Georges Seurat – o divisionismo e pontilhismo francês

Pioneiro no movimento pontilhista, o pintor francês Georges Seurat teve uma breve carreira, porém de uma genialidade que promoveu grande contribuição para a história da arte. Empolgado com a perspectiva impressionista, mas não totalmente seduzido pela espontaneidade e ausência de forma das obras impressionistas, dedicou-se ao estudo da teoria das cores e à ótica. Seus estudos resultaram em um trabalho mais estruturado e formal, porém igualmente inovador e que viria a inspirar outros pintores importantes do pós-impressionismo como Van Gogh e o cubista Picasso.

Georges-Pierre Seurat nasceu na cidade de Paris em 1859, oriundo de uma família francesa abastada. Seu pai, porém, cultivava hábitos estranhos e reclusos, preferindo viver em uma residência diferente da família, que ele visitava apenas aos finais de semana.

Dono de uma personalidade anti-social, talvez herdada de seu pai, Seurat iniciou os seus estudos em arte na École Municipale de Sculpture et Dessin e em 1878 ingressou na Escola de Belas Artes de Paris, onde obteve a formação clássica da Academia. Durante a sua educação formal teve a oportunidade de estudar e copiar as obras dos grandes mestres da pintura.

No ano seguinte, contudo, Seurat abandonou os estudos para entrar no serviço militar. Findado o tempo de serviço, cerca de um ano depois, instalou-se em Paris, onde dividiu um estúdio com o amigo Aman-Jean. Ali, o artista francês se empenhou em contrapor algumas técnicas e conceitos usados no impressionismo, uma vez que o seu objetivo era proporcionar uma maior solidez ao movimento.

Desta forma, se os impressionistas queriam registrar momentos fugidios, efêmeros, Seurat propunha atemporalidade em suas telas. Se por um lado ele se utilizava da paleta clara e vibrante de seus colegas impressionistas, do outro explorava a teoria das cores complementares, salpicando-as lado a lado na tela, sem jamais misturá-las para criar uma notável ilusão ótica.

Entre as principais obras de Georges Seurat, destacam-se a famosa Domingo à tarde na ilha de La Grande Jatte (1884 – 1886), A Torre Eiffel (1889),  Os modelos (1898) e a inacabada O circo (1890-1891). E embora o artista não tenha produzido uma grande quantidade de obras, estas impressionavam tanto pelo conjunto artístico como pelas dimensões, como é o caso do quadro Banhistas em Asnières (1884) que mede cerca de 3 metros de altura.

Seurat também ficou conhecido por levar a vida e o seu trabalho extremamente a sério. Assim, para conceber uma única obra, se dedicava a diversos estudos preliminares e de maneira meticulosa. Em 1891, aos 31 anos, o pintor francês faleceu.

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Henri Rousseau – a arte no pós-impressionismo francês

Situado no movimento pós-impressionista, o pintor francês Henri Rousseau, que ficou conhecido como o Aduaneiro, conseguiu obter sucesso na carreira artística contrariando todas as expectativas que rodeavam o seu trabalho. Dotado de um estilo considerado como ingênuo e primitivista, driblou as primeiras críticas negativas que o acompanharam e se tornou uma referência na arte francesa.

Nascido Henri-Julien-Félix Rousseau em maio de 1844, na comuna francesa Laval, Henri Rousseau provinha de uma família mal sucedida nos negócios, fato que iria se refletir ao longo de sua vida. Assim, para ganhar a vida trabalhou como oficial de diligência até 1871, ano em que assumiu o cargo de coletor de impostos na alfândega de Paris, motivo pelo qual ficou conhecido como o Aduaneiro.

Rousseau, entretanto, iniciou tardiamente no mundo da arte e embora não seja possível precisar com exatidão quando, foi em 1886 que ele decidiu submeter dois de seus quadros à crítica. Os franceses ainda se habituando às inovações propostas pelo impressionismo, não estavam completamente dispostos a receber de braços abertos um artista sem nenhuma formação acadêmica, já com seus 40 anos de idade e que tinha a pintura a princípio como um hobby. Mesmo assim, Rousseau tentou a sorte e expôs pela primeira vez no Salão dos Independentes a obra Uma noite de Carnaval (1886) que se tornou a piada da noite.

Como pode ser observado na obra, o estilo artístico de Henri Rousseau não era nenhum pouco sofisticado. Além disso, o artista não tinha noção de perspectiva, o que lhe conferia um aspecto ingênuo, muitas vezes, considerado como infantil. Contudo, sem se importar com as críticas negativas, Rousseau persistiu em suas produções, passando a se dedicar exclusivamente à arte por volta de 1890.

