#018 Dica Pintura a Óleo: Escolhendo Fotografia para Pintar

Nessa dica você vai ver como a a variação de luz e sombra valoriza a pintura. É uma lógica diferente da fotografia. A pintura nao funciona como a foto, às vezes uma fotografia incrível quando pintada nao fica uma pintura incrível e uma fotografia mais ou menos resulta em uma pintura espetacular. É relativo. Muitos valores de luz e sombra em geral fazem uma pintura ficar realmente muito boa. Entenda melhor assistindo a dica!

#018 Dica Pintura a Óleo: Xadrez Amarelo

Nessa dica você vai ver como a cor muda se esta na sombra ou na luz. O observador verá amarelo, mas você tem que pintar diferente para parecer amarelo. Confuso? Assista a dica! Essa dica é um trecho da aula inteira sobre pintar xadrez. Assista a aula completa: https://www.youtube.com/watch?v=w4Rdx…

Paul Cézanne – uma nova perspectiva na pintura pós-impressionista

O pintor francês Paul Cézanne revolucionou a história da arte ao introduzir uma visão única para as suas composições, destacando-se entre os pintores pós-impressionistas pelo uso de distorções formais e alterações de perspectiva. O artista já explorava em seus trabalhos figuras levemente geométricas, o que o alçou como uma ponte entre o impressionismo do século XIX e o cubismo do início do século XX.

Paul Cézanne nasceu em 19 de janeiro de 1839, em Aix-en-Provence, comuna localizada no sul da França. Era herdeiro de um cofundador de uma firma bancária, o que lhe proporcionou uma vida sem preocupações financeiras. Aos 10 anos começou a estudar desenho na Escola São Jose, em sua cidade natal. Já em 1852 conheceu o consagrado escritor francês Émile Zola, ambos estudavam no Colégio Bourbon e se tornaram amigos.

Seis anos depois, realizando um desejo de seu pai, Cézanne ingressou na escola de Direito da Universidade de Aix, porém continuou recebendo aulas de desenho. Contrariando sua família, em 1861, Cézanne foi buscar desenvolvimento artístico em Paris, influenciado pelo amigo Zola que já se estabelecera na cidade. Na cidade parisiense conheceu o impressionista Camille Pissarro que assumiu um papel de mestre e mentor de Paul Cézanne.

Após não passar no exame de admissão da Escola de Belas Artes, o artista retornou para cidade natal e passou a trabalhar com seu pai. Retornou à Paris um ano depois e se matriculou na Academia Suíça com o intuito de se tornar pintor profissional. Nessa época, conhece artistas impressionistas como Manet, Monet e Renoir.

Em seus primeiros trabalhos, Cézanne explorava a figura na paisagem de uma forma romântica e dramática, Seus quadros da época são escuros e o uso acentuado da espátula contribui para um efeito de cores sobrepostas na tela. Já em 1870, influenciado por seus amigos impressionistas, começa a pintar ao ar livre e vai clareando gradativamente sua paleta de cores. Entretanto, é na década seguinte que sua carreira evolui mais ainda, rompe com o amigo Zola, uma vez que se vê representado no personagem principal do livro “A obra” e começa a pintar retratos, natureza-morta e paisagens.

Além de repudiar os preceitos da Academia, tal como seus amigos impressionistas, Cézanne explora como nenhum outro as mudanças de perspectiva, ressaltando as formas, o volume e o peso dos objetos.

Entre as suas principais obras estão Retrato de Louis-Auguste Cézanne, o pai do artista (1866), Autorretrato com um chapéu de palha (1875), A banhista (1885) e Os jogadores de Cartas (1890-95). Em 2011, uma das versões de Os jogadores de Cartas foi vendida para família real do Qatar por cerca de 190 milhões de euros, se tornando a obra de arte mais cara já vendida até então.

