Georges Seurat – o divisionismo e pontilhismo francês

Pioneiro no movimento pontilhista, o pintor francês Georges Seurat teve uma breve carreira, porém de uma genialidade que promoveu grande contribuição para a história da arte. Empolgado com a perspectiva impressionista, mas não totalmente seduzido pela espontaneidade e ausência de forma das obras impressionistas, dedicou-se ao estudo da teoria das cores e à ótica. Seus estudos resultaram em um trabalho mais estruturado e formal, porém igualmente inovador e que viria a inspirar outros pintores importantes do pós-impressionismo como Van Gogh e o cubista Picasso.

Georges-Pierre Seurat nasceu na cidade de Paris em 1859, oriundo de uma família francesa abastada. Seu pai, porém, cultivava hábitos estranhos e reclusos, preferindo viver em uma residência diferente da família, que ele visitava apenas aos finais de semana.

Dono de uma personalidade anti-social, talvez herdada de seu pai, Seurat iniciou os seus estudos em arte na École Municipale de Sculpture et Dessin e em 1878 ingressou na Escola de Belas Artes de Paris, onde obteve a formação clássica da Academia. Durante a sua educação formal teve a oportunidade de estudar e copiar as obras dos grandes mestres da pintura.

No ano seguinte, contudo, Seurat abandonou os estudos para entrar no serviço militar. Findado o tempo de serviço, cerca de um ano depois, instalou-se em Paris, onde dividiu um estúdio com o amigo Aman-Jean. Ali, o artista francês se empenhou em contrapor algumas técnicas e conceitos usados no impressionismo, uma vez que o seu objetivo era proporcionar uma maior solidez ao movimento.

Desta forma, se os impressionistas queriam registrar momentos fugidios, efêmeros, Seurat propunha atemporalidade em suas telas. Se por um lado ele se utilizava da paleta clara e vibrante de seus colegas impressionistas, do outro explorava a teoria das cores complementares, salpicando-as lado a lado na tela, sem jamais misturá-las para criar uma notável ilusão ótica.

Entre as principais obras de Georges Seurat, destacam-se a famosa Domingo à tarde na ilha de La Grande Jatte (1884 – 1886), A Torre Eiffel (1889),  Os modelos (1898) e a inacabada O circo (1890-1891). E embora o artista não tenha produzido uma grande quantidade de obras, estas impressionavam tanto pelo conjunto artístico como pelas dimensões, como é o caso do quadro Banhistas em Asnières (1884) que mede cerca de 3 metros de altura.

Seurat também ficou conhecido por levar a vida e o seu trabalho extremamente a sério. Assim, para conceber uma única obra, se dedicava a diversos estudos preliminares e de maneira meticulosa. Em 1891, aos 31 anos, o pintor francês faleceu.

Para conhecer mais obras do artista acesse a pasta que criamos: https://br.pinterest.com/thaisslaski/arte-matérias-do-site/georges-seurat/ 

Crédito Imagens:
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