Em suas obras figuram principalmente paisagens bucólicas, calmas e artificiais, ordenadas conforme a imaginação e criatividade do artista, além de cores vivas e múltiplos tons de verde, livres de qualquer imposição que a Academia poderia fazer. É evidente que Rousseau se expressa de maneira única e as composições em suas telas assumem uma mistura entre a simplicidade de uma ilustração infantil com a delicadeza de uma estampa japonesa. Estas características chamaram a atenção de pintores consagrados, como o impressionista Camille Pissarro.

Contudo, foi apenas no final do século XIX que suas obras começaram a ganhar notoriedade, feito atribuído à crítica positiva de Alfred Jarry a um de seus autorretratos. Mesmo sendo recusado pelo salão oficial de Paris, Rousseau alçou fama ao expor em diversos salões de pintores amadores e obras rejeitadas. O artista faleceu em setembro de 1910, aos 66 anos.

 

 

 

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Tomie Ohtake – o abstracionismo na arte brasileira

Consagrada como uma espécie de embaixatriz da arte e cultura no Brasil, a japonesa naturalizada brasileira Tomie Ohtake é um exemplo de que se pode obter êxito na carreira artística mesmo iniciando-a tardiamente. Representante do movimento abstracionista, a artista destacou-se na pintura, gravura e escultura, contabilizando mais de 120 exposições individuais, outras centenas coletivamente e diversas premiações em seu currículo.

Tomie Nakakubo nasceu em 21 de novembro de 1913 na cidade de Kyoto, no Japão. Em seu país natal, a jovem Tomie sempre teve contato com a arte da caligrafia, tão valorizada nos países orientais. Assim, mesmo que informalmente, não demorou a começar a desenhar.

Aos 21 anos veio ao Brasil para visitar um de seus irmãos, entretanto este adiou o retorno da irmã ao Japão devido às tensões políticas vividas pelo país na época. Tomie então conheceu o engenheiro agrônomo Ushio Ohtake com quem se casou em 1937 e o que inicialmente era para ser uma breve visita ao Brasil, tornou-se sua residência definitiva.

Diferente de outros artistas famosos, Tomie começou a pintar quando já estava com 40 anos e atingiu o seu auge artístico por volta dos 50 anos. Incentivada a pintar pelo artista Keiya Sugano, começou a explorar nas suas primeiras telas imagens que lembram nebulosas, com a preferência no uso de duas ou três cores predominantemente.

Dois anos após começar a pintar, passou a integrar o Grupo Seibi, prestigiada associação japonesa situada na zona sul de São Paulo que tinha como objetivo ser um espaço para produção, divulgação e discussão sobre obras produzidas por japoneses e descendentes de japoneses. Esta foi a primeira ocasião em que as telas de Tomie Ohtake puderam ser notadas, rendendo-lhe até mesmo uma menção honrosa.

Quando a sua obra floresce, em meados da década de 60, há a recorrência do uso de tons contrastantes com pinceladas que exploram a transparência e equilíbrio das cores, através de uma tinta muito diluída. Em suas pinturas dessa época, a artista busca expressividade ao destacar figuras geométricas coloridas. Nesta década, foi premiada no Salão Nacional de Arte Moderna e abençoada com a Ordem do Rio Branco pela concepção da obra comemorativa aos 80 anos da imigração japonesa, em São Paulo.

Já em 1970, Tomie Ohtake inicia a sua produção de gravuras com serigrafia e litogravura. Já em seus quadros, mesmo que de caráter abstrato, há a insinuação de paisagens com destaque para linhas curvas e formas orgânicas. Ainda na década de 1970, a artista foi convidada a participar da Bienal de Veneza.

Enfim, é na década de 1980 que os tons mais quentes e os contrastes mais intensos de cores permeiam as suas obras, também há uma intensa produção de obras e monumentos públicos. Em 1983 o MASP realiza uma grande retrospectiva sobre artista, tornando o nome de Tomie Ohtake reconhecido pelo grande público. É desta época a escultura Estrela do Mar (1985) obra que se situava no espelho d’água da Lagoa Rodrigo de Freitas e posteriormente foi desmontada e perdida na década de 1990.

As criações de Tomie Ohtake continuaram a todo vapor na década de noventa. Suas telas voltaram a exibir as pinceladas delicadas e harmoniosas, além do uso de cores uniformes. Em 1991, criou os quatro painéis em pastilha vitrificada da Estação Consolação do Metrô. E na 23ª Bienal de São Paulo, em 1995, ganhou uma sala especial apenas com suas esculturas.