Paul Cézanne faleceu em 1906 e em 1907 foi realizada no São Outono uma mostra de grande porte com uma retrospectiva de seu trabalho, o que ajudou a difundir o nome do artista, rendendo-lhe o reconhecimento como um dos pintores mais influentes do século XIX.

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#018 Dica Pintura a Óleo: Fotografando para Pintar

Nessa dica você vai ver como a fotografia ajuda na pintura. Fotografar contribuí para você ter mais detalhes de luz e sombra daquilo que deseja pintar, mas pense antes de fotografar. Escolha tecidos, poses, luz e adapte ao que imagina pintar, à sua inspiração inicial. Essa dica é um trecho da aula inteira sobre pintar xadrez. Assista a aula completa: https://www.youtube.com/watch?v=w4Rdx…

Anita Malfatti – as revoluções da primeira fase modernista brasileira

Um dos nomes mais importantes da primeira fase do modernismo brasileiro, Anita Malfatti foi uma das peças-chaves na realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Ao lado de Tarsila do Amaral, a pintora e desenhista Anita Malfatti ajudou a escrever um novo capítulo para as mulheres na história da arte brasileira. Com seu estilo marcante se dedicava a expressar temas do cotidiano empregando cores puras e vibrantes.

Anita Malfatti nasceu em 02 de dezembro de 1889, em São Paulo. Filha do engenheiro italiano Samuele Malfatti e da norte-americana Eleonora Elizabeth Krug, carregou desde o nascimento uma atrofia no braço e na mão direita. Teve como tutora na infância uma senhora chamada Miss Browne que lhe ajudou a treinar a escrita e o desenho com a mão esquerda.

A jovem recebeu a educação formal de 1897 a 1906, primeiramente no Externato São José, de freiras católicas, posteriormente estudou Escola Americana e no Mackenzie College (atual Universidade Presbiteriana Mackenzie). Formou-se como professora aos 19 anos de idade.

Iniciou os estudos em artes plásticas com sua mãe que após a morte do Sr. Malfatti se viu em dificuldades financeiras e precisou ganhar o sustento da família lecionando aulas particulares de idiomas, desenho e pintura.

Em 1910, Anita teve a oportunidade acompanhar duas amigas que iriam estudar música na Europa e teve a sua viagem financiada pelo tio Jorge Krug. Na Alemanha, frequentou o ateliê de Fritz Burger e a Academia Real de Belas Artes de Berlim, onde teve contato com a pintura expressionista.

Retornou ao Brasil em 1914 com o intuito de conseguir uma bolsa de estudos, porém seus tiveram que ser adiados devido a Primeira Guerra Mundial. No mesmo ano fez a sua primeira exposição individual na Casa Mappin, ocasião em que apresentou os seus estudos de pintura expressionista.

Em 1915, viajou novamente com a ajuda de seu tio, dessa vez para estudar na Art Students League, nos Estados Unidos, e recebeu aulas do artista plástico Homer Boos. Quando retornou ao Brasil em 1917 realizou uma exposição com 53 quadros que causaram grande furor entre a crítica e os conservadores da época.

A mais ferrenha das críticas que Anita recebeu partiu de Monteiro Lobato que na época escrevia para o jornal Estado de São Paulo. Como resultado, outras publicações a atacaram também e quadros da exposição que foram vendidos começaram a ser devolvidos. Por conta da repercussão negativa, a artista ficou um ano sem pintar.

Contudo, no ano de 1919 conhece Tarsila do Amaral. As duas artistas tinham aulas com Pedro Alexandrino, que ajudava Anita a vender seus trabalhos, e George Fisher Elpons. Anita integrou o Grupo dos Cinco, composto por Tarsila, Menotti Del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade e participou da Semana de Arte Moderna, no ano de 1922, com 22 trabalhos.

