouco sobre o processo criativo, o quanto estudar grandes mestres dá suporte para a pintura crescer e algumas dicas para você usar nos seus trabalhos. A cada semana as aulas do canal serão acompanhadas de material aqui no site para você usar nos seus estudos. Quer receber os links dos materiais publicados a cada semana? Inscreva-se seu e-mail para receber o resumo da semana.