Nos anos 2000 foi criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, com o intuito de ser um espaço que pudesse abrigar mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e design. Embora já na casa dos 90 anos, a artista não parou de produzir as suas obras com regularidade. Tomie Ohtake faleceu em 2015, aos 101 anos de idade.

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Mary Cassatt – o retrato das cenas familiares no impressionismo

Ao lado das artistas francesas Berthe Morisot e Marie Bracquemond, a pintora americana Mary Cassatt foi uma das mulheres que estavam no centro do movimento impressionista que ocorreu em Paris no século XIX. Reconhecida por sua elegância e impecável habilidade artística que foi intensamente influenciada pela vanguarda francesa, Mary Cassatt, assim como seu grande amigo Edgar Degas, tinha preferência por retratar ambientes fechados que servem como pano de fundo para os seus trabalhos que na maioria traziam as rotinas familiares, principalmente entre mães e filhos. A artista também participou ativamente das causas em defesa dos direitos das mulheres.

Considerada uma grande pintora impressionista, Mary Stevenson Cassatt nasceu em 1843, em Alleghny, Estados Unidos e faleceu aos 83 anos em Le Mesnil-Théribus, França. Sua família era de classe média alta e valorizava as viagens como parte da educação, por isso, desde cedo teve contato com culturas diferentes e aprendeu diversas línguas. Foi na Feira Internacional de Paris de 1855 que ela teve a oportunidade de conhecer importantes pintores como Ingres e Corot, e também os vanguardistas Degas e Pissarro que mais tarde estariam entre os fundadores do estilo impressionista.

Apesar de todas as dificuldades que as mulheres enfrentavam para terem acesso à educação formal em artes e pela oposição de sua família sobre a sua vontade de se tornar uma pintora profissional, Mary Cassatt se matriculou na Pennsylvania Academy of the Fine Arts, aos 15 anos. Sentindo que evoluía vagarosamente devido a todo paternalismo de colegas e professores, a jovem decidiu estudar os grandes mestres por contra própria. Em 1866, contra a vontade de seu pai, mudou-se para Paris e contratou professores da École des Beaux-Arts, uma vez que as academias de lá ainda não aceitavam mulheres. Para desenvolver sua técnica, costumava frequentar o Museu do Louvre e copiar as obras dos grandes mestres.

Em 1868, a sua tela The Mandolin Player foi selecionada pelo júri do Salão de Paris e Mary se tornou a primeira americana a expor no salão oficial. Como pode ser observada na obra, há uma forte influência da pintura clássica nos seus primeiros trabalhos. Porém os tempos estavam mudando, com Manet desafiando os paradigmas da pintura clássica e também com o movimento de artistas que estavam começando a abandonar os seus estúdios e a pintar ao ar livre.

Após ter duas de suas pinturas rejeitadas pelo salão oficial em 1877, ela foi convidada pelo amigo Edgar Degas a apresentar as suas obras para o grupo de pintores denominado impressionistas. Indentificando-se com as ideias destes artistas revolucionários, Mary abraçou a causa e juntou-se ao grupo, expondo cerca de 11 quadros na exposição de 1879. Ao lado de Degas, que passou a exercer forte influência em seus trabalhos posteriores, foi uma entre os poucos artistas a serem elogiados pela crítica, permancecendo ativamente no movimento até 1886.

O principal tema de seus quadros eram as cenas privadas e sociais das mulheres e seus filhos, retratadas com pinceladas elegantes e uma preferência por uma paleta de cores brilhantes. Entre as principais obras de Mary Cassatt estão The Cup of Tea e Menina pequena em uma poltrona azul. Desde cedo Mary se interessou pelas questões sufragistas e envolveu-se com o feminismo até mais ou menos o fim de sua vida.

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Fotorrealismo

O Fotorrealismo é um movimento artístico que surgiu em meados da década de 1960 nos Estados Unidos. Opondo-se ao minimalismo e o expressionismo abstrato, o fotorrealismo propunha reproduzir com fidelidade as imagens, fossem cenas cotidianas ou pessoas, tal como uma fotografia.

O realismo já havia sido refutado pela arte modernista da década de 1950, uma vez que a fotografia assumira o papel de capturar a realidade em seus mais minuciosos detalhes. Entretanto, a fotografia começa a ser usada como base de trabalho para diversos pintores, permitindo congelar um momento efêmero para que este fosse posteriormente reproduzido em tela com maior fidelidade.