De 1923 a 1928, Anita retornou à Europa para estudar com uma bolsa do Pensionato e realizou exposições em Berlim, Paris e Nova York. De volta ao Brasil em 1929, encontrou um ambiente muito mais favorável para quem se dedicava às artes, o que a fez se estabelecer definitivamente em São Paulo. Além de criar seu próprio ateliê, onde criava e dava aulas, também trabalhou como professora no Mackenzie College. Em 1942 foi nomeada presidente do Sindicato dos Artistas de São Paulo.

O estilo de Tarsila é facilmente reconhecido por sua liberdade de composição, pinceladas livres que valorizam os tons fortes e uma técnica de luz que foge ao clássico claro e escuro. A figura central e o fundo da tela ganham um destaque dinâmico e tenso que não passam despercebidos ao observador.

Entre as principais obras de Tarsila do Amaral são Burrinho Correndo (1909), O Farol (1915), A Estudante Russa (1915), O Homem das Sete Cores (1916), A Boba (1915-16) e A Onda (1917). A artista faleceu em 6 de novembro de 1964, em São Paulo.

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Alfredo Volpi – a segunda fase do modernismo no Brasil

Conhecido principalmente por suas representações de bandeirinhas de festa junina e casarios, o pintor ítalo-brasileiro Alfredo Volpi destacou-se na segunda fase do modernismo no Brasil. Participou das três primeiras Bienais Internacionais de São Paulo, dividindo com Di Cavacalti o prêmio de Melhor Pintor Nacional de 1953.

Alfredo Volpi nasceu em 14 de abril de 1896, em Lucca, na Itália. Um ano após o seu nascimento, seus pais decidiram imigrar para o Brasil, estabelecendo-se na cidade de São Paulo. Ainda criança, Volpi estudou na Escola Profissional Masculina do Brás (atual Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas) especializada no ensino das artes e ofícios, e que tinha como principal objetivo qualificar as camadas populares para o trabalho na indústria e no comércio.

Após sua formação, o jovem Volpi começou a trabalhar como marceneiro, entalhador e encanador. Já em 1911 iniciou o ofício de pintor decorador, pintando sobre madeiras e telas. Seus principais clientes eram famílias da alta sociedade paulista e durante algum tempo ele dividiu os trabalhos com o amigo Antonio Ponce Paz, pintor e escultor espanhol. Em 1918 realizou a decoração mural do Hospital do Ipiranga, projeto que também teve a participação do pintor Alfredo Tarquínio.

Volpi participou do influente Grupo Santa Helena, que iniciou as suas atividades com os artistas Francisco Rebolo e Mario Zanini, na década de 1930. Também participa da formação do Sindicato dos Artistas Plásticos em 1936 e no ano seguinte, torna-se membro da Família Artística Paulista. Foi nessa ocasião em que realizou a sua primeira exposição individual.

As primeiras obras de Volpi são figurativas, compostas principalmente pela série de marinhas e paisagens urbanas, realizadas em Itanhaém. Uma de suas influências na época era o pintor italiano Ernesto de Fiori que recém-chegado da Itália ensina a importância dos elementos plásticos e formais na pintura, além do uso de cores vivas e foscas. Aprendizado que ajudou Volpi a se tornar um grande colorista.

Contudo, em 1950 Volpi viaja para a Europa e tem passagens por Paris e Veneza e intensifica o seu interesse por pintores pré-renascentistas. Conhece também as obras do pintor renascentista Paolo Uccello e fica maravilhado com os jogos de ilusão que criam um efeito em que a figura se projeta para frente. A obra de Volpi então evolui para um abstracionismo geométrico, destacando-se a série de bandeiras e mastros de festas juninas. Na mesma época, pinta afrescos para a Capela da Nossa de Fátima e alguns quadros com temas religiosos.

Algumas das principais obras de Alfredo Volpi são Mulata (1927), Festa de São João (1953), Grande Fachada Festiva (1950) e Sereia (1960). O artista continuou a sua produção artística até meados dos anos 1980 e é possível ver um gradual amadurecimento em seus trabalhos. Alfredo Volpi faleceu em 1988, aos 92 anos de idade, na cidade de São Paulo.

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