Contudo, muitos críticos de arte viam a prática como uma limitação da criatividade do artista. Ao passo que muitas correntes artísticas, inclusive o fotorrealismo, se opunham à banalização da imagem causada pela imensa quantidade de fotos que uma câmera fotográfica poderia conceber.

Influenciado pela Pop Art, surge então o fotorrealismo, denominado pelo autor americano Louis K. Meisel que também foi responsável pela caracterização da escola fotorrealista a pedido de Stuart M. Speiser, curador da exposição Fotorrealismo 1973 – A Coleção Stuart M. Speiser.

A caracterização proposta por Meisel estabelecia cinco princípios sendo estes o uso da câmera e fotografia para coletar informação; uso de recursos mecânicos e semi-mecânicos para transferir a informação para a tela; o fotorrealista deve ter habilidade suficiente para fazer com que a pintura se pareça com uma fotografia; além disso, deve ter exibido obras neste estilo antes de 1972 para poder ser classificado como um dos fundadores da escola e por fim, deve ter trabalhado há pelo menos cinco anos nesta técnica.

Para se alcançar a precisão fotográfica muitos artistas recorrem ao uso da técnica do quadriculado ou outras formas de projeção, até mesmo porque a obra fotorrealista muitas vezes ganha dimensões muito maiores do que o objeto real que será reproduzido.

Entre os principais artistas fundadores do fotorrealismo destacam-se Richard Estes, Ralph Goings, Chuck Close, Charles Bell, Audrey Flack, Don Eddy, Robert Bechtle e Tom Blackwell. Estes artistas desenvolveram linhas de trabalho distintas, porém com técnicas bastante semelhantes. Em suas obras são retratadas paisagens, retratos, natureza morta e cenários urbanos.

Do fotorrealismo derivou-se o hiper-realismo, corrente artística que se desenvolveu através dos avanços tecnológicos e tem como princípio reproduzir as imagens minuciosamente e de maneira muito mais detalhista e mais próximo possível de uma fotografia.

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Pintura Chinesa

Se no ocidente o jogo de luzes e cores ganham destaque nos quadros, na Pintura Chinesa é o traço delicado e expressivo que dominam as telas. A arte milenar chinesa tem como base o pincel, a tinta, o papel e os tinteiros. Assim, em suas representações há uma predominância de paisagens, personagens, flores e pássaros com múltiplas perspectivas e sobreposição de figuras.

Desta maneira, a tinta utilizada nas pinturas é preparada a partir de uma barra de tinta sólida. O efeito obtido pela tinta se dá através da utilização de muita ou pouca água, dependendo do que o artista deseja criar. O papel utilizado é o xuan, criado através da amoreira, bambu ou juta que resulta em um papel de cor branca e bastante resistente.

A arte pictórica na China é um elemento tradicional e se desenvolveu há milhares de anos até os dias de hoje. Os períodos são divididos em dinastias, começando pelo Período da Primavera e do Outono (770 a.C. – 221 a.C.) até o Período da Dinastia Song do Norte (960-1127) e Song do Sul (1127-1279), cada um assumindo características artísticas bem distintas.

A pintura chinesa assume um tom poético ao combinar a pintura, caligrafia e poesia, denominadas como as três perfeições. Reunidas com o intuito de expressar o sentimento do artista, tal qual uma melodia. Para tanto, recorre-se a pontos, traços e à energia da pincelada.

A pintura chinesa assume diversos formatos, sendo os mais comuns o rolo, o horizontal e a faixa. Em sua composição observam-se elementos característicos, tais como organização geral e direções das figuras, a densidade da paisagem, o vácuo como representação do céu ou infinito e as inscrições que contemplam o título, o conteúdo, seja uma descrição, poema ou história, o nome do autor e seu selo.

A arte chinesa assume proporções estéticas e sociais ao trazer em suas produções questões análogas à vida humana, suas filosofias e concepção de sociedade através de simbolismos e uma delicadeza que convidam à contemplação.

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Чжан Дацянь

Arte Egípcia

A arte egípcia se desenvolveu há mais de 3000 a.C. por meio da civilização do Antigo Egito, em diversas áreas tais como pintura, escultura e arquitetura e é objeto de estudo e admiração até os dias de hoje. Com predominância de temas religiosos, a arte egípcia é demarcada por diversos períodos e estilos como Época Tinica, Reino Antigo, Reino Médio, Reino Novo, Época Baixa, Período Ptolemaico, entre outros períodos intermediários.

Após se decifrar os hieróglifos através da Pedra Roseta foi possível chegar a uma maior compreensão da cultura egípcia, seus hábitos sociais e modo de pensar. Neste ínterim, também é possível rastrear a motivação que levava os egípcios a conceber as suas obras artísticas.

No âmbito religioso, os egípcios acreditavam na imortalidade da alma, e na maior parte de suas pinturas e esculturas é retratado o culto aos mortos, as divindades que compunham a mitologia egípcia, além da figura do faraó que tinha um papel de soberania.

Com ausência de expressão, as figuras eram retratadas com uma proporcionalidade que revelava a sua importância dentro da sociedade. Por isso, o faraó era sempre a maior figura e o destaque em uma representação e esta proporcionalidade era replicada aos diferentes escalões, até chegar aos escravos que estavam no último nível da Pirâmide Social Egípcia.

As cores usadas na pintura egípcia são obtidas diretamente da natureza e são permeadas por uma função simbólica que vai além da estética. Desta maneira, o preto era associado á noite a à morte, o branco à pureza, o amarelo representava a eternidade, o vermelho era energia, poder e sexualidade, o verde simbolizava a vida e o azul estava associado ao rio Nilo e ao céu.

Além disso, as figuras eram representadas de maneira bidimensional e conforme a Lei da Frontalidade, com ângulos restritos de visão, ou seja, de frente, de perfil ou de cima. Em sua maior parte com a cabeça e os pés de perfil e o corpo de frente.

O insuperável conhecimento arquitetônico dos egípcios se revela através das impressionantes Pirâmides. Construídas com blocos de pedra, tinham um caráter de solidez e imponência para transmitir um sentimento de eternidade e serviam como túmulo para os faraós.

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Surrealismo

Movimento que surgiu entre as duas Guerras Mundiais, o Surrealismo recebeu influência do Dadaísmo, além de se apoiar nas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud e nas pinturas metafísicas de Giorgio De Chirico. É um dos estilos de vanguarda que abriram as portas para o modernismo e marcou presença não apenas nas artes plásticas, como também na literatura, teatro e cinema.

Os anos entre 1918 e 1939 foram marcados pelas duas grandes Guerras e fizeram nascer mundialmente um sentimento de insatisfação, mudanças de valores, contradições e uma intensa vontade de viver o presente, por este motivo, o período ficou conhecido como “os anos loucos”. Cercada por todas essas transformações, a Paris da década de 1920 foi palco de mais um importante movimento que marcou a história da arte: o Surrealismo.

O movimento surrealista, pegou o gancho da época e propôs a valorização do inconsciente, em contrapartida ao racionalismo e ao materialismo tão enraizado nas sociedades ocidentais. Partindo deste princípio, as obras surrealistas são concebidas muitas vezes de maneira automática ou através do Onirismo, buscando concatenar sonho e realidade em suas representações pictóricas.

A principal característica do surrealismo era explorar a imaginação e se desprender do consciente, para isto, os pintores surrealistas trabalhavam em suas telas objetos com justaposição inesperada, símbolos e paisagens obtendo imagens com teor fantasioso. Um verdadeiro mundo de sonho em composições totalmente abstratas e muitas vezes absurdas. René Magritte, Max Ernst, Joan Miró e Salvador Dalí assinam as obras mais importantes do período surrealista, como Les amants (Magritte, 1928), Les Hommes n’en sauront rien (Ernst, 1923), O Caçador (Miró, 1924) e A Persistência da Memória (Dalí, 1931).

Salvador Dalí, o nome mais forte do Surrealismo, chegou até mesmo a ser expulso pelo artista André Breton, um dos precursores do movimento, devido a divergências políticas, mas isso não foi o suficiente para desassociar o nome de Dalí do estilo surrealista. O artista explorava como nenhum outro as imagens oníricas em suas telas, como pode ser observado na famosa obra A Persistência da Memória que o pintor espanhol diz ter concebido em apenas 5 horas. No quadro se destacam os icônicos relógios derretidos, em meio a uma paisagem aparentemente comum.

Quer saber mais sobre Salvador Dali? Leia a matéria que fizemos sobre ele, acesse:

Salvador Dalí – as excentricidades de um gênio surrealista

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Diego Rivera – o muralismo mexicano

Renomado artista plástico mexicano, Diego Rivera destacou-se na prática do muralismo. Através de seu trabalho artístico, buscava resgatar as raízes de seu povo e enaltecer a cultura mexicana. Famoso por suas ideologias políticas e vida amorosa conturbada, teve quatro casamentos, um dos quais com ninguém menos que Frida Kahlo.

Nascido Diego María de la Concepción Juan Nepomuceno Estanislao de la Rivera y Barrientos Acosta y Rodríguez, em 8 de dezembro de 1886, em Guanajuato, México, Diego Rivera estudou pintura desde a adolescência e aos 20 e poucos anos ganhou uma bolsa para estudar na Europa.

Rivera permaneceu na Europa de 1907 a 1921 e teve contato com diversas figuras artísticas de destaque e que viriam a influenciar a sua obra como Picasso, Dalí, Miró e o arquiteto Antonio Gaudí.

De volta a seu país natal, Diego Rivera foca a sua produção artística no muralismo mexicano, uma vez que julgava a pintura tradicional como uma expressão da burguesia e que por fim, acabava em uma coleção particular. Por meio de seus grandes murais, o artista retratava a história da cultura mexicana, buscando torna-la acessível ao povo.

Diego Rivera era ateu e comunista, dois aspectos de sua vida que deixava transparecer fortemente em sua produção artística. Em 1930 o artista mexicano empreendeu uma viagem aos Estados Unidos, onde permaneceu por 4 anos. No país norte-americano, Rivera pintou diversos murais, destacando-se um no Rockfeller Center que foi eliminado antes mesmo de sua conclusão, pois o conteúdo era uma dura crítica ao capitalismo.

Em outra ocasião, a obra Sonho de uma tarde dominical na Alameda Central de Diego Rivera ficou oculta por 9 anos, pois o artista pintou o escritor e jornalista Ignacio Ramirez segurando um cartaz com a inscrição “Deus não existe”. O mural só foi exposto após Rivera concordar em retirar a frase polêmica.

Entre as principais obras de Diego Rivera destacam-se Frozen Assets (1931), Vendedora de Flores (1941) e Carregador de Flores (1935). O artista era dotado de um estilo expressivo, abordando temas nacionais, sociais e culturais de forma direta, fazendo uso abundante de cores vivas. Diego Rivera faleceu aos 70 anos, deixando uma vasta obra composta por mais de três mil quadros, cinco mil desenhos e por volta de cinco mil metros de murais.

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Norman Rockwell – ilustrações e humor na pintura a óleo e acrilica

As pinturas e desenhos de Norman Rockwell impressionam pela perfeição quase fotográfica em cada traço e escolha de cores. O artista é responsável por um conjunto de obras icônicas que rodaram o mundo e retratam o cotidiano e desafios da sociedade norte americana marcada pelas guerras do século XX.

Nascido em 1894, em Nova Iorque, Norman Rockewell demonstrou talento para a arte desde cedo.Começou a cursar a National Academy of Design e a Art Students League aos 14 anos e aos 18 anos lançou o livro de ilustrações Tell Me Why: Stories Of Mother Nature.Desde então o seu trabalho ganhou destaque, chamando a atenção para a sua sensibilidade, traços realistas e riqueza de detalhes.

Dono de um processo criativo meticuloso, Rockwell utilizava como base para os seus desenhos fotografias que ele tirava.

Começava a produção de uma obra com exaustivos esboços, separando-os por partes até chegar ao resultado final em que juntava tudo. Desta maneira, a primeira versão de um desenho que ele criava era em preto e branco, depois testava as possibilidades de cores e texturas para chegar o mais próximo possível da realidade.

Tinha um verdadeiro apreço em retratar as feições de seus modelos de maneira detalhista. O enfoque de suas pinturas e ilustrações está quase
sempre nas expressões das pessoas retratadas que ganham um toque de caricatura e até mesmo de idealização do artista que constituem a marca registrada de Norman Rockell.

Por este motivo o uso da fotografia era um recurso tão importante para o desenvolvimento do seu trabalho, pois em seu estúdio o artista pedia que os modelos fizessem expressões que eles só poderiam conservar por um breve momento.

Entre as suas obras de maior destaque está o conjunto de quatro ilustrações intitulado Four Freedom. Produzidas em 1943, as ilustrações Freedom of Speech, Freedom of Worship, Freedom from Want e Freedom of Fear foram publicadas pela revista The Saturday e se referem ao Discurso sobre o Estado da União, realizado pelo presidente Franklin Delano Roosevelt.

Embora não muito aclamado pela crítica da época, Norman Rockell tornou-se bastante popular, deixando um trabalho significativo, influenciando diversos artistas até mesmo na música